Como foi no ano passado, tivemos uma corrida insana nas ruas de Baku. Pela primeira vez na temporada, o tetracampeão Lewis Hamilton e a Mercedes, venceram. Mas como chegamos neste resultado, que nem parece surpreendente, na verdade fez o GP do Azerbaijão ser uma corrida maluca.
Desde a primeira volta, vimos que provavelmente seria uma repetição do ano passado, com acidentes que já tiraram da prova Sergey Sirotkin, da Williams, e Esteban Ocon, da Force India, provocando a entrada do safety car. O pole position era Sebastian Vettel, da Ferrari e ele até conseguiu manter a ponta, sendo perseguido pelas Flechas Prateadas.
Dada a relargada, o alemão de Maranello seguiu na liderança e foi só ampliando a sua vantagem sobre os rivais. Nesse meio tempo, mais um abandono: Nico Hulkenberg, que ia muito bem recuperando posições, perdeu a traseira de sua Renault, acertando-a no guard-rail. Conseguiu chegar até uma área de escape, pelo menos.
Quando finalmente resolveu fazer sua parada, Vettel voltou com os pneus macios atrás de Valtteri Bottas, que parecia ir para uma estratégia de se manter mais tempo na pista. Mais tarde, então, veio o acidente que mudaria os rumos da corrida. Estávamos tendo uma bela briga interna da Aston Martin Red Bull, que parecia que seguiria os mesmos planos do carro #77: ficar mais tempo com seus pneus macios, e ir para os ultra-macios num pequeno último stint. Até que, num momento em que ambos os pilotos tiveram sua parcela de culpa, Daniel Ricciardo acertou a traseira de Max Verstappen, provocando a saída de ambos da prova.
Safety car na pista. A Mercedes aproveitou: Bottas, finalmente, foi para os boxes. Vettel foi fazer o mesmo, e também colocou ultra-macios novos. Hamilton, atrás, igualmente. Uma Mercedes, uma Ferrari, outra Mercedes, e outra Ferrari, juntinhas, esperando a bandeira verde, nas voltas finais. Se a expectativa já era alta, aumentou ainda mais quando vimos que a amarela duraria mais um pouco, porquê Romain Grosjean, da Haas, que vinha em 6º, perdeu o controle e bateu sozinho.
Finalmente, creio que a 4 voltas do fim, relargada. Vettel foi para cima de Bottas, mas foi otimista demais e passou direto na curva 1, caindo para o 3º lugar. Em seguida, ainda foi superado por um excelente Sergio Pérez, com a Force India, que segurou o alemão nas duas melhores voltas de sua carreira, como disse. Hamilton saiu na frente de Raikkonen, e a vitória parecia encaminhada para o finlandês mais jovem, até que... estourou seu pneu em detritos deixados na pista por outros carros.
Assim, a vitória caiu no colo do inglês, que aliás, foi bem contido em sua comemoração, porque sentiu que o triunfo pertencia ao seu companheiro. Até atrasou para chegar ao pódio, porque foi conversar com ele.
Completando o top 5, um Carlos Sainz Jr., da Renault, que finalmente parece ter acordado. Logo atrás, também finalmente chamando a atenção, Charles Leclerc marcou seus primeiros pontos na Fórmula 1, pela Alfa Romeo Sauber. Ainda foi eleito o Piloto do Dia, merecidamente.
As duas McLaren também pontuaram, com Fernando Alonso em 7º e Stoffel Vandoorne em 9º. Entre eles, ficou a Williams de Lance Stroll. Outro bom resultado. E fechando o top 10, levanto o último pontinho e o seu primeiro na Fórmula 1, Brendon Hartley, da Toro Rosso.
Com esses resultados, Hamilton vira o líder do Mundial de Construtores, e a Ferrari assume a ponta do Mundial de Construtores.
Mundial de Pilotos: https://www.formula1.com/en/results.html/2018/drivers.html
Mundial de Construtores: https://www.formula1.com/en/results.html/2018/team.html
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Um abraço!