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| Adrian Newey (o engenheiro), Sebastian V3ttel (o piloto) e Christian Horner (o chefe). |
Sebastian Vettel, da escuderia tricampeã consecutiva Red Bull Racing, é o mais novo e jovem piloto tricampeão consecutivo da Fórmula 1! Antes era, se não me engano, Ayrton Senna, que acredito que tenha feito tal conquista por volta dos 30 ou 31 anos, enquanto Vettel conseguiu aos 25 anos (ele entrou mais novo na Fórmula 1... épocas e padrões diferentes para fazer comparações) Mas vamos por partes, voltar ao foco, ao presente, e primeiro tive que falar da conquista do campeão, mas agora deixemos isso de lado por enquanto, e vamos ao vencedor dessa corrida tensa e épica
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| Jenson Button, da Vodafone McLaren, foi o vencedor. |
Hoje em Interlagos, onde o clima sempre é um grande mistério, vovó Barrichello já dizia que viria uma chuvinha. Sim, ela é, ou era, vizinha do autódromo, e referência quando o assunto é o clima. Rubens teve que compartilhar a previsão da vovó com Jenson Button antes da corrida. Antes da largada, Barrichello disse ao campeão de 2009 que naquele e naquela corrida eles eram rivais pelo título (e na mesma, Button o se tornou campeão), e por isso não podia revelar a previsão do tempo. Hoje ele o podia, e assim o fez, dizendo que quando o céu fica escuro no final do S do Senna, é porque vem chuva. Brincadeiras à parte, este piloto que ouviu Rubinho antes da corrida, foi o grande vencedor. Button escolheu não se render às gotículas d'água que caiam na pista, e manteve os pneus slicks em sua McLaren MP4-27. Nem acertou, e nem errou na estratégia, pois de volta em volta as condições mudavam, e ficar com apenas um tipo de pneu é melhor do que ficar trocando os mesmos toda hora, como fizeram alguns pilotos. Então olhando por esse lado, é, ele acertou sim na estratégia.
Mas como eu disse logo ali em cima, vamos por partes. No começo o vencedor era imprevisível. A primeira fila era formada pela Vodafone McLaren, que teve Lewis Hamilton na pole position, e durante um bom número de voltas ele e seu companheiro duelaram. Hamilton parou, colocou pneus intermediários, e recuperou posições. Nessa "briga caseira", surgiu um piloto com pneus slicks chamado Nico Hulkenberg, o alemão da Sahara Force India pole position nessa pista em 2010, quando corria pela Williams, e ouviu a dica e Barrichello para fazer uma última tentaiva de volta rápida com pneus slicks na pista úmida. Incrível foi que com as confusões das paradas, Nico alcançou Hamilton e no final da reta do grid fez uma bela ultrapassagem sobre o inglês. Assim corria rumo ao que poderia ser a sua primeira vitória na Fórmula 1, mas este era perseguido loucamente pelo sempre arrojado Lewis Hamilton, que fazia sua última corrida pelo time em que cresceu (vai para a Mercedes AMG em 2013). Em um escorregão de traseira, o alemão acabou perdendo a posição e ficando em 2º. Os dois continuaram duelando até encontrarem uma lenta Caterham em seu caminho no S do Senna, e assim a escorregadia curva mítica de Interlagos, palco de tantas divididas, fez Nico escorregar e bater sua roda traseira direita na lateral do carro de Hamilton. Os dois tiveram que frear brucamente ao serem surpreendidos pelo retardatário na primeira curva do S. Ah! Hulkenberg também estava de despedida da sua equipe, pois em 2013 correrá pela Sauber. Fim de prova para Hamilton, e 1º lugar caindo no colo de Jenson Button, que nesta posição seguiu até o final da prova usando seu sutil estilo de pilotagem, perfeito para levar um carro de pneus lisos em uma pista escorregadia. Nico Hulkenberg ainda conseguiu se recuperar depois que seu carro fez um pequeno voo com a batida, e chegar em 5º. Em uma corrida normal, uma ótima posição para quem corre pela Force India, mas para quem teve uma oportunidade de vencer, deve ter sido um não tão doce 5º lugar. Na volta aos boxes, Lewis Hamilton foi muito aplaudido por toda a equipe, e ficou aquele clima emocionante de gratidão dentro da garagem, do piloto para a equipe e da equipe para o piloto.
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| Olha só quem, em casa, voltou a aparecer no pódio... |
Vamos ao ponto de vista Felipe Massa da largada. O brasileiro arrancou muito bem, atacando com coragem (como recomendou Stefano Domenicali, chefe da Scuderia Ferrari, com essas palavras) os pilotos que estavam na sua frente, e por um tempo até ameaçou a posição de Button. Só ameaçou. Quando Mark Webber que estava em sua cola tentou a ultrapassagem, Massa segurou o australiano e de surpresa veio Fernando Alonso ultrapassando os dois, sendo indiretamente mas ao mesmo tempo diretamente ajudado por seu companheiro de equipe. Mas com as paradas, entrada do safety car, entre outros fatores, Felipe acabou perdendo posições. Os pilotos da Scuderia Ferrari conseguiram chegar ao pódio graças aos abandonos de Hamilton e Hulkenberg. Felipe emocionado, subiu ao pódio chorando. Uma bela cena. Seria melhor ainda se fosse o 2º, mas como já era de se esperar, ele cedeu a posição ao Alonso, em um momento em que as posições já haviam se invertido novamente (toda essa confusão por causa das várias trocas de pneus). Normal, afinal, Alonso disputava o título, e precisava da posição. Se fosse o contrário, a Ferrari mandaria o espanhol fazer o mesmo.
Que corrida fez Fernando Alonso. Realmente, o espanhol manda muito bem quando está dentro de um carro de corrida. Mas não foi o suficiente. Ao final da prova, ficou com um olhar fixo e perdido, mas depois voltou a sorrir no pódio. Ele também merecia o título, por ter conseguido ser vice campeão pilotando o F2012 que no início do campeonato foi um carro horrível nos padrões de uma equipe de ponta. Porém como eu já disse, não foi o suficiente. Sua única chance seria se o carro da McLaren quebrasse mais uma vez, como aconteceu outras vezes. Se desse para partir o título de campeão em dois, os dois candidatos mereceriam ganhar essas metades.
Mesmo com o 2º lugar, que já foi um grande resultado e talvez melhor do que ele esperava, Fernando Alonso não conseguiu o título. Ele chegou a fazer uma certa, digamos, pressão indireta, pela entrada do safety car e talvez assim ganhar mais posições. Como haviam muitos pedaços de carros, que provocaram até um furo em um pneu do W03 de Nico Rosberg, o safety car entrou na pista para ser feita a limpeza da mesma. O piloto da Mercedes AMG conseguiu ir para os boxes, mas terminou em uma péssima 15ª colocação. Já Michael Schumacher, piloto da mesma equipe alemã, fez uma boa corrida de despedida. Largou lá de trás, e após ceder posição ao seu "afilhado" e possível sucessor no trono alemão do automobilismo (sim, Vettel, que estava fazendo uma corrida de recuperação e... ops... já chego lá), conseguiu um belo 7º lugar. Enfim, a entrada do safety car ajudou Massa, que perderia muito tempo por uma troca inútil de pneus.
Voltando para a largada, dessa vez com Sebastian Vettel. O ainda bicampeão foi muito cuidadoso, e perdeu posições antes da primeira curva. No S do Senna, em um acidente em que nenhum desses dois envolvidos tiveram culpa, pois era inevitável, o alemão e Bruno Senna se tocaram. Fim de corrida para o brasileiro, e uma possível perda do título que nas posições originais do grid, seria de Vettel. O alemão rodou e teve seu RB8 danificado com a batida.
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| Danos na lateral do RB8. |
Será que o carro aguentaria até o final? Pois já havia quebrado outras vezes. Era essa questão que colocava tensão na Red Bull Racing. Enfim, nem deu tempo de chamar de corrida de recuperação, pois em poucas voltas o veloz Sebastian Vettel já havia voltado para a zona de pontuação depois de ficar no pânico do pelotão dos carros da Marussia e da HRT. E sim, apara a felicidade da torcida da equipe austríaca, além da própria equipe, o RB8 resistiu bravamente até o final da corrida. Sebastian Vettel chegou em 6º, e assim conquistou o seu tricampeonato.
Foi uma conquista com bandeira amarela, pois na penúltima volta Paul di Resta bateu na - não dessa vez, ainda bem - mortífera Curva do Café. Fato que fechou o campeonato.
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| Chegada heróica de Sebastian Vettel. |
Saindo dessa confusão entre os protagonistas, que aqui está bem resumida (sério... não dá para falar de todas as trocas de posições, que se alteraram muitas vezes), vamos voltar a falar dos outros pilotos. Foi uma corida maluca! Épica, mas maluca. Talvez isso tenha deixado ela tão interessante, ou não.
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| Kimi Raikkonen fez um passeio diferente por Interlagos... |
Pessoal! Kimi Raikkonen correu no traçado antigo do autódromo de Interlagos! Porém chegou em um ponto em que a pista estava bloqueada, e ele teve que voltar ao traçado mais novo. Eu não podia deixar de falar disso, pois foi engraçado, e Raikkonen fez cavalos-de-pau em espaços pequenos e andou na grama molhada para conseguir voltar para a corrida. Muita habilidade em um momento divertido da corrida. Ele terminou em 10º, que é o limite da zona de pontuação.
Raikkonen em uma equipe média, e depois de dois anos fora da Fórmula 1, conseguiu fazer uma temporada sensacional. Sem dúvida, um dos maiores destaques desse ano. Ele ficou em 3º no Mundial de Pilotos, e apenas ele, Vettel e Alonso passaram dos 200 pontos. Raikkonen apenas não pontuou na China, e terminou todas as corridas da temporada. Ainda por cima foi vencedor em Abu Dhabi. Grande "Iceman"!
Na frente do finlandês, chegou Kamui Kobayashi, que mais uma vez fez uma boa corrida. Disputou posições com Massa, Alonso e Vettel. Uma pena que vai perder seu cockpit, e se não conseguir um bom patrocinador, ficará fora da Fórmula 1. Seria uma perda significativa para a categoria, pois com certeza ele é um dos pilotos mais talentosos do grid. Sim, o japonês manda bem. Fechou o ano com seu único pódio, que ainda foi em casa, no GP do Japão.
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| Espero que consiga uma vaga em uma equipe competitiva, Kobayashi. Você merece. |
Bom, acho que o que era mais importante, eu consegui contar aqui. Ah! Os outros abandonos: Sergio Pérez, Romain Grosjean e Pastor Maldonado também se acidentaram.
Resultado final do GP do Brasil 2012 de Fórmula 1:
(Posição / Piloto / País / Equipe / Motor / Tempo-Diferença)
1 - Jenson Button (Inglaterra / Vodafone McLaren / Mercedes-Benz) = 71 voltas em 1h,45m,22s,656 (71 voltas)
2 - Fernando Alonso (Espanha / Scuderia Ferrari / Ferrari) = a 2s,754 (71)
3 - Felipe Massa (Brasil / Scuderia Ferrari / Ferrari) = a 3s,615 (71)
4 - Mark Webber (Austrália / Red Bull Racing / Renault) = a 4s,936 (71)
5 - Nico Hulkenberg (Alemanha / Sahara Force India / Mercedes-Benz) = a 5s,708 (71)
6 - Sebastian Vettel (Alemanha / Red Bull Racing / Renault) = a 9s,453 (71)
7 - Michael Schumacher (Alemanha / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = a 11s,907 (71)
8 - Jean-Eric Vergne (França / Scuderia Toro Rosso / Ferrari) = a 28s,653 (71)
9 - Kamui Kobayashi (Japão / Sauber F1 Team / Ferrari) = a 31s,250 (71)
10 - Kimi Raikkonen (Finlândia / Lotus F1 Team / Renault) = a 1 volta (70)
11 - Vitaly Petrov (Rússia / Caterham F1 Team / Renault) = a 1 volta (70)
12 - Charles Pic (França / Marussia F1 Team / Cosworth) = a 1 volta (70)
13 - Daniel Ricciardo (Austrália / Scuderia Toro Rosso / Ferrari) = a 1 volta (70)
14 – Heikki Kovalainen (Holanda / Caterham F1 Team / Renault) = a 1 volta (70)
15 - Nico Rosberg (Alemanha / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = a 1 volta (70)
16 - Timo Glock (Alemanha / Marussia F1 Team / Cosworth) = a 1 volta (70)
17 - Pedro de la Rosa (Espanha / Hispania Racing Team / Cosworth) = a 2 voltas (69)
18 - Narain Karthikeyan (Índia / Hispania Racing Team / Cosworth) = a 2 voltas (69)
Mundial de Pilotos:
http://www.formula1.com/results/driver/
Mundial de Construtores:
http://www.formula1.com/results/team/
Então, acabaram as corridas da Fórmula 1 nesse ano. Agora a "dança das cadeiras" fica mais intensa, e os pilotos voltam aos cockpits nos testes da pré-temporada, em fevereiro. Para o GP da Austrália, faltam 111 dias. Sentirei falta das corridas, mas a espera valerá a pena depois de uma das melhores temporadas que eu já vi na minha vida, se não a melhor. Melhor ainda seria se tivesse um brasileiro disputando um título. Quem sabe em 2013?
Antes de encerrar o post, mais algumas fotos...
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| Quem é rei não perde a majestade, então temos aqui dos reis alemães. |
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| Futura parceria? Quem sabe... Mas por enquanto, não. |
Um abraço!
@paulovitorpv8
