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(Foto: Twitter do Ricciardo) |
Felizmente, posso mais uma vez dizer: que corrida! Que corrida sensacional, meus amigos! Ah, mas antes de começarmos, observem a data do tweet abaixo. Não é que eu acertei?
Muito bem, vamos lá... Na largada com a pista bem molhada, embolou tudo, o grid. Mas Nico Rosberg manteve a ponta. Atrás dele, as posições se alternavam bastante, com Bottas chegando a assumir a vice liderança, mas disputando muito com Alonso, Vettel e Ricciardo. Pirou poucas voltas depois, quando sozinho, Marcus Ericsson bateu forte, e o safety car entrou. Aproveitando, uns já foram aos boxes trocar os pneus intermediários por slicks, outros foram depois, e alguns, como Jenson Button e Kevin Magnussen, preferiram se manter na pista com aqueles pneus mesmo por mais algum tempo. Antes do safety car sair da pista, acabou tendo que ficar mais, pois Romain Grosjean da Lotus também bateu sozinho no mesmo lugar que o piloto da Caterham. Mais tarde o safety car ainda voltou mais uma vez, quando Sergio Pérez também rodou sozinho na saída da última curva, e bateu muito forte, sendo que mais cedo o outro piloto da Force India, Nico Hulkenberg, também tinha batido.
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(Foto: Getty Images) |
Ainda por cima, um sortudo Sebastian Vettel rodou no mesmo lugar que o mexicano, dando 360º e "lambendo" o muro, mas o carro resistiu e ele continuou, terminando em 7º. Corridinha caótica, hein?
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(Foto: Getty Images) |
Se pensa que o vencedor foi beneficiado por isso, está enganado. O RB10 é um carro que combina perfeitamente com o circuito de Hungaroring. E como o próprio Daniel Ricciardo disse, apesar da surpresa com o resultado, ele teve que "partir pra cima" de Lewis Hamilton e Fernando Alonso. O melhor carro da Mercedes AMG, e outro bom carro da Ferrari, guiados por pilotos de ponta, campeões, e o australiano ultrapassou os dois magnificamente. Sendo assim, vitória incrível e mais do que merecida de Ricciardo!
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(Foto: Getty Images) |
O espanhol e o inglês completaram o pódio, respectivamente, que foi formado pelos melhores caras da prova. Pois Alonso tirou tudo o que o F14-T tinha pra dar, resistindo até o final com pneus macios desgastados, já que ele e Scuderia optaram por uma parada a menos e acertaram na estratégia. Hamilton, salvo engano também ignorou a possibilidade de mais uma entrada aos boxes (mas disso vou ter que falar depois), sendo que ele havia largado em último, lá dos boxes mesmo e ainda rodou na primeira volta. Mesmo assim, o campeão de 2008 conseguiu chegar em 3º. Fantásticos, esses três.
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(Foto: Getty Images) |
Por que falar sobre a falta de uma parada do Hamilton? Porque o mesmo não acreditava muito que seus compostos durariam até o fim da prova, pois foi informado que, supostamente, seu companheiro ainda faria uma parada. Com Rosberg na sua cola, a Mercedes AMG não pediu apenas uma vez para que o inglês desse passagem ao alemão, que ainda nem vinha pressionando muito, o que obrigaria Lewis a cometer o ato ridículo de tirar o pé do acelerador na reta. O líder do campeonato perguntava à equipe porquê Hamilton não o deixava passar, e eles responderam que a ordem foi dada, mas não estava sendo cumprida. Que resolvessem suas diferenças na pista.
O que deve ter se passado na cabeça do: #44 "Estamos com os mesmos pneus, nas mesmas condições. Por que ele teria que parar e eu não?". Desconfiou, e desconfiou certo, não dando passagem. O jogo de equipe é legal, mas ainda é cedo, e ambos estão quase com a mesma pontuação. Por outro lado, caso passasse, Rosberg poderia alcançar Ricciardo e até ultrapassá-lo, levando o caneco para as Flechas Prateadas, e a Fórmula 1, como eu já disse, é mais um campeonato de carros e marcas, deixando o mundial de pilotos como algo secundário, já que isto não interfere nos prêmios em dinheiro que as equipes recebem no final do ano.
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(Foto: Mercedes) |
Então eu até defenderia os interesses da Mercedes AMG, só que... Eles estão liderando isolados! Mesmo que nem vençam mais, só completando pódios ou nem isso, já ganham o mundial de construtores. Sendo assim, dou razão ao campeão de 2008. Nas voltas finais, eles disputaram duramente a 3ª posição, usando tudo o que podiam e mais um pouco da pista. O alemão ficou muito rápido, fazendo a melhor volta da corrida em 1m25s,724.
Em 5º, tivemos Felipe Massa, ganhando uma posição em relação a que largou. O brasileiro teve uma boa disputa por muitas voltas contra seu ex companheiro de equipe entre 2006 e 2009 na Ferrari, Kimi Raikkonen. O finlandês tinha pneus mais macios, e por isso pressionou Massa desde muitas voltas antes do fim, até cruzarem a linha de chegada. O piloto da Williams se defendeu muito bem, mostrando hoje um ótimo ritmo de corrida, mas achou que poderia ir mais longe caso estivesse usando os pneus duros.
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(Foto: Williams) |
Sinceramente? Deveria reclamar menos, e ficar satisfeito com o bom resultado que teve, que era o melhor que poderia ter. O que ele podia fazer, ele fez. Em termos de pilotagem, ele só foi mal na largada, tendo perdido duas posições por ter sido cauteloso demais (compreensível, depois de tudo o que aconteceu ultimamente, e na chuva).
Com pneus mais macios, os mesmos se desgastariam muito, e o FW36 escorregaria bastante nas voltas finais. Além disso, a diferença dele para Rosberg foi de quase 30 segundos, logo, pneus macios não resolveriam muita coisa. Mas impressionante a forma como ele, tirando cada vez mais décimos de segundo a cada volta, alcançou seu companheiro Valtteri Bottas, que apesar de estar com seu FW36 um pouco mais evoluído em termos de aerodinâmica (deverei falar disso num post de análise em breve, e não, não é um favorecimento ao Bottas), foi ficando cada vez mais sem pneus, até entrar nos boxes e abrir caminho de vez para o brasileiro, que de qualquer forma logo o ultrapassaria. Por isso, e um pouco de azar com os safety car, o finlandês acabou terminado apenas em 8º, mas não por falta de ritmo, pois sabemos que o #77 é um cara rápido e constante.
Ah! Além dos pilotos que bateram, também abandonaram Esteban Gutiérrez da Sauber, com problema no ERS de seu motor Ferrari, e Kamui Kobayashi da Caterham, que teve um problema na bomba de combustível do motor Renault.
Resultados finais do GP da Hungria 2014 de Fórmula 1:
(Posição / Piloto / Número do piloto / País / Equipe / Motor / Tempo-Diferença)
1 - Daniel Ricciardo #3 (Austrália / Infiniti Red Bull Racing / Renault) = 70 voltas em 1h,53m,05s,058
2 - Fernando Alonso #14 (Espanha / Scuderia Ferrari / Ferrari) = +5s,2
3 - Lewis Hamilton #44 (Inglaterra / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = +5s,8
4 - Nico Rosberg #6 (Alemanha / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = +6s,3
5 - Felipe Massa #19 (Brasil / Williams Martini Racing / Mercedes) = +29s,8
6 - Kimi Raikkonen #7 (Finlândia / Scuderia Ferrari/ Ferrari) = +31s,4
7 - Sebastian Vettel #1 (Alemanha / Infiniti Red Bull Racing / Renault) = +40s,9
8 - Valtteri Bottas #77 (Finlândia / Williams Martini Racing / Mercedes-Benz) = +41s,3
9 - Jean-Éric Vergne #25 (França / Scuderia Toro Rosso / Renault) = +58s,5
10 - Jenson Button #22 (Inglaterra / McLaren / Mercedes-Benz) = +1m,07s,2
11 - Adrian Sutil #99 (Alemanha / Sauber F1 Team / Ferrari) = +1m,08s,1
12 - Kevin Magnussen #20 (Dinamarca / McLaren / Mercedes-Benz) = +1m,18s,4
13 - Pastor Maldonado #13 (Venezuela / Lotus F1 Team / Renault) = +1m,24s,0
14 - Daniil Kvyat #26 (Rússia / Scuderia Toro Rosso / Renault) = +1 volta
15 - Jules Bianchi #17 (França / Marussia F1 Team / Ferrari) = +1 volta
16 - Max Chilton #4 (Inglaterra / Marussia F1 Team / Ferrari) = +1 volta
Mundial de Pilotos:
http://www.formula1.com/results/driver/
Mundial de Construtores:
http://www.formula1.com/results/team/
E agora, a Fórmula 1 entra de férias até o final do mês que vem.
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Um abraço!
Paulo Vitor