Largando na pole position, Nico Rosberg venceu o GP da Bélgica de Fórmula 1 de ponta a ponta! Sua primeira vitória em Spa-Francorchamps.
Assim, ele reduziu a liderança do campeonato de seu companheiro Lewis Hamilton para 9 pontos. Isso porquê, pasmem: largando na última fila, o inglês da Mercedes conseguiu chegar ao pódio.
Em 2º lugar ficou Daniel Ricciardo, da Red Bull. Aliás, ele assumiu essa posição ainda nas primeiras voltas e dela não saiu mais. Mas passou um aperto e tanto com Hamilton nas últimas 15 voltas.
Terceiro pódio seguido, certo? Grande corrida dele, que largou em 5º. E bem, pelo visto algo está virando um ritual bizarro entre os australianos...
Embora o vencedor não tenha tido dificuldades para vencer, foi uma corrida e tanto! A primeira volta, então, foi uma loucura. Teve Daniil Kvyat, da Toro Rosso, esbarrando em Kimi Raikkonen da Ferrari na primeira curva e este fazendo o mesmo em seu companheiro, Sebastian Vettel, que não deu muito espaço, espremendo os outros dois.
Com isso, Vettel rodou e ficou em último e o Iceman, com o carro avariado, foi perdendo posições ao longo da reta oposta. Logo, os três envolvidos tiveram que ir aos boxes. O tetracampeão foi o mais surpreendente entre eles, terminando em 6º, sempre andando com um ritmo forte. Já o campeão de 2007 terminou em 9º, tendo se estranhado várias vezes com o moleque rubro-taurino, que terminou em 11º, fora da zona de pontuação e por incrível que pareça não levou nenhuma punição por suas defesas irregulares.
Importante ressaltar que o finlandês da Scuderia não chegou tão atrás de seu companheiro à toa. Eles demoraram para trocar a sua asa dianteiro, porquê havia um princípio de incêndio em seu assoalho.
Quem se eu bem com essas confusões, foi Felipe Massa, que costuma ser melhor na largada. Não demorou muito para ter um safety car virtual para a Williams aproveitar a oportunidade de chamá-lo aos boxes de uma vez. Parecia que era o dia dele. Mas só parecia mesmo. Outro figura do pelotão de frente, que se deu bem no começo, foi Nico Hulkenberg, que chegou a ser 2º e também adiantou sua parada. Já volto a falar deles daqui a pouquinho.
Na segunda volta, um estouro de pneu na Toro Rosso de Carlos Sainz Jr., comprometendo seriamente sua asa traseira. E ao invés de abandonar de cara, parece que o espanhol quis ir aos boxes com seu carro em frangalhos, perigosamente voltando à pista, rodando, e nisso, quase atingiu Hamilton e seu companheiro, Daniil Kvyat. Parou por aí? Não! Tentou mais uma vez, até que finalmente a teimosia cessou e ele parou numa caixa de brita.
Chega de baderna? Não. Pascal Wehrlein, da Manor, encheu a traseira de Jenson Button, da McLaren-Honda, no final de semana de seu 300º GP, provocando o abandono de ambos.
Eis que na volta 6 veio o incidente, ou "melhor", acidente, que mudou toda a corrida: na saída da Eau Rouge, Kevin Magnussen perdeu a traseira de sua Renault, rodando e batendo fortíssimo na barreira de pneus. Imediatamente o safety car entrou na pista e uma galera já aproveitou para ir aos boxes, mas logo foi dada a bandeira vermelha, paralisando a prova. Afinal, o softwall precisava ser reconstruído onde Magnussen bateu.
O piloto da Renault saiu mancando e foi encaminhando ao hospital, onde foi diafnosticado com uma lesão no tornozelo. Mas provavelmente já estará pronto para correr no próximo final de semana em Monza.
Durante esse período que deve ter durado uns 20 minutos, veio o que eu achei sacanagem com quem já havia feito sua parada e estava numa boa posição, casos de Massa e Hulkenberg, por exemplo. Deixaram todo mundo voltar à pista com pneus novos, trocando-os enquanto todos estavam parados.
Não fosse isso, Hulk poderia ter chegado ao pódio. Mas ainda assim ele e Sergio Pérez conquistaram um ótimo resultado para a Force India, chegando em 4º e 5º, respectivamente. Superando a Williams no Mundial de Construtores.
E por falar no time de Grove, coube ao brasileiro deste fechar a zona de pontuação, chegando em 10º, mesma posição na qual ele largou. Já que teve problema com desgaste de pneus, talvez conseguiria ter chegado um pouco à frente se seus adversários não tivessem sido beneficiados pela troca durante a bandeira vermelha, já que ele já estava com pneus novos.
Quanto ao seu companheiro, Valtteri Bottas, este chegou em 8º. Aliás, esse resultado veio no finalzinho, pois até então ele não ia muito bem. Na verdade, ele, assim como Raikkonen, e até Vettel (aliás, com esse a briga foi bem boa), passaram Massa nas voltas finais. E embora um dos pontos fortes do brasileiro seja defender sua posição, com os pneus "ensaboados" isso não foi tão fácil. Mas Massa era 7º a umas 5 voltas do fim.
Outro grande resultado foi de Fernando Alonso, da McLaren-Honda, mas um dos que deram sorte com a troca de pneus na bandeira vermelha. Ele largou muito bem, saindo da última posição do grid e, com um carro que ainda tem muito o que melhorar e que sofre numa pista de alta velocidade, chegou em 7º lugar. Era 6º até Vettel ultrapassá-lo no final. Apesar do "hack", foi incrível. Ele ainda deu sorte de não ter sido punido pela McLaren tê-lo soltado do pit stop em cima de Hulk, dividindo a saída dos boxes com o alemão e tocando-o.
A equipe americana Haas ficou fora da zona de pontuação, com Esteban Gutiérrez e Romain Grosjean em 12º e 13º, respectivamente. É raro o mexicano terminar à frente do francês, diga-se de passagem. Atrás dele veio Kvyat, Jolyon Palmer da Renault e Esteban Ocon da Manor.
O último dos que completaram a prova, foi Felipe Nasr, da Sauber. O brasileiro até largou muito bem, mas teve um pneu furado logo no começo, antes da bandeira vermelha. O que o deixou preso nas última posições e, com o carro que tem, não dava pra fazer muita coisa. Tanto é que seu companheiro Marcus Ericsson já abandonou com problemas logo na segunda volta.
Um abraço!