É... não foi aquela corrida espetacular, mas foi uma prova interessante de se assistir, sim. Divertida, até. E deu para aprender algumas coisas. Mas ruim? Não, não... Já vi bem piores.
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(Foto: AP) |
Com direito a safety car nas voltas finais, vitória (e Hat Trick) em procissão de Lewis Hamilton em uma dobradinha completada para a Mercedes por Nico Rosberg. Em 3º, veio Sebastian Vettel. Três corridas, e os mesmos três pilotos no pódio. Acho que é a primeira vez que isso acontece na história da Fórmula 1. Hamilton com duas vitórias e um 2º lugar; Vettel com uma vitória e dois 3º lugar; Rosberg com dois 2º e um 3º, sendo o único dos três que - ainda - não venceu.
Logo na largada, Hamilton já fechou a porta para seu companheiro e manteve a liderança, de onde saiu só em momentos de pit stop. Rosberg também se manteve firme na 2ª posição, porém teve Vettel na sua cola durante muito tempo. As Flechas Prateadas não conseguiam abrir grandes vantagens em relação aos carros da Scuderia, que possuem bom ritmo de corrida, e de repente poderiam surpreender novamente na estratégia.
O tetracampeão superou Felipe Massa logo na primeira volta, que também foi ultrapassado pela outra Ferrari, de Kimi Raikkonen, e por seu companheiro na Williams, Valtteri Bottas.
O time de Maranello adotou estratégias diferentes para cada um de seus pilotos, com o alemão fazendo paradas antecipadas e o finlandês, adiadas. O que não fez grande diferença no final (desconsiderando que cruzaram a linha de chegada com o safety car na pista), pois chegaram quase juntos, razoavelmente atrás da Mercedes. E assim, a Scuderia tomou o posto de segunda força da Williams (em relação ao ano passado).
Massa terminou em 5º. Ainda na primeira volta ele "deu o troco" em Bottas (aspas, pois a disputa não era entre eles), sobre quem conseguiu abrir vantagem e não foi mais sequer ameaçado pelo finlandês, que foi ficando cada vez mais para trás, até chegar perto dos 10 segundos. Não foi uma má corrida da Williams, que agora deve se focar em não ficar muito atrás da Ferrari. O único vacilo do time de Grove foi em um dos pit stops do #77, que atrasou um pouquinho, mas nada o bastante para prejudicá-lo, terminando com o 6º lugar atrás de seu companheiro.
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(Foto: Twitter da Williams) |
Em 7º, um bom resultado de Romain Grosjean que ganhou uma posição, considerando tudo pelo que a Lotus passou no ano passado. Voltaram aos trilhos. Não tão bem quanto estiveram em 2012 e 2013, é verdade, mas já é alguma coisa, começando pela substituição do motor Renault pelo Mercedes-Benz. Quem também ganhou uma posição foi o 8º colocado, Felipe Nasr, da Sauber, que fez uma boa corrida e marcou seus pontinhos.
Atrás desses dois, veio uma dupla que talvez tenha sido aquela que mais duelou ao longo da prova: Daniel Ricciardo da Red Bull contra Marcus Ericsson, com o australiano levando a melhor depois de alguns erros, porém, o adversário da Sauber foi osso duro de roer, sempre se defendendo muito bem. Ericsson vem progredindo muito bem esse ano, tirando a rodada na Malásia. Ele tem se mostrado rápido e bom de disputa, agora que pode fazer isso.
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(Imagem: FOM) |
Sergio Pérez terminou em 11º, o que é muito bom para quem largou em 15º com um carro que não vem se mostrando tão bom quanto se esperava dele. Mas eu quero falar é da McLaren, que deve ter aprendido bastante coisa depois da Malásia e mais ainda hoje, conseguindo completar a prova com Fernando Alonso em 12º e Jenson Button em 13º. Assim que a Honda entender e fazer seu motor funcionar direito, eu ainda tenho esperanças de que vão andar bem, pois pelo menos de chassi, a equipe de Woking sabe fazer o seu trabalho.
Diga-se de passagem que Button terminou atrás de seu companheiro só porquê se envolveu em um acidente com Pastor Maldonado nas últimas voltas, mas por incrível que pareça, o venezuelano que estava andando muito bem não foi o culpado. Os dois saíram da pista por uma barbeiragem do inglês, o que é raro vindo dele. Ambos conseguiram voltar à pista, mas o piloto da Lotus acabou se recolhendo na volta seguinte.
Além de Maldonado, não completaram a prova: Nico Hulkenberg, que teve problema de câmbio ainda no começo da corrida; Daniel Kvyat, que teve seu motor Renault se transformando em uma Maria fumaça; e por último, bem no final, também por estouro de motor francês, Max Verstappen da Toro Rosso, que do nada viu sua corrida descer pelo ralo quando passava pela reta principal. O caçula da Fórmula 1 vinha mais uma vez mostrando que tem talento (estando ali no meio da zona de pontuação, 7º ou 8º, eu acho), mas infelizmente o carro não ajudou. Foi por isso que o safety car entrou no final, e os fiscais custaram a tirar a Toro Rosso da pista.
Interessante observar as tabelas de campeonato, mesmo ainda estando no início deste. Hamilton e Mercedes lideram com certa tranquilidade como piloto e equipe, respectivamente. Vettel é o vice líder de pilotos. A Ferrari se impõe sobre a Williams, e em 4º lugar entre os construtores temos a Sauber, aquela que não pontuou ano passado, à frente da Red Bull.
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Um abraço!
Paulo Vitor