Perfeição. Assim se define a vitória de Lewis Hamilton no GP dos Estados Unidos, em Austin, no Texas. O inglês largou muito bem, mantendo a liderança. Apresentou seu melhor ritmo durante toda a prova, ampliando a sua vantagem e, só no final, viu Nico Rosberg - que chegou em 2º -, em seu retrovisor. Assim, o tricampeão alcançou a sua 50º vitória na Fórmula 1, tornando-se o 3º maior vencedor da história da categoria.
O pódio foi completado por Daniel Ricciardo da Red Bull e, sim, óbvio que teve "Shoey", agora tendo Gerard Butler (que, me chamem de louco, eu confundo muito com Patrick Dempsey, e em ambiente de corrida, então...) como convidado para dar um gole na sapatilha suada do australiano. O ator foi o responsável pelas entrevistas no pódio.
Companheiro do rubro-taurino, Max Verstappen teve... não diria um fim de semana para esquecer, pois vai contar muito como experiência para o garoto. Mas não foi feliz, não. Por falta de atenção entrou nos boxes na hora errada, atrasando o pit stop e, pouco depois, teve algo (câmbio, aparentemente) quebrando em seu carro. Então ao invés de parar imediatamente ao sentir o tranco e ouvir o barulho, pois poderia ser um problema no motor (e não dá pra ficar brincando com essas unidades de potência), tentou se arrastar até os boxes, quando após algum tempo recebeu a ordem para parar em alguma área de escape, provocando bandeira amarela com safety car virtual.
Bom para Rosberg. O alemão foi superado por Ricciardo na largada, mas depois conseguiu a posição de volta na estratégia. E tinha o holandês perseguindo-o.
E na Ferrari, tivemos uma bela lambança num pit-stop de Kimi Raikkonen. O responsável por liberar o piloto o fez na hora errada, e o fez de forma com que o finlandês saísse com algo de errado em sua roda traseira direita. Isso já no final da prova, que ele vinha fazendo muito bem. Assim, deu ré na saída dos boxes e abandonou a prova. Enquanto isso, Sebastian Vettel completou o top 5, e fez a melhor volta da prova. Com esses resultados, a Red Bull se distancia um pouco mais à frente da Scuderia.
A McLaren-Honda fez uma corrida muito, muito boa. Especialmente Fernando Alonso, ao conquistar o 5º lugar na última volta, superando seu compatriota e fã Carlos Sainz Jr., da Toro Rosso, em uma bela e agressiva manobra. Ao fazê-lo, soltou um "yeeehaaa" no rádio, como um bom cowboy texano. Piloto do dia, na minha opinião, e provavelmente assim será votado. O jovem rapaz mandou bem também se defendendo por um bom tempo, e chegou em 6º.
Jenson Button também trouxe uns pontinhos para o time de Woking ao cruzar a linha de chegada em 9º, lembrando que ele largou 10 posições atrás disso. Fez uma excelente largada, diga-se de passagem.
Em 7º veio Felipe Massa, da Williams. O brasileiro era quem perseguia Sainz, mas atrás vinha um Alonso babando, que o ultrapassou deixando pouco espaço, jogando-o para fora e, ainda por cima, se tocaram. O espanhol mais novo errou e, o brasileiro tendo este como ponto de referência, foi induzido ao erro também. Não só perdeu ali a sua chance de ultrapassá-lo, como ainda foi ultrapassado, perdendo o top 5, embora muito provavelmente seria ultrapassado por Alonso de qualquer forma, pois este estava com um carro melhor. De qualquer forma, já está bom para quem largou em 9º, e chegou à frente das Force India.
Por falar nisso, na largada o outro piloto de Grove, Valtteri Bottas, foi tocado por Nico Hulkenberg na primeira curva, em sua roda traseira esquerda (aparentemente, é um sintoma americano, finlandeses terem problemas nessa roda). Fim de corrida para o piloto
- ainda - da Force India. E o finlandês teve um pneu furado, tendo que fazer sua primeira parada prematuramente. Até pensei que, forte piloto como ele é, ele daria uma demonstração e tanto de talento numa boa prova de recuperação, mas não conseguiu mais do que um 16º lugar, chegando à frente apenas das Manor de Pascal Wehrlein e Esteban Ocon, respectivamente. Provavelmente o carro não foi mais o mesmo desde o toque, pois foi ultrapassado, no fim da prova, até pela Sauber de Felipe Nasr, que como eu disse ontem,
não estava nada boa.
Enquanto isso, Sergio Pérez, da Force India, chegou em 9º e quem fechou a zona de pontuação foi Romain Grosjean, da Haas. O companheiro deste, Esteban Gutiérrez, abandonou.
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Um abraço!
Paulo Vitor
