Quando eu tinha 3 anos de idade, meu pai chegou em casa com um novo carro (mas não um carro novo). Minha amada Fiat Elba, que eu até chorei ao ver sendo rebocada certa vez que estragou (pelo menos me dizem isso, pois não me lembro), foi trocada por um Fiat Prêmio CSL 1987. Aquele com motor 1500 movido a álcool, vindo da Argentina. A diferença dele para o da foto abaixo, é que o do meu pai era a versão 4 portas. Mas até a cor era essa, bege. Aliás, como eu não conseguia pronunciar o nome do carro de maneira correta, eu o chama dessa forma, de o Bege. Assim como da foto abaixo, que é um CS. O CSL, que era o daqui, tinha 4 portas.
Meu pai o comprou em Belo Horizonte, na feira de automóveis do Estádio Governador Magalhães Pinto, vulgo Mineirão. Pouco rodado, mas com um alerta do dono: esse motor vai fundir logo. Meu pai sabia disso, mas o levou assim mesmo. Salvo engano até ganhou um desconto por esta razão. Rodou mais um pouco até fundir e fazer a retífica, e pronto, beleza. Motor refeito, praticamente novo, desempenho bom, confortável e espaçoso. Espaço generoso que se estendia ao porta malas, com a capacidade de 428 litros.
Mas aquele visual... aquela frente ainda mais quadrada, se é que me entendem. Lembram-se? Para o Uno, já havia a dianteira mais moderna disponível. Adivinhem o que me pai fez? Levou até a Fiat, e pediu para trocarem tudo da dianteira, deixando o Prêmio com cara de Uno. Acho que o pessoal da Fiat curtiu, pois coincidentemente, pouco tempo depois lançaram a nova linha o Prêmio com aquela dianteira mais nova. Meu pai completou a transformação do carro, fazendo o CSL ficar com uma cara mais jovial. Exceto pelo motor, pois o Prêmio mais jovem era 1.6, feito ali em Betim mesmo.
Mais tarde meu pai ainda trocou as rodas originais por outras mais bonitas, e posteriormente, a borracha do volante se soltou, e meu pai colocou um paralelo, mas não imitando os da Fiat. Um bem mais bonito, menor, e esportivo. Infelizmente não tenho foto de nada disso para mostrar aqui.
Coisas para as quais eu não ligava na época, mas que levo em consideração hoje: motor, performance.
Equipado com o 1500 argentino, o Bege tinha 13,2 kgfm de torque, e 84 cv de potência. Isso pesando só um pouco mais de 930 kg. Consumo bom, rodando 9,5 km/l na cidade, e 14 km/l na estrada.
É, até que o motor agradava bastante, mas acabou sendo o motivo de saída dele daqui de casa, coitadinho. Frequentemente visitava a oficina por problemas com o carburador, e quando meu pai ficou cheio de consertar o que sempre estragava, resolveu importar um carburador novinho da Argentina. Quando chegou, meu pai ficou todo empolgado e nem esperou estragar de novo (o que, sim, posso afirmar que aconteceria). Levou logo à oficina, e pediu para fazer a troca. E adivinhem? Pois é, o carburador novo estragou em menos de uma semana. Não dava mais. Adeus, Fiat Prêmio CSL, e bem-vindo, Chevrolet Corsa Super. Mas apesar dos problemas, gostávamos muito desse carinha.
E por que eu resolvi falar do Bege hoje? Porque eu o vi há poucas horas! Foi muito bom e nostálgico vê-lo novamente. Na hora tirei uma foto, e postei no Instagram. Vejam: http://instagram.com/p/puLq4IipEi/
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Um abraço!
legal sua história amigo! também tenho boas lembranças da época em que meu pai tinha um CS 87 tirado na casa 0 km só duas portas mais tarde em 1991 ele trocou por um SL quatro portas argentino já da frente mais nova esse carro ficou com a gente até pouco tem ,infelizmente bateram no carro mesmo arrumando não ficou legal então em janeiro de 2013 resolvemos dar baixa no carro ,com certeza as fotos, lembranças da minha infância essas irei guardar para sempre ,afinal foi o carro que aprendi a dirigir .obrigado pela matéria ! abraço.
ResponderExcluirlegal sua história amigo! também tenho boas lembranças da época em que meu pai tinha um CS 87 tirado na casa 0 km só duas portas mais tarde em 1991 ele trocou por um SL quatro portas argentino já da frente mais nova esse carro ficou com a gente até pouco tem ,infelizmente bateram no carro mesmo arrumando não ficou legal então em janeiro de 2013 resolvemos dar baixa no carro ,com certeza as fotos, lembranças da minha infância essas irei guardar para sempre ,afinal foi o carro que aprendi a dirigir .obrigado pela matéria ! abraço.
ResponderExcluirPelo visto não sou o único que teve esse mesmo amigo, hahaha. A sua história também é muito legal! Muito obrigado, cara! Um abraço!
ResponderExcluirFala pessoal, passei por situação semelhante à vocês, quando era bem pequeno meu pai comprou um Prêmio CS 1.5 1987 vermelho 2 portas seminovo que eu gostava bastante e em 94 comprou um Prêmio CSL 1.6 1991 cinza 4 portas que era um carro simplesmente maravilhoso, eu tinha 7 anos e era apaixonado pelo carro, todo original com as rodas de liga e os botões do painel todos funcionando, durou 3 anos até em 97 ele comprar um Palio EDX, foram ao todo 7 Fiats que ele teve, motivo do qual hoje possuo um Fiat. Grande abraço!
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