Bem previsível, não? Mais um GP dos Estados Unidos, mais uma corrida da MotoGP em Austin, mais uma vitória de Marc Márquez nesta etapa. Desde 2013, ainda na Moto2, o espanhol sempre venceu em solo norte-americano. Ou seja, todas as provas das quais participou.
OK, desta vez talvez não fosse tão fácil, mesmo largando da pole position, caso não tivesse um pouco de sorte. Ou melhor, se não contasse com o azar alheio. Maverick Viñales poderia, sim, ter sido um adversário a altura e uma séria ameaça ao triunfo, se não tivesse caído sozinho ainda no começo da corrida. O piloto veio de duas vitórias consecutivas em sua estreia pela Yamaha. Mas a preocupação maior do tri(ou penta)campeão da Honda, era com seu companheiro de equipe.
Dani Pedrosa fez uma excelente largada e, por muito tempo, sustentou a liderança que assumiu ainda na curva 1. Mais tarde, acabou sendo superado por Márquez, porém este não passou e foi embora assim tão gratuitamente. Chegaram a trocar posições outras vezes, travando um belo duelo caseiro, que vocês já sabem como terminou.
Não foi uma dobradinha da Honda. Se a Yamaha perdeu sua promessa logo no começo, ainda tinham ninguém menos que Valentino Rossi. E o Doutor enrolou Pedrosa até o fim, superando-o e abrindo uma distância que precisava, mas da qual não sabia, para que ficasse com o 2º lugar e de quebra, saísse com a liderança do campeonato. Por isso ainda creio que Viñales poderia brigar pela vitória, pois ia bem e Rossi mostrou que a Yamaha no final, tinha mais "fôlego" para alcançar uma Honda com os pneus moídos. Coube a Pedrosa fechar o pódio.
O que aconteceu foi que, mais cedo, o multicampeão se estranhou com o estreante Johann Zarco, e acabou punido com o acréscimo de 0,3 segundo. Porém só lhe informaram isso a 2 voltas do fim, salvo engano. Quando já tinha superado Pedrosa. Pois dar tal informação antes causaria um efeito psicológico imprevisível entre ambos os pilotos.
Por falar no novato da Tech3 Yamaha, este deu outra demonstração de gala. Como disse, mais cedo brigou com Rossi, cachorro grande. Nas voltas finais, duelava com Cal Crutchlow, que acabou levando a melhor. Assim, o piloto da LCR Honda ficou em 4º e Zarco completou o top 5.
Franco Morbidelli manteve seu domínio na Moto2, conquistando sua 3ª vitória consecutiva. Mas novamente, não tão fácil.
Morbidelli era o pole position e, nas voltas inciais, travou um duelo contra seu companheiro na Marc VDS, Álex Márquez. E mais uma vez, este não aguentou a pressão, cometendo um erro. Desta vez sem cair, mas ainda assim perdeu muitas posições, deixando o ítalo-brasileiro tranquilo na liderança, e este impôs um ritmo forte até o fim. Márquez teve que se contentar em completar o top 5 no dia de seu aniversário.
Em 2º lugar, ficou Thomas Lüthi, da Interwetten, que deu o seu melhor e também aparece forte no campeonato. Completando o pódio todo de motos Kalex, veio Takaki Nakagami. Uma performance excelente do japonês da Team Tady.
Na Moto3, Romano Fenati deu a volta por cima na carreira (levou um pé na bunda da VR46 depois de brigas internas), conquistando a vitória pela Ongetta. E como foi na divisão principal, houve um pouco de sorte própria e azar alheio.
Acontece que a corrida foi divida em duas partes, separada pela bandeira vermelha após a queda de Kaito Toba. O pole position era Aron Canet, que construiu uma vantagem sólida até a paralisação. Depois desta, não conseguiu escapar de Fenati e, mais tarde, encerrou sua ótima participação no chão.
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Um abraço!
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