Que corrida, senhoras e senhores! Longe de ser uma vitória difícil para Lewis Hamilton, da Mercedes, que empatu com Sebastian Vettel na liderança do campeonato, o que deixa este mais aberto. Mas por outro lado, tivemos uma prova bem movimentada, diferentemente das previsões pessimistas para esta temporada. Se faltaram ultrapassagens em Melbourne, em Xangai elas sobraram. E foram no braço. Realizadas nas curvas. Carros andando lado a lado.
Bem, como disse, o inglês tricampeão venceu (e fez a melhor volta, e com a pole, fez um hat trick, mais a liderança de todas as voltas, grand chelem) sem sequer ter a sua liderança realmente ameaçada, embora em diferentes momentos, Vettel e Max Verstappen figurassem como sérios desafiantes em potencial. A propósito, os pilotos da Ferrari e da Red Bull completaram o pódio, nesta ordem. O ferrarista ainda teve sorte de não levar uma punição por ter posicionado seu carro muito fora do lugar na hora da largada, diga-se de passagem.
O alemão tetracampeão teve um início de prova meio apagado e, ainda no começo, ficou um bom tempo preso atrás de seu companheiro Kimi Raikkonen, que até então estava tendo problemas com o seu carro. Mas depois que conseguiu superar o finlandês, o monstro saiu da jaula, com destaque para uma incrível ultrapassagem sobre o rubro-taurino Daniel Ricciardo, que terminou em 4º após um eletrizante duelo contra seu jovem e promissor companheiro nas voltas finais.
Por falar em Verstappen, que prova fez esse moleque. Apesar de algumas garoteadas que poderiam ter lhe tirado o pódio, o holandês foi o homem dessa corrida. Largou lá de trás, em 16º e, em questão de 12 voltas, chegou a ser o 2º colocado. Até Vettel acordar.
Completando o top 5, veio o outro piloto da Scuderia, o Iceman, que depois dos problemas iniciais, até que conseguiu se virar bem para garantir uma posição razoavelmente boa. Porém acabou sendo superado pelas Red Bull, que apresentaram uma boa reação na corrida em relação a classificação. Aliás, aparentemente as condições de pista, mais molhada, ainda mais no começo, deram uma alterada no equilíbrio de forças do grid, o que ficou bem claro com a Williams de uma forma ruim e, até que dessem problema, com as McLaren-Honda de uma forma boa enquanto durou.
O outro piloto das Flechas Prateadas, Valtteri Bottas, foi apenas o 6º. Em algum momento ele acabou rodando bizarramente e caiu lá para trás do pelotão. Como é de seu costume, conseguiu fazer uma boa recuperação. Mas acabou ficando longe da posição digna de uma Mercedes, que teve carro para vencer.
Excelente 7º lugar de Carlos Sainz Jr., da Toro Rosso. Já seu companheiro Daniil Kvyat, foi obrigado a abandonar, por problemas em seu carro. E não foi o único azarado: Stoffel Vandoorne e Fernando Alonso, da McLaren-Honda, sofreram o mesmo, como deixei implícito há pouco. O que infelizmente não é uma surpresa, mas não deixa de ser lamentável, visto que vinham tendo um desempenho surpreendentemente bom, se comparado ao início de temporada que a equipe inglesa teve nos dois últimos anos.
Outros abandonos foram de Lance Stroll, da Williams, e Antonio Giovinazzi, da Sauber (a propósito, este teve o câmbio trocado nas últimas horas e por isso largou em último). Mas estes, por circunstâncias diferentes. O garoto do time de Grove teve a sua roda traseira tocada por Sergio Pérez, da Force India, ainda na primeira volta, e acabou rodando para fora da pista e, consequentemente, ficando atolado. Bandeira amarela e, ao final desta, na relargada, o outro estreante, do time suíço, que já havia batido ontem na classificação, aquaplanou na reta, rodou e bateu quase no mesmo lugar, o que deixou as coisas meio paradas por mais algum tempo. Os outros pilotos aproveitaram esses períodos para fazerem seus pit stops.
Voltando para a zona de pontuação, tivemos uma surpresa com o 8º lugar de Kevin Magnussen, que foi seguido por Pérez e Esteban Ocon, levando os últimos pontos para a equipe indiana rosa. Quanto ao outro carro do time americano, de Romain Grosjean, ficou em 11º. Raridade ele ser superado por um companheiro de equipe.
Depois veio a dupla da Renault, com Nico Hulkenberg à frente de Jolyon Palmer. Em seguida, um 14º lugar para esquecer de Felipe Massa, que sofreu pela falta de pneus nas voltas finais e, quase acabando a corrida, a Williams atinou de chamá-lo aos boxes, mas já sendo tarde demais, não adiantando nada. E por último, Marcus Ericsson, da Sauber.
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Um abraço!
Paulo Vitor
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