sábado, 29 de abril de 2017

Fórmula 1 2017 - O que McLaren, Honda, Mercedes-Benz e Sauber estão tramando?


Sabem aquele ditado "tem caroço nesse angu"? É o que tem acontecido entre McLaren, Honda, Mercedes-Benz e Sauber.

É óbvio que a escuderia de Woking se arrependeu de abrir mão dos motores alemães para trazer os nipônicos de volta à Fórmula 1. Era uma grande promessa, ou melhor, uma aposta, que deu errado. Mas que, cá entre nós, aos poucos vem progredindo. E por falar em promessa, até hoje nada de motor novo


De 2015 pra cá, não foi uma, nem foram duas vezes, que a equipe andou flertando com sua antiga fornecedora. Esta, por sua vez, por muito tempo negou o desfazimento da separação, pois sabem do potencial dos ingleses de fazerem um bom carro. E de fato, nesse tempo, em pistas que exigem menos do motor, vimos que os MP4, agora MCL, tem senhores chassis.

Agora as coisas parecem mudar um pouco. A cúpula da categoria se reuniu recentemente para discutir uma possível ajuda à McLaren, especialmente à Honda, para se desenvolverem e trazerem mais competitividade ao certame. E a responsável por ajudar nesse desenvolvimento, seria justamente a Mercedes-Benz.


Mais um "não"? Vai saber que tipo de benefícios poderiam estar envolvidos, caso fossem bons samaritanos. Salvo engano o contrato das Flechas Prateadas com a Fórmula 1, pelo menos como time de fábrica, termina em 2020. E poderiam se retirar para a Formula E (ou isso - em parte - podia ser conversa do Toto Wolff, antes de ter seu contrato renovado com os alemães), caso vissem que seu domínio chegou ao fim. Este, aliás, aparentemente acabou, tendo uma Ferrari em pé de igualdade.

Poderia ser uma forma de convencer a Mercedes a ficar, afrouxando cláusulas ou algo assim e, além disso, darem uma chance de se recuperarem no campeonato através de uma eventual parceria técnica em que uma mão lavasse a outra. Se os alemães entendem de motor, os ingleses entendem de chassi, podendo ajudar a não deixar a Scuderia abrir distância na frente.

Ademais, chefes de ambos os times, mais especificamente Zak Brown e Éric Boullier (diretor-executivo e chefe de equipe da McLaren) de um lado, e Andy Conwell (chefe de motores da Mercedes-AMG) do outro, se reuniram há cerca de duas semanas, podendo tratar dessa parceria ou, segundo Eddie Jordan, de um retorno como equipe e fornecedora de motores, respectivamente.


Embora ambas as partes neguem, Yusuke Hasegawa, chefe das operações da Honda na Fórmula 1, parece esconder algo. Fora que há a possibilidade desta migrar para a Sauber, o que foi reforçado por Jordan. Coisa que nos dois últimos anos, era impossível. Mas agora, abriram mão da parceira. Coincidentemente ou não, esse posicionamento mudou após a saída de Ron Dennis. Divagando ainda mais, poderia fazer parte das condições para a Mercedes, ou até com um incentivo desta, já que o time suíço conta com um de seus pupilos, Pascal Wehrlein.

De toda forma, qualquer intervenção não é tão certa assim. Segundo declaração da FIA esta semana, em condições iguais, mudando apenas o motor, a diferença entre as quatro fabricantes (pobre Renault, só faltou mencioná-la aqui) seria de apenas 0,3 segundo, com base num estudo feito pela entidade. Isso pode determinar se haverá essa busca por equilíbrio na competitividade, ou não.

P.S.: particularmente, eu acredito muito mais na probabilidade de um apoio da Mercedes à Honda, do que na troca de fornecedor de motores da McLaren. Falei dessa possibilidade só por causa do Jordan, e ele mais erra do que acerta.

Atualização (30/04): a Honda será mesmo fornecedora de motores da Sauber a partir de 2018.


Página do AutoblogPV8 no Facebook: https://www.facebook.com/Autoblogpv8

Um abraço!

Nenhum comentário:

Postar um comentário