A imagem acima já diz muito do que vem acontecendo, não é mesmo? Mas... não deixa a zuera morrer, não deixa a zuera acabar. Fora isso, será que Lance Stroll merece mesmo que o queimem assim logo de cara?
Ele ganhou a defesa de Lewis Hamilton. Segundo o tricampeão, este é um ano muito difícil para se entrar na Fórmula 1. Mesmo com toda a preparação que o canadense teve (provavelmente a maior e mais intensa pela qual qualquer piloto tenha passado, com muitas sessões de testes privados), os carros até do ano passado são fáceis de se guiar em relação aos novos (nas palavras do inglês).
Certo, eu também brinco muito. Mas vem cá, de verdade, vocês acham mesmo que Stroll estaria ali se não tivesse potencial? Provavelmente as pessoas tem implicado porque ele entrou na Williams graças ao dinheiro do pai bilionário. Porém não é só isso.
Ele foi campeão da Fórmula 4 Italiana em 2014, salvo engano aos 16 anos. Em 2015 ele começou o ano conquistando título o Toyota Racing Series e seguiu o restante da temporada na Fórmula 3 Europeia, na qual faturou o caneco no ano seguinte, antecipadamente. A cada ano, ininterruptamente, veio um título numa categoria de base diferente, totalizando três. Juram mesmo que o moleque é ruim?
Quanto ao fato de também ser pagante, mas nem por isso ter menos talento... Niki Lauda e Michael Schumacher também começaram assim, viu? Só pra citar dois, entre vários outros casos. E Hamilton, Sebastian Vettel, entre outros, são frutos de programa de desenvolvimento dos times também.
Bem, a Williams teve que encerrar os trabalhos iniciais mais cedo, já que seu garoto de ouro conseguiu arrebentar com um chassi. E não duvidem que ele volte a fazê-lo na semana que vem. E daí? OK, ele podia cooperar, mas é compreensível. E óbvio que está tentando. Dinheiro não é problema e a escuderia de Grove não só sabia do risco, como já esperava por essas pancadas no começo. Ele tem só 18 anos e é o único novato do ano. Provavelmente outros fariam o mesmo ou até pior.
Eu vou seguir o fluxo das brincadeiras, é claro. Mas com a consciência de que não passa disso. Assim como eu sei que Pastor Maldonado, com sua menção indireta (des-)honrosa ali no começo, também é um campeão de base extremamente veloz e, convenhamos, melhorou muito em seu último ano na categoria. Assim como Romain Grosjean em outros tempos ganhou a fama de barbeiro, mas também é um piloto muito competente e, felizmente, pelo menos em seu caso a má fama passou. E essas mesmas pessoas que jogam pedra, hoje elogiam o Max Verstappen, sendo que em 2015, na Toro Rosso, ele quase teve a carreira queimada numa fase em que também parecia brincar de bate-bate.
Não estou cravando nenhuma promessa, embora ele seja, sim, um fenômeno das categorias de base. Mas vamos dar uma chance ao jovem Lance Stroll, para depois julgarmos. Tem meu voto de confiança, pelo menos por enquanto. Combinado?
Um abraço!
Paulo Vitor
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