Primeiramente, acho que não custa falar: não, a Indu não correu na Rússia, mas sim na Flórida, nos Estados Unidos. É que acreditem, já vi isso escrito em portal grande há alguns anos, rs.
Neste final de semana, tivemos o GP de São Petersburgo abrindo a temporada 2018 da IndyCar Series. Um circuito de rua, que pega parte de um aeroporto.
Na pole position, tínhamos o estreante Robert Wickens, da Schmidt Peterson, vindo da Mercedes no DTM, onde passou uns bons anos, conquistando algumas vitórias e outros bons números.
O canadense, embora já tenha alguma experiência com esse tipo de carro (apesar de agora trata-se de um novo modelo), já impressionou ao ser o mais rápido da classificação, enquanto medalhões da categoria que ainda não se adaptaram tão bem ao novo chassi com menos downforce, sofriam lá atrás, menos competitivos e até rodando.
Wickens seguiu surpreendendo. Liderou muito mais do que a metade das voltas e quase sempre conseguia abrir certa vantagem, até alguém se estabanar e o safety car entrar na pista. Mas hoje, ele encontrou dois adversários mais sérios: Alexander Rossi e Sébastien Bourdais.
O piloto da Andretti, nas voltas finais, começou uma busca implacável. Até dar a sua primeira garoteada, passando reto numa curva e ficando para trás. Parecia que estava tudo perdido para o americano, até termos mais uma bandeira amarela. Só que nisso, Bourdais, que até então estava vindo em 3º, tendo que economizar combustível, como dizem, chegou junto.
Eis que na relargada, Rossi foi muito otimista e se esqueceu da instabilidade dos novos carros: ao final da reta principal, entrando na curvam ele perdeu a traseira, atingindo o carro do estreante, que até então fazia a corrida dos sonhos de qualquer um, ainda mais na sua condição. Ele ia começar vencendo. Pois é, ia. Fim de prova.
Rossi ainda conseguiu se "manter nos trilhos" após a sua nova garoteada, nada digna para um vencedor das 500 Milhas de Indianápolis, e ainda conseguiu chegar em 3º lugar, marcando bons pontos. E não é do feitio da categoria punir esse tipo de coisa. Foi um acidente, afinal. Mas ele podia ter sido mais responsável. Quis fechar a porta antes da hora, ao contrário do adversário, que foi leal ao dar o espaço certo para tentar efetuar a manobra. Mas, vida que segue...
Quem se aproveitou direitinho disso? Sim, o francês tetracampeão da Champ Car. Apesar de que Wickens merecia muito o melhor resultado, Bourdais também não fez por menos. Aliás, ele largou de 16º. E considerando toda a dificuldade e superação pelas quais ele passou no ano passado, ele precisava dessa vitória, que foi muito digna.
Além do vencedor da Dale Coyne, quem também vinha rápido e aproveitou a brecha, foi Garham Rahal, da Rahal Letterman Lanigan, chegando em 2º. James Hinchcliffe, da Schmidt Peterson, foi o 4º. E Ryan Hunter-Reay, da Andretti, fechou o top 5.
Quanto aos brasileiros, ambos da AJ Foyt, Tony Kanaan ficou preso no pelotão intermediário na classificação, largando em 10º. Rodou no começo, e teve que correr atrás do prejuízo, conseguindo se recuperar até chegar em 11º. Já Matheus Leist vinha fazendo uma senhora estreia, largando em 3º e, sem cometer erros, até a 16ª volta ficava alternando entre a 2ª e a 4ª posição. Mas teve problemas em seu carro, que não trocava as marchas, travando o câmbio. Foi aos boxes, onde ficou um tempão. Quando pensaram ter resolvido o problema, mas tarde demais, ele voltou para a pista para ao menos ganhar quilometragem, mas com os pneus frios, acabou batendo.
Por falar em brasileiros, Helio Castroneves, que neste certame, agora só correrá em Indianápolis (GP e Indy 500), depois de ter mudado para o IMSA, foi quem mandou os pilotos ligarem seus motores. E em sua homenagem, os seus companheiros da Penske correram com "Helio" escrito na parte superior de suas viseiras.
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Um abraço!
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