terça-feira, 31 de março de 2015

Fórmula 1 2015 - Sobre a Renault entre a Toro Rosso e a Red Bull

Nunca uma imagem representou tão bem o título (Foto: Getty Images)
Durante as "férias" da Fórmula 1 no inverno europeu, entre uma temporada e outra, a Renault foi quem menos desenvolveu seu motor, com a intenção de fazê-lo ao longo do campeonato atual.

Ao contrário da Toro Rosso que vem se virando muito bem e ficando à frente da própria Red Bull, obviamente o time principal dos energéticos está muito insatisfeito com esta situação. Cogitam, inclusive, desenvolverem seu próprio motor. Isso se não deixarem a categoria.

A princípio, parece só mimimi de quem não fez o dever de casa direito (e, bem, não deixa de ser). Mas do ponto de vista empresarial, é até compreensível. A Red Bull é hoje muito mais do que uma indústria de bebidas energéticas e para Dietrich Mateschitz a Fórmula 1 é apenas mais um mercado a ser explorado. Então seria uma decisão natural e lógica deixar o campeonato, se este não dá mais os frutos que deu entre 2010 e 2013. Mas ver Christian Horner e Helmut Marko chorando pelo domínio da Mercedes, sim, é feio e lamentável (ao mesmo tempo, meio engraçado também). Lembrando ainda que tem participação da Infiniti ali.

Só que apertada com a pressão das equipes para as quais fornece seu equipamento, a montadora francesa também pensa em deixar a categoria. Ou... estão naquela do 8 ou 80. Se uma possibilidade é vazar, a outra e entrar de vez, novamente. O que significa ter a sua própria equipe. E isso talvez possa acontecer com a compra da Toro Rosso, segundo Cyril Abteboul (no meio da primeira foto foto).


A última experiência integral da Renault com a categoria, aconteceu entre os anos 2004 e 2010, tendo como ponto mais alto o bicampeonato consecutivo de Fernando Alonso em 2005 (nossa, já vai fazer 10 anos) e 2006. Porém aos poucos os franceses foram perdendo a escuderia para o grupo Genii Capital, que administra o que hoje chamamos de Lotus (que não tem o menor vínculo com a equipe clássica ou sequer com a montadora britânica, apesar de usarem seu escudo). Antes disso ainda, lá nos anos 70 e 80, a Renault também teve sua equipe própria.

Quem ficou todo animado com a ideia foi o chefe da divisão italiana, Franz Tost. A equipe nasceu pequenininha, com a aquisição da Minardi, e em 2008 teve suas únicas pole position e vitória, com Sebastian Vettel no GP da Itália, casa da Scuderia Toro Rosso. Então se a Renault entra em uma parceria firme com a STR, que nos últimos anos só vem melhorando (ao ponto de superar a Red Bull no GP da Malásia), seria um grande passo para entrar de vez no pelotão das médias-grandes, ou até grandes.

Isso poderia ser bom tanto para os franceses quanto para os austríacos e italianos, pois haveria um compromisso maior com o crescimento de todos eles e o apoio técnico.


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Um abraço!
Paulo Vitor

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