Como - infelizmente - já era de se esperar...
Nem Nürburgring, nem Hockenheim. Em 2015, não teremos GP da Alemanha na Fórmula 1. Mais um sinal da crise que vem atingindo a categoria com mais força a cada ano.
O país da atual campeã do Mundial de Construtores, a Mercedes-Benz (e do piloto deles, Nico Rosberg, atual vice-campeão), do maior campeão de todos os tempos, o heptacampeão Michael Schumacher, e do tetracampeão Sebastian Vettel, está fora da Fórmula 1. Inacreditável.
Embora isso esteja mais relacionado à falência do próprio complexo, é cada vez mais comum Bernie Ecclestone levar o circo para países mais distantes e sem tradição automobilística, para os quais não faz diferença se a Fórmula 1 corre ou não lá, pois as arquibancadas ficam visivelmente vazias. Perdemos San Marino, Paul Ricard, Estoril, e agora Nürburgring e Hockenheim (covardemente mutilado há alguns anos) em troca de coisas como... Azerbaijão?
O GP da Alemanha é disputado a cada ano em um desses dois autódromos. Dessa vez seria a vez do Green Hell (em sua forma reduzida, obviamente), mas já prevendo que este daria pra trás, como acabou acontecendo, o outro já foi logo se adiantando dizendo que não tinha o menor interesse em promover a prova neste ano.
Os circuitos estão fugindo da Fórmula 1, pessoal. Isso é sério. E é compreensível, porque ninguém quer ter gastos (investimentos nas estruturas e taxas altíssimas cobradas por Ecclestone) com o risco de ter mais prejuízos do que lucro em cima disso, enquanto só a categoria e algumas equipes saem ganhando em cima disso. A categoria está ficando desinteressante, com um público que não se renova. Os ingressos ficam cada vez mais caros por um espetáculo cada vez menor, e até palcos tradicionais não estão tendo mais a casa tão cheia em dia de Grand Prix.
Te cuida, Fórmula 1... Abre o olho...
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Um abraço!
Paulo Vitor
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