Atual campeã da Fórmula 1 após seu retorno ao campeonato em 2010, a Mercedes conta com dois pilotos de ponta capazes de, como vimos na temporada passada, disputarem internamente o título até a corrida final.
Bicampeão em 2014, certamente Lewis Hamilton chegará a Melbourne com sede de tricampeonato. O inglês que talvez antes fosse visto como seu conterrâneo Nigel Mansell, "um idiota veloz" (PIQUET, Nelson), mostrou um claro amadurecimento em sua pilotagem. Ainda fala mais do que deveria, e vamos ver como ficará agora sem a companhia de Nicole Scherzinger, seu porto seguro. Nas outras separações, não deu muito certo...
Nico Rosberg, não se enganem, não virá conformado com o que houve ou com menos vontade de ser campeão pelam primeira vez, depois de ter passado tão perto. Muito pelo contrário, quer ganhar o que lhe escapou por entre os dedos no ano passado. Ele mal teve metade das vitórias do companheiro em 2014, é verdade, mas muitas vezes mostrou mais velocidade nas classificações, tirando alguns décimos de onde ninguém acreditava ser possível, ainda mais sobre Hamilton, além de ter sido mais constante ao longo de sua campanha em relação à do inglês.
Justiça seja feita, Lewis teve muitos problemas com seu carro e com Rosberg pegando mais pesado do que deveria, passando dos limites. O que fez da sua conquista recente ainda mais heroica. Nico é talentoso e tem todas as chances de ser campeão, sim, caso tenha novamente um carro altamente competitivo.
A propósito, o W06 é uma evolução do W05. As outras equipes até podem ter progredido bastante, mas se a Flecha Prateada anterior era quase inalcançável e a atual é ainda melhor, quer dizer que ela ainda é favorita. E nessa última bateria de testes, apesar dos tempos não significarem tanto, Hamilton e Rosberg deram seu recadinho aos rivais, marcando tempos bem folgados em relação aos dos concorrentes.
Os pilotos que sempre foram amigos, ficarem bem azedinhos um com o outro, mas no final das contas com tudo encerrado, mostraram bastante... espírito esportivo. Principalmente Nico, que vive brincando em como não vai perder dessa vez. Podem voltar a se estranhar? Óbvio! É a coisa menos surpreendente que pode acontecer. Mas a alta cúpula da Mercedes, Paddy Lowe, Toto Wolff e Niki Lauda, mostrou que sabe lidar com os ânimos exaltados de seus garotos. Não começaram sabendo, mas aprenderam e deu certo.
Williams, Ferrari e Red Bull podem até ter evoluído bastante, e podem nos surpreender ao longo do ano. Mas a Mercedes não vai ficar assistindo tudo de braços cruzados, não, de jeito nenhum.
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Um abraço!
Paulo Vitor
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