domingo, 20 de julho de 2014

Fórmula 1 2014 - GP da Alemanha - Corrida

(Foto: Getty Images)
Nico Rosberg vence em casa pela segunda vez no ano (Mônaco e Alemanha), mas pela primeira vez no país onde nasceu, assim como é a primeira vitória dessa nova equipe Mercedes-Benz em seu país de origem, onde não tinha nem mesmo um pódio, o que conseguiu também com Lewis Hamilton chegando em 3º. Em 2º, tivemos Valtteri Bottas. A posição em que ele largou, verdade, mas ele não poderia ter feito trabalho melhor do que este, conquistando seu terceiro pódio consecutivo e com muito mérito.

Mas sei lá, não foi uma corrida tão empolgante como as últimas, tendo uma vitória folgada de Rosberg, que era pole e que foi de ponta a ponta abrindo cada vez mais vantagem. De qualquer forma, como sempre, vamos por partes...

(Foto: Beto Issa)
Do vencedor, não há mais o que falar. De Valtteri Bottas, sim. O finlandês teve um ritmo constantemente forte durante toda corrida. Independente de paradas nos boxes, ele sempre ficava no pelotão de frente. Paradas boas, rápidas, e estratégia precisa da equipe Williams. Nenhum erro. E nas últimas voltas, segurou a forte pressão de um Lewis Hamilton que vinha muito rápido, mesmo já tendo seus pneus macios muito desgastados. Mas como dizem, chegar é uma coisa, passar é outra.

Quanto ao vice-líder do mundial, este que já deveria largar lá atrás por não ter se classificado no Q2, acabou largando foi em 20º por terem trocado o câmbio. Largando com os pneus macios, ao longo da corrida foi escalando o grid, e por conta de uma bandeira amarela, a Mercedes AMG conseguiu improvisar uma boa estratégia de final de prova, permitindo ao inglês usar dos jogos de pneus super macios em questão de poucas voltas, com o carro já muito leve, apesar de ainda ter uma boa quantidade de combustível pra queimar. Com isso, Hamilton fez voltas voadoras, volta mais rápida atrás de volta mais rápida, tendo a melhor da prova, em 1m,19s,908. Ele vinha tirando diferenças enormes sobre Bottas a cada volta, mas quando finalmente alcançou o piloto da Williams, mesmo ainda tendo voltas o suficiente para isso, não conseguiu ultrapassá-lo. Mas vamos dar uma força ao campeão. Seus pneus super macios já não estavam mais no auge de seu desempenho, e a perda da FRIC provocou um aumento no desgaste dos compostos do W05. Além disso, ficar na cola de outro carro já é prejudicial para quem vem atrás, tanto por desgaste como por falta de controle, e ainda por cima o FW36 se distanciava nas retas de Hockenheim que o beneficiam muito. Mas de 20º para 3º, já está excelente, não? Além disso, ele proporcionou um ótimo espetáculo com as suas disputas ao longo da corrida, como contra a dupla da Ferrari, contra Ricciardo, entre outros.

(Foto: Getty Images)
Mercedes AMG e Williams Martini Racing são as atuais melhores equipes. Boas corridas de Rosberg, Bottas e Hamilton. Já Felipe Massa...

Bem, está certo que ele vem sendo bem azarado, e sequer foi considerado culpado pela direção de prova. Mas particularmente... eu não diria que foi um dolo eventual, mas uma culpa consciente. Se você faz Direito, me entendeu.

(Foto: Beto Issa)
O fato é que: mais uma vez, na primeira volta, e ainda na primeira curva, o brasileiro saiu. Pior: capotou, ao ser atingido pela McLaren MP4-29 de Kevin Magnussen, que largou em 5º e em poucos metros já era 4º, e ainda conseguiria a 3ª posição de Massa, que provavelmente a recuperaria rapidamente. Os dois foram para fora da pista, mas só um voltou.

Para os que dizem que eu só defendo o Massa, eu já disse que só tento ser justo. Ele, assim como outros pilotos, terão sempre a minha compreensão. Mas defende-lo, dessa vez, não. Minha opinião, apenas. Uma simples análise do esporte, e só. Não é nada contra ele.

(Foto: Getty Images)
Massa estava na frente? Por pouco, talvez centímetros de diferença. Mas estava. Havia espaço para os dois dividirem a curva? Sim, havia. Magnussen estava errado? Em momento algum, Galvão Bueno! Estava no limite da curva, aliás, estava até na zebra. Mais do que isso, e ele teria que fazer um passeio na grama (ou trecho verde entre a pista normal e a saída dos boxes). Massa estava no traçado dele? Estava. Mas excedeu um pouquinho... pouquinho o bastante para acabar com a sua corrida, e ainda prejudicar o jovem Kevin. Puni-lo (o Kevin) seria errado, pois só no que ele perdeu de tempo e posições ali, depois de um ótimo trabalho da McLaren, já foi prejuízo demais. Ele poderia ter reduzido um pouco, como o próprio Felipe fez. Mas a preferência de entrada da curva, era dele! Do Kevin. Felipe estava no traçado, sim, mas aquilo era a largada, com os carros lado a lado, então o traçado sujo deve ser considerado também. E repito: embora Massa estivesse no traçado da pista, o lado da curva era o de Magnussen. Punir Massa também não seria apropriado, exatamente porque o azar que ele vem tendo já é demais. Mas como eu disse, culpa consciente, não dolo eventual. Deveria ter pelo menos ter presumido, ao invés de ter arriscado dessa forma logo no começo, tendo um carro que lhe garantiria um pódio. A visão periférica que um F1 oferece é... nada, ou quase isso. Nem Felipe viu Kevin, nem Kevin viu Felipe. Digo, Kevin viu Felipe sim, só que quando viu, o brasileiro já estava fechando-o.

Apesar disso, o dinamarquês ainda conseguiu se recuperar bem com o equipamento que tinha, chegando em 9º, logo atrás de seu companheiro de equipe, Jenson Button, o 8º. Poderia ter sido melhor se não fosse o acidente, mas para quem vem mal, foram bons resultados para a McLaren.

(Foto: AP)
Além do brasileiro, tivemos mais três abandonos. Romain Grosjean, que teve que parar seu Lotus E22 por problemas no motor. Aliás, quem também sofreu com isso foi o estreante russo da Toro Rosso: Daniil Kvyat só viu seu carro começando a pegar fogo, parou logo e saiu correndo. Muito nervoso, diga-se de passagem, mas isso é compreensível, ainda mais vindo de alguém jovem (como se eu fosse muito mais velho do que ele). E por último, pela Sauber e que também já vem de uma má fase, Adrian Sutil rodou de forma bizarra, sendo que seu carro ficou no meio da pista, e nem acionaram o safety car, colocando os fiscais em risco para levar o bólido de volta ao paddock. Absurdo. Por falar nisso, foi bem nessa hora que Hamilton aproveitou pra fazer seu último pit stop.

(Foto: Getty Images)
Voltando ao pelotão de frente, excelente 4º lugar de Sebastian Vettel. Um pouco atrás do alemão, vieram respectivamente Fernando Alonso, e o outro rubro-taurino, Daniel Ricciardo. Os dois no mesmo segundo, pois vinham travando uma belíssima batalha há um bom tempo. Logo, mais uma vez o grande espetáculo foi dado pela rivalidade entre Ferrari e Red Bull. Alonso também repetiu o duelo com Vettel. Em certo momento, Kimi Raikkonen até chegou a participar dessa "brincadeira" também, mas como adotou uma estratégia diferente, no final das contas acabou chegando apenas em 11º.

(Foto: AP)
Quem fechou a zona de pontuação foi Sergio Pérez, da Force India, que como de costume, correu de forma agressiva, chegando a provocar uma rodada de Kvyat, apesar de que o russo exagerou um pouco na hora de tentar ultrapassar o mexicano. O outro piloto da equipe indiana, Nico Hulkenberg, chegou em 7º. Um ótimo resultado, pelo carro que tinha. E o outro piloto da Toro Rosso, Jean-Éric Vergne, foi o 13º. Kvyat, já sabemos como terminou.

Ah, é! E tivemos a ilustre presença de um atual campeão da Copa do Mundo, Lukas Podolski!

(Foto: Getty Images)
Resultados finais do GP da Alemanha 2014 de Fórmula 1:

(Posição / Piloto / Número do piloto / País / Equipe / Motor / Tempo-Diferença)

1 - Nico Rosberg #6 (Alemanha / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = 67 voltas em 1h,33m,42s,914
2 - Valtteri Bottas #77 (Finlândia / Williams Martini Racing / Mercedes-Benz) = +20s,789
3 - Lewis Hamilton #44 (Inglaterra / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = +22s,530
4 - Sebastian Vettel #1 (Alemanha / Infiniti Red Bull Racing / Renault) = +44s,014
5 - Fernando Alonso #14 (Espanha / Scuderia Ferrari / Ferrari) = +52s,467
6 - Daniel Ricciardo #3 (Austrália / Red Bull Racing / Renault) = +52s,549
7 - Nico Hulkenberg #27 (Alemanha / Sahara Force India / Mercedes-Benz) = +1m,04s,178
8 - Jenson Button #22 (Inglaterra / McLaren / Mercedes-Benz) = +1m,24s,711
9 - Kevin Magnussen #20 (Dinamarca / McLaren / Mercedes-Benz) = -1 volta
10 - Sergio Pérez #11 (México / Sahara Force India / Mercedes-Benz) = -1 volta
11 - Kimi Raikkonen #7 (Finlândia / Scuderia Ferrari / Ferrari) = -1 volta
12 - Pastor Maldonado #13 (Venezuela / Lotus F1 Team / Renault) = -1 volta
13) - Jean-Éric Vergne #25 (França / Scuderia Toro Rosso / Renault) = -1 volta
14 - Esteban Gutiérrez #21 (México / Sauber F1 Team / Ferrari) = -1 volta
15 - Jules Bianchi #17 (França / Marussia F1 Team / Ferrari) = -1 volta
16 - Kamui Kobayashi #10 (Japão / Caterham F1 Team / Renault) = -2 voltas
17 - Max Chilton #4 (Inglaterra / Marussia F1 Team / Ferrari) = -2 voltas
18 - Marcus Ericsson #9 (Suécia / Caterham F1 Team / Renault) = -2 voltas

Mundial de Construtores: http://www.formula1.com/results/team/


Próxima parada, circuito de Hungaroring, em Budapeste, para o GP da Hungria 2014 de Fórmula 1, nos dias 25, 26 e 27 de julho!


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Um abraço!

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