domingo, 17 de abril de 2016

Fórmula 1 2016 - GP da China - Corrida


Mais uma vitória de Nico Rosberg! A terceira consecutiva só nesta temporada, na qual até então só ele venceu. Fora um susto com Daniel Ricciardo da Red Bull tomando a liderança nas primeiras voltas, foi uma corrida tranquila para o piloto da Mercedes. Apesar disso, no geral foi uma prova muito divertida de se ver.

Logo na largada o australiano tracionou melhor e pulou na frente mas, pouco depois, teve um pneu furado, sendo obrigado a adiantar sua primeira parada. Enquanto isso, seu companheiro de equipe Daniil Kvyat fazia os pilotos da Ferrari colidirem, mas foi algo normal, toque de corrida, com cada um fazendo a sua e terem que dividir o mesmo espaço. Acontece.

Acontece, mas prejudicou muito a Ferrari. Sebastian Vettel ficou espremido entre o russo e Kimi Raikkonen, e acabou atingindo este. Os dois carros da Scuderia foram avariados, mas puderam continuar na prova. Teve mais confusão nesse início de corrida, o que provocou a entrada do safety car e isso embaralhou muito as posições.


Apesar do desastre, nenhum dos chefes culpou qualquer piloto, fosse este um dos seus ou do adversário. Nem Maurizio Arrivabene e nem Christian Horner culparam Kvyat. Já Vettel... Na sala do pódio (sim, os dois subiram) ele quis tirar satisfações com aquele que o substituiu no time rubro-taurino, culpando este. O que Arrivabene diz que foi errado. Porém, é compreensível, afinal, você está ali dentro do carro, no calor da corrida e um cara te fecha. Compreensível, mas isso não dá razão ao tetracampeão. Gostei da resposta do Kvyat, que só respondeu rindo "we were racing", no que Vettel até tentou continuar jogando a culpa e... não, cara. Desiste. Gosto de você e é raro você errar, mas perdeu a discussão, sem argumento e sem razão. Depois o garoto da Red Bull ainda se defendeu, dizendo que ambos chegaram ao pódio, com o alemão em 2º e ele em 3º, então estava tudo bem. E que vai continuar se arriscando assim! Afinal: "If you no longer go for a gap that exists, you are no longer a racing driver, because we are competing, we are competing to win." - SENNA, Ayrton. (Nem é preciso traduzir, porque provavelmente todo fã do Senna sabe quando, onde, por quê e para quem ele disse isso, e o que disse). Mas pelo menos Vettel humildemente se desculpou com a Ferrari.


E o Ricciardo? Escalou o grid e ainda conseguiu chegar em 4º! Claro que poderia ter tido um resultado melhor, mas fez uma incrível corrida de classificação, que ele disse ter sido uma das melhores de sua carreira. Assim como Raikkonen que também fez o mesmo e muito bem, cruzando a linha de chegada em 5º lugar.

Atrás da turma do top 5, chegou Felipe Massa. Excelente 6º lugar, considerando o carro que tem e que largou de 10º. O melhor que a Williams podia dar. Na confusão da largada ele chegou a herdar a 2ª colocação, na qual permaneceu por um bom tempo. Mas logo vieram os outros com carros melhores e o brasileiro não podia fazer muito para segurá-los. Massa não ficou só na defensiva, tendo feito algumas ultrapassagens, salvo engano em cima de Max Verstappen da Toro Rosso e alguma McLaren, por exemplo. As posições que perdeu, vendeu caro. E por incrível que pareça, a Williams acertou na estratégia. Critico quando tem que criticar, mas devo fazer elogiar nas horas que merecem também.

Espera, não estamos nos esquecendo de alguém? Não, eu não me esqueci de Lewis Hamilton. Acontece que só agora era a hora de falar dele, que além de ter largado em último, colidiu com Felipe Nasr na primeira volta, quebrando a asa dianteira e assim ficando ainda mais atrasado. Bem, com o carro que tem, naturalmente ele saiu ultrapassando todo mundo, mas não passou do 7º lugar. Sim, quem o segurou defendendo-se lindamente, foi o nosso Zacarias Massa. Com isso, ele continia na vice-liderança do campeonato com 39 pontos, contra 75 de Rosberg.


Verstappen e Carlos Sainz Jr. ficaram em 8º e 9º, respectivamente, tendo ultrapassado um desgastado FW38 de um descuidado Valtteri Bottas, fechando o top 10 para a Williams. O que tem me preocupado, pois o time de Grove é um dos meus favoritos e esse ano o finlandês ainda não mostrou aquele... arrojo calculista, digamos assim, que ele tem. Me impressiono com ele, pois soma dois estilos distintos e muito eficientes de pilotagem, mas parece que algo está atrapalhando-o ultimamente. Até então, como pontos fracos, eu só considerava que ele é uma máquina de moer pneus, o que deixa seus carros instáveis no final das provas e que, bem às vezes, ele vai com mais sede ao pote, mas geralmente seus ataques com a faca nos dentes são precisamente cirúrgicos. Espero que volte à antiga forma o mais rápido possível. Mas pelo menos os dois carros da Williams terminaram na zona de pontuação.

Ainda na volta do líder, chegaram Sergio Pérez da Force India em 11º e Fernando Alonso Alonso da McLaren-Honda em 12º. Depois do espanhol, mas já 1 volta atrás, vieram seu companheiro Jenson Button, Esteban Gutiérrez da Haas, Nico Hulkenberg da equipe indiana, Marcus Ericsson da Sauber e Kevin Magnussen da Renault.

Agora eu só destacaria Pascal Wehrlein, pois mesmo não tendo nenhum abandono no GP da China (pois é!), ele ainda conseguiu terminar em 18º com a Manor, ficando à frente de, nesta ordem, Romain Grosjean da Haas, Nasr da Sauber, seu companheiro Rio Haryanto e, por último, Jolyon Palmer da Renault.

Porra, deve ser muito chato chegar em último com um carro melhorzinho, numa corrida que ninguém abandonou, hein, Palmer?





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Um abraço!

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