sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Fórmula 1 - 65 anos de Nelson Piquet e 30 de seu tricampeonato


Esses dias me peguei pensando "opa, tá fazendo 30 anos do tricampeonato do Piquet" e comecei a cogitar um momento apropriado para falar sobre o assunto. Ontem teria sido um ótimo dia, visto que o carioca completou 65 anos de vida. Mas foi uma correria só e não deu tempo.

Nelson Piquet Souto Maior nasceu em 1952, e é filho de Estácio Gonçalves Souto Maior, ex-ministro da saúde, que reprovava a participação de seu garoto em competições automobilísticas. Queria, na verdade, que ele fosse um tenista profissional, esporte do qual também gostava.

Essa proibição o levou a correr escondido no início de sua carreira, usando o sobrenome de solteira de sua mãe, Clotilde Piquet, ainda escrito a letra "K", como Piket, para que o pai não o descobrisse.

Claro que, em algum momento, isso deixou de ser segredo e ele acabou indo correr na Europa após conquistar títulos de kart e F-Vee por aqui. Em 1978, foi campeão da Fórmula 3 Inglesa, estreando na Fórmula 1 naquele mesmo ano, correndo em cinco das seis últimas provas com diferentes carros, até se estabelecer na Brabham ao final do campeonato. E aí, começou a saga rumo ao tri.

Em 1981, conquistou seu primeiro título, na Brabham com motor Ford-Cosworth. Em 1983, na mesma equipe, agora com motor BMW. Em 1986 foi para a Williams, conquistando seu terceiro e último título no ano seguinte, com motor Honda.

Importante ressaltar que em 1987 ele sofreu um grave acidente no meio da temporada, em Ímola, na curva Tamburello (sim, a mesma que vitimou Ayrton Senna anos depois, coincidentemente também com um carro de Grove) e, depois disso, sua visão afetada, fazendo-o perder um pouco da noção de espaço. Isso num campeonato tão preciso e competitivo como a F1, foi comprometedor, perdendo um pouco de perfomance. Mas por muito tempo, o brasileiro manteve essa sequela em segredo. Teve que administrar bem o final daquela temporada para sair com o caneco em mãos.

Depois disso, ele não esconde que seguiu sua carreira normalmente pelo dinheiro. E daí? Não sejamos hipócritas. Muitos de nós fariam o mesmo, se possível. E se ele dava conta, parar pra quê? Tanto que ainda conseguiu pódios e, mais tarde, conquistou mais duas vitórias pela Benetton, saindo em 1991. Ao todo, 23 vitórias e 24 pole positions no certame.

Decidiu experimentar a Indy, como estava na moda no pós-F1 daquela época, mas acabou sofrendo um grave acidente na classificação para as 500 Milhas de Indinápolis, decidindo assim encerrar a sua carreira profissional ali, até 1996 e 1997, quando participou das 24 Horas de Le Mans.

Ontem, 17 de agosto, Piquet completou 65 anos e foi homenageado pela própria Fórmula 1, pela Williams e por diversos pilotos, entre eles, é claro, seus filhos. E aqui, ficam meus votos de muitas felicidades, saúde e tudo o que há de melhor para um dos melhores pilotos da história.


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Um abraço!
Paulo Vitor

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