Apenas um resumo da categoria LMP1, e como foi a corrida dos outros brasileiros.
LMP1:
Que susto tivemos ao final desta grande corrida, hein? Com Mark Webber batendo forte o seu Porsche 919 Hybrid #20 na perigosa Curva do Café durante a última meia hora de prova, tivemos uma bandeira amarela em todo o circuito de Interlagos, com safety car até os 4 minutos finais, aproximadamente. O australiano se encontrou com o piloto da Ferrari 458 Italia da AF Corse, Matteo Cressoni. Agora os dois estão bem, mas ainda internados em São Paulo.
Só Webber que acordou com uma forte dor de cabeça, e mesmo com uma concussão, se mostrou empolgado para pilotar no ano que vem. Nem ficou traumatizado, porque primeiramente, ele já bateu ali antes, em 2003 quando corria pela Jaguar na Fórmula 1. E segundo porque ele nem se lembra do acidente de ontem. Mas nós que conhecemos o australianos há anos, sabemos como ele está acostumado a passar por esse tipo de aperto.
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| (Foto: Gabriel Pedreschi) |
A prova foi vencida pelo outro Porsche, o #14 que largou em 2º, guiado por Romain Dumas, Neel Jani e Marc Lieb. Mas quem saiu campeã foi a Toyota, que subiu ao pódio com o TS-040 de Anthony Davidson e Sébastien Buemi. Completando o pódio, Audi em 3º com o R18 e-tron quattro do brasileiro Lucas di Grassi, Loïc Duval e Tom Kristensen, que fazia sua despedida, aposentando de uma carreira de sucesso ("apenas" 9 vencedor... das 24 Horas de Le Mans!).
GTE-Pro:
Fernando Rees não teve um dia muito legal, mas longe de ser por falta de competência. Muito pelo contrário, como sempre ele se mostrou não "só" um cara muito técnico, como também foi surpreendentemente veloz, chegando cada vez mais perto de quem estivesse à sua frente. E esse ritmo constantemente rápido, foi por mais de 3 horas atrás do volante.
Mas sabem quando você está no lugar errado e na hora errada? Duas vezes isso aconteceu, e duas vezes perseguindo algum carro da Porsche. Na primeira vez, ele encontrou com um de seus companheiros da Aston Martin, mas da GTE-Am, que abriu para dar passagem à um 911 o qual Rees perseguia e que em mais uma, duas ou no máximo três voltas, ultrapassaria. Mas o piloto Am do outro Aston Martin não o viu, e fechou a porta logo que o Porsche passou, atingindo o carro de Rees, que rodou.
Mais tarde, quando ia concluir uma bela ultrapassagem sobre outro Porsche na entrada do S do Senna, este foi no mínimo inconsequente (para não dizer desleal) na forma de defender sua já perdida posição no meio do icônico trecho, fazendo o brasileiro rodar novamente na saída da última parte de uma das curvas mais desafiadoras do automobilismo, batendo no guard-rail.
Com seus companheiros Alex MacDowall e Darryl O'Young, chegou em 5º na sua categoria.
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| (Foto: Gabriel Pedreschi) |
GTE-Am:
Um dia poderei dizer aos meus filhos (se eu os tiver): vi Emerson Fittipaldi correr profissionalmente em uma categoria internacional! Mesmo com os problemas que ele teve, foi sensacional.
Logo que assumiu o cockpit da 458 Italia, esta teve problemas no câmbio, fazendo com que ficasse uma eternidade parado quando voltou aos boxes da AF Corse para solucionar o problema. Fim de chances de vitória e de pódio, mas o veterano queria pelo menos dar algumas voltas de Ferrari. E olha, para um atleta de 67 anos (68, daqui a alguns dias), ele foi muito, muito rápido, virando a menos de 2 segundos de seus companheiros mais jovens, Alessandro Pier Guidi e Jeffrey Segal.
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| (Foto: Gabriel Pedreschi) |
Vocês podem conferir todos os resultados das 6 Horas de São Paulo aqui, seguindo este link do site oficial do FIA WEC: http://www.fiawec.com/races/6-hours-of-sao-paulo/results-and-chrono.html
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Um abraço!
Paulo Vitor
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