Liderando o Rally Dakar entre as motos, Paulo Gonçalves chamou a atenção ontem com um nobre gesto: ao ver o adversário Matthias Walkner da KTM acidentado, o português da Honda parou para socorrê-lo, "perdendo" mais de 10 minutos até a chegada do resgate ao local.
"Fiz aquilo que me competia, ao contrário acredito que fizessem o mesmo por mim. O Dakar é uma aventura de muito risco, de muito sacrifício, damos tudo por tudo ao longo de vários dias, milhares de quilômetros, e o risco sempre está à espreita. Não sou um herói, sou um ser humano com respeito pelos outros. A nossa vida vale mais do que qualquer vitória, sem ela não vencemos!" - publicou o piloto em sua conta no Facebook.
E se seguisse assim, seria uma vitória, digamos... vazia, feia. Me lembrou uma das últimas cenas do filme Carros, da Disney Pixar, quando Relâmpago McQueen desiste do título na última volta para ajudar o acidentado Rei a completar sua última corrida antes de se aposentar.
Não vou contradizê-lo chamando-o de herói, se ele prefere assim, mas sim dizer que foi mesmo "um ser humano de respeito". Não o conhecia, mas o meu respeito ele já tem por completo. Continua líder e agora com o meu respeito e de todo mundo que viu o que ele fez, além da gratidão de Walkner.
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Um abraço!
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