quarta-feira, 10 de junho de 2015

Fórmula 1 2015 - Sim, Ferrari e Arrivabene, eu queimei a língua


Desde o começo da temporada eu venho admitindo isso nas redes sociais, mas faltava dizer aqui: sim, Ferrari e Maurizio Arrivabene, eu queimei a língua. Embora eu não tenha desconsiderado a possibilidade dos planos da Scuderia darem certo, não deixava de ser uma aposta de risco. E Maranello acertou.

Ele chegou botando ordem na casa, demitindo pessoal de auto escalão, como Nikolas Tombazis e Pat Fry. A propósito, claro que mais gente dos bastidores tem seus méritos, como James Allison, Simona Resta e seu mentor Rory Byrne. Mas sob a chefia Maurizio, as coisas ficaram melhor encaminhadas.

Nada mal para um executivo da Marlboro, hein? Brincadeira. Inclusive o grupo Philip Morris, detentor da marca de cigarros, renovou o contrato de patrocínio com os italianos, mesmo depois da proibição da entrada de verba desse ramo na Fórmula 1. Foi por isso que lá em 2011 a Scuderia mudou o design de seu escudo, para deixar a marca Marlboro implícita.

A meta para 2015 foi um pouco ousada: duas vitórias. Mas pelo menos metade disso, o chefe já conseguiu - fora os pódios. E ele mantém a promessa.

Jogo de equipe? O que era a maior acusação contra a Ferrari (como se ela fosse a única que fizesse, e às vezes é aceitável devido a uma necessidade), é algo que passa longe da cabeça de Arrivabene, que já declarou ser contra. Mesmo irritado como a perda do pódio de Kimi Raikkonen na última corrida, o GP do Canadá, não considerou inverter sua posição com a de Sebastian Vettel. Ele dá igualdade de condições entre os pilotos, sem privilégios para um (o próprio Iceman elogiou isso). Justo.

Por falar em desempenho em corridas, vamos falar do SF15T. Começando pelo motor, devemos dar um pulo em duas equipes: Williams e Sauber, por causa de Felipe Nasr. Anteriormente reserva do time de Grove, o brasileiro era impulsionado pelos motores Mercedes-Benz, e ao transferir-se para a equipe suíça que utiliza os motores Ferrari, disse que não sentiu uma perda tão grande de potência. A fábrica de Maranello desenvolveu bem sua unidade motriz durante o inverno europeu. Ganhou alguns cavalos graças a contribuição dos testes da Marussia (hoje Manor), e possivelmente para o GP da Áustria eles chegarão com mais 25 cv (Sauber e Manor devem receber essas atualizações posteriormente).

A propósito, foi no A1 Ring (ok, Red Bull Ring) que a Mercedes perdeu uma única pole position no ano passado, para a Williams. Circuito com longas retas e, salvo engano, o FW37 e mais ainda o SF15T, tem menos downforce que o W06 Hybrid, além de terem menor desgaste de pneus. Então... quem sabe?

Por último, criticado pelo seu estrelismo (consequência natural pelo bom trabalho que tem feito) por Bernie Ecclestone, Arrivabene lançou um hadouken no chegão da categoria, dizendo: "Pode dizer ao sr. Ecclestone que ele pode tirar a minha credencial amanhã de manhã, se ele quiser. Se ele não gosta de mim, tudo bem. O que eu posso fazer? Não vou mudar porque ele está me pedindo para mudar."

Arrivabene "chega bem", mesmo.

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Um abraço!
Paulo Vitor

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