Estava conversando com a Ana Flávia sobre filmes que emocionam, quando lembrei desta cena, especificamente. Eu ia deixar esse post pro meio da semana, mas não aguentei.
Na temporada de 1976 da Fórmula 1, após sofrer um acidente terrível na corrida de Nürburgring, Niki Lauda passou alguns dias internado, pois teve boa parte do seu corpo queimado, perdendo cabelos, orelhas, muita pele, e até intoxicando os pulmões, que ficaram seriamente comprometidos. O que hoje (ou até mesmo naquela época) era motivo para passar o resto do campeonato fora da disputa, ou até se aposentar, não foi o bastante para deter a força de vontade do austríaco.
Alguns dias depois, e lá estava o teimoso Niki de volta às pistas, para a disputa do GP da Itália. Corrida na casa da sua equipe, a Scuderia Ferrari. A princípio, ele mal consegue ser competitivo, mas após um susto, sua visão confusa se recupera e ele chega em 4º lugar. Uma posição que, naquela ocasião, foi de valor muito maior do que a vitória.
Os tifosi (fãs da Ferrari) foram à loucura na arquibancada, invadindo a pista e erguendo seu herói após um baita exemplo de superação, enquanto sua esposa, Marlene Lauda (aliás, os dois se conheceram de uma forma bem engraçada), observava tudo de longe mandando um beijo ao seu amado.
É a primeira vez que revejo essa cena. Confesso que quando eu a vi pela primeira vez, no cinema, no dia da estreia do filme (inclusive tive que viajar mais de 120 km para assisti-lo), meus olhos lacrimejaram (mas não chegaram a escorrer , juro - risos. Mas sem problemas quanto a isto).
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Um abraço!
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