domingo, 2 de setembro de 2018

Fórmula 1 2018 - GP da Itália - Corrida


Que corrida! Bem disputada, cheia de emoções e um pouco de controvérsias. Assim foi o GP da Itália 2018 de Fórmula 1, em Monza.

Largando apenas em 3º, Lewis Hamilton foi o improvável vencedor, num cenário de puro favoritismo da Ferrari. Mas, há explicações para tal. Sem querer menosprezar. O inglês deu um espetáculo, sim. Mas também é meio superestimado.

Dada a largada, o pole position Kimi Raikkonen manteve a ponta, até então com seu companheiro de Scuderia, Sebastian Vettel, vindo logo atrás. Eis que no final do setor 1, o tetracampeão da Mercedes foi dar o bote no tetracampeão alemão. Nisso, eles se tocaram. Normal, coisa de corrida. Porém, o ferrarista rodou, quebrou a asa dianteira e caiu para último.

Reduzindo o prejuízo, o safety car entrou na pista nessa mesma volta. Mas isso por outra razão, vinda lá de trás: Brendon Hartley, da Toro Rosso-Honda, que se acidentava e abandonava. Vettel foi para os boxes, trocou a asa e adiantou sua troca de pneus também, substituindo os supermacios pelos macios. Começaria ali a sua longa recuperação.

Relargada dada, e Hamilton já foi para cima de Raikkonen, ultrapassando-o, mas logo em seguida, o Iceman já deu o troco, recuperando a posição. Detalhe: isso tudo sem DRS.

Dali em diante, o finlandês mostrou toda a força do carro vermelho, que desde os treinos de sexta-feira, claramente era o melhor da etapa. Lá na frente, os dois fizeram suas paradas (com direito a blefe do inglês) e o finlandês se manteve à frente. Porém, dali em diante seria segurado por seu compatriota, Valtteri Bottas, o cachorrinho escudeiro favorito das Flechas Prateadas e possivelmente agora inimigo público nº 1 da Finlândia. OK, é o trabalho dele, que corre pelo time e tem um piloto disputando o título. Compreensível. Mas que gera um climão anti-esportivo, gera, sim.

Resultado: Hamilton se aproximou demais de Raikkonen e este, além de perder tempo atrás de Bottas, devido a essa proximidade durante tantas voltas, ainda desgastou demais os seus pneus. Bottas nos boxes e, poucas voltas depois, Hamilton fez não mais do que a sua obrigação ao ultrapassar o adversário. Raikkonen, sim, foi heroico em resistir tanto tempo nessas condições.

Assim, o pódio foi Hamilton, Raikkonen e Bottas, respectivamente. Obviamente, em Monza, as vaias vieram para os da equipe tedesca e, me parece, mais para o #77 do que para o vencedor, que até... digamos que elogiou o público. Disse que tirou forças das vaias. Entçao de certa forma, reconhece a força da torcida.

Ah! Diga-se de passagem, Max Verstappen, da Aston Martin Red Bull, é que deveria ir ao pódio. Se numa batida com Bottas no final da primeira reta, não tivesse sido como culpado, levando ainda um acréscimo de 5 segundos ao seu tempo final como punição. Os dois estavam travando um belo duelo e, molequerstappen, avisado da punição, quis terminar na frente, na pista. Chilique inútil, mas que ele viu como questão de honra. E deve se ressaltar que ele tirou leite de pedra.

Particularmente, vi o incidente como algo tão normal quanto Hamilton vs. Vettel. Inclusive este ainda levou a 4ª posição, terminando assim a sua recuperação. E ao holandês restou fechar o top 5.

Quanto ao outro rubro-taurino, Daniel Ricciardo mais uma vez sofreu uma quebra, lá para metade da prova, mais ou menos. Mais para o final, creio eu. E outro abandono por alguma falha, coincidentemente ou não, outro que usa motor Renault, foi de Fernando Alonso, da McLaren, com apenas 10 voltas.

Voltando à zona de pontuação, Romain Grosjean voltou a pontuar pela Haas, chegando em 6º. Depois vieram os carros da Racing Point Force India, com Esteban Ocon à frente de Sergio Pérez, já colando na Alfa Romeo Sauber pela 8º posição no mundial de construtores, já que foram zerados.

Em 9º, chegou Carlos Sainz Jr., da Renault Sport. E milagrosamente, pelo carro e mais ou menos pelo piloto também (sim, já defendi muito, não nego, mas ele tem feito por onde desmerecer), fechando a zona de pontuação, Lance Stroll, da Williams. E por pouco que o time de Grove não pontuou com os dois carros, pois Sergey Sirotkin chegou em 11º.

Atualização: a Renault questionou a FIA sobre a legalidade do carro da Haas e, feita a inspeção, encontraram uma irregularidade no assoalho, desclassificando o piloto francês que havia pontuado; assim, todos que chegaram atrás dele, ganham uma posição; consequentemente, Sirotkin marca seu primeiro ponto e o time de Grove pontua com os dois carros.





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Um abraço!

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