Esse é o rumor que surgiu com muita força neste final de semana, ganhando maiores proporções hoje: Felipe Nasr correndo na Force India em 2017, como companheiro de Sergio Pérez, ocupando o lugar de Nico Hulkenberg, que vai para a Renault.
Quem quer isso? Ninguém menos do que Bernie Ecclestone, que põe muita pressão nessa mudança, e nós sabemos que o velhinho tem poder, já tendo apoiado a entrada e a permanência de Nasr na Fórmula 1, pois o Brasil traz uma boa audiência para a categoria (ainda mais que teremos só um piloto no ano que vem). É verdade que esta caiu e que brasileiro gosta mais de ver alguém daqui ganhando do que é fã de automobilismo, mas para um país desse tamanho e populoso, não é de se assustar que daqui venham números altos em comparação com outros países.
Isso foi declarado pelo próprio Bernie, e a equipe falou que a vaga é do Nasr, embora tenham outros interessados e nenhum contrato assinado. O que faltam são só essas formalidades mesmo, que incluem patrocínio, que é muito importante.
Até poucos meses atrás, ele poderia "voltar" (pois foi apenas reserva) para a Williams (era quase certo), porquê além da aposentadoria de Felipe Massa, Valtteri Bottas queria ir para a Renault. Mas agora, temos mais este indicador da permanência do finlandês no time de Grove.
Para a vaga de Massa, deverá entrar o campeão da Fórmula 3 Europeia, Lance Stroll. Só estão esperando ele completar 18 anos para fazerem o anúncio, já que um de seus patrocinadores é uma marca de bebida alcoólica, no caso, a Martini.
Possivelmente o acontecimento explique o que houve ontem, por parte da Sauber. A equipe copiou excelente acerto que Felipe havia feito. Segundo o próprio, o melhor do ano. E passado essa configuração para o carro de Marcus Ericsson, como este mesmo disse. Depois, desconfiguraram todo o carro do brasileiro, deixando-o horrível.
"Ah não, você tem que reconhecer que eles tem o mesmo carro, para de tentar tirar a culpa porquê é brasileiro". Moralmente, talvez eu deveria dizer que estão em condições de igualdade. Mas além do próprio Ericsson ter admitido o que aconteceu (caiu que nem pato ao ser questionado, diga-se de passagem), deem uma olhada nos números de Felipe Nasr e nos de Marcus Ericsson nas categorias de base, especialmente na GP2 Series, onde o chassi e os motores são padronizados - ainda mais considerando equipes e quantidade de temporadas. Agora me responde: quem é o melhor piloto?
A nacionalidade do piloto, para mim, é irrelevante. Eu gosto é do esporte e assisto uma corrida mesmo que não tenha nenhum brasileiro. Se tiver e este se der bem, é claro que ficarei feliz. Mas não é importante. Particularmente, nem simpatizo muito com Nasr, para ser sincero. Mas também não tenho nada contra, e reconheço que é um piloto competente.
Retaliação não parece muito teoria da conspiração? Sim. Numa equipe grande e de fábrica, principalmente. Não é o caso da Sauber, que depende muito de patrocínio e pela então falta deste, quase veio a fechar as portas ainda neste ano. "Ué, mas e o Banco do Brasil?" O dinheiro que este põe no time, costuma ser todo gasto na pré-temporada com a concepção do chassi. Com a saída do brasileiro, sai o patrocínio do banco. Nos últimos meses, o que vem chegando são patrocínios do sueco, além do dinheiro do novo dono da equipe.
Não penso que, não fosse o rumor, a Sauber faria muito diferente do que fez. Mas pode ter influenciado, se tiver sido o caso. Se antes já estavam dando preferência ao sueco por razões de patrocínio, depois disso é que as coisas pioraram. Lembrando que o leite já havia azedado e muito no GP de Mônaco.
Ainda assim, ainda acho difícil de acreditar. É uma competição, e um esporte de equipe. Não faz sentido. Ainda mais que a Sauber precisa desesperadamente de pontos, pois ainda está zerada. Mas que é muita coincidência, é.
Ainda assim, ainda acho difícil de acreditar. É uma competição, e um esporte de equipe. Não faz sentido. Ainda mais que a Sauber precisa desesperadamente de pontos, pois ainda está zerada. Mas que é muita coincidência, é.
Tretas à parte, de qualquer forma, a mudança é boa? Bem... é melhor do que permanecer numa equipe que te sacaneia, e que ainda por cima terá o motor muito defasado no ano que vem. Teremos mudanças profundas no regulamento, mas a Force India - apesar de também viver numa montanha russa financeira, já que é outra "garagista" -, costuma ter uma performance mais consistente na parte da frente do meio do grid.
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Um abraço!
Paulo Vitor
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