sexta-feira, 8 de abril de 2016

Fórmula 1 2016 - Sobre Hamilton e racismo

Eu escrevi sobre isso ontem, no Facebook (aliás, a formatação está um pouco diferente por ter vindo de lá), por se tratar de algo mais de opinião e não ter muito ou nada a ver com o esporte em si. Mas achei interessante trazer o tema pra cá também, então, vamos lá.


Lewis Hamilton disse que teve que trabalhar dobrado para chegar onde chegou, por causa do racismo.
Esta é uma causa séria, sem dúvidas. Assim como o piloto inglês é detentor de um talento inquestionável, mesmo que não esteja no melhor carro do grid - o que não é o caso, atualmente.
Mas racismo, Lewis? Tira esse óculos sem grau que você usa "só pelo estilo", e vamos conversar a sério.
Desde o kart, a McLaren bancou a sua carreira, passando por todas as categorias de base - nas quais você foi campeão, diga-se de passagem - até estrear na Fórmula 1 sem sequer passar por outra escuderia que tinha o suporte do time de Woking.
Não, estreou logo na equipe principal. Uma das maiores da Fórmula 1 e que, naquela época, tinha seus carros no pelotão de frente, vencendo corridas e disputando campeonatos.
Logo em seu primeiro ano, teve como companheiro ninguém menos do que o até então bicampeão - consecutivo - mundial, Fernando Alonso (que tomou uns sopapos do novato na pista, hehe). Na treta que surgiu entre a estrela em ascensão e que acabava de nascer no certame (pois sempre dá problema ter dois galos no mesmo galinheiro), entre as duas, a McLaren deu um pé na bunda do espanhol - que ironicamente voltou para os ingleses no ano passado, mas que está vivendo uma fase bem diferente do que foi aquele 2007.


E em 2008, foi muito legal ter o primeiro - e até hoje o único - campeão negro da história da Fórmula 1 (mas Pascal Wehrlein vem aí, anotem). Só ele, na elite do automobilismo, onde pilotos brancos são presenças muito mais constantes.
Quando a equipe inglesa começou a ficar ruim, você pulou fora, indo para a Mercedes. Tudo bem, embora eles tenham te dado tudo e puxado seu saco, você tinha todo o direito de optar pelas Flechas Preteadas. É livre. Se tinha alguma dívida, pode-se dizer que esta foi quitada quando você foi campeão, apesar de que a equipe não foi campeã no Mundial de Construtores.
Fora do ninho, desde o princípio se estranhou com Nico Rosberg. Outro piloto talentoso, que viu uma ameaça entrando em seu território.
E nos últimos dois anos, os alemães deram preferência para quem? Para quem "sofreu racismo", ou para o conterrâneo loiro deles? O bicampeonato consecutivo tá aí... Então não vence uma corrida há meses, começa a apanhar do Rosberg numa temporada que só acabou de começar, queima sua imagem na equipe por sua rotina de festeiro, e vem colocar a culpa em uma coisa séria como racismo.
Racismo ainda existe na cabeça das pessoas, infelizmente. Pior ainda: ainda se manifesta na realidade. Mas dizer que este influenciou negativamente na sua carreira, é fazer chacota com quem realmente sofre com essa porcaria, champs.


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Um abraço!

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