terça-feira, 16 de julho de 2013

Fiat Marea Turbo


Ele chegou para substituir o Fiat Tempra Turbo, e honrou o seu antecessor. Foi o carro mais potente da época em que foi comercializado pela sua montadora.

Colocar Volkswagen Gol GTi e Fiat Marea Turbo na mesma página, é pedir para ser esquartejado pelos fãs de ambos (risos), mas vamos lá. Existe uma versão de 2.4L aspirado do Marea, porém nada mais chamativo e atraente do que um turbo, certo? (Provocando a segunda briga em menos de quatro linhas: turbos vs aspirados).

Falarei logo do que há de ruim, para ficar livre dessa parte chata. A manutenção é cara, e não é incomum ver exemplares deste com motores avariados, seja por um problema simples ou por ter fundido. O ADG, dono da oficina High Torque de BH, tem ou teve um Marea Turbo. Acreditem, quase toda semana aparece um Marea para ser consertado na High Torque. Isso quando não tem pelo menos uns três de uma vez só. Mas provavelmente no mínimo a metade dos problemas poderiam ser evitados se os proprietários fossem mais cuidadosos, fazendo as manutenções na quilometragem correta. Quem cuida bem do seu carro, normalmente não tem muito mais problemas do que o normal de qualquer automóvel. Há um certo exagero nas brincadeiras que fazem com os problemas do Marea.

Outra coisa que atrapalha, é que o Marea é um modelo muito escolhido por quem quer fazer upgrades. Tirando a originalidade da mecânica, o motor já fica fora do que foi desenvolvido pela Fiat em anos de projetos de engenheiros especializados e centenas ou milhares de testes, e muitas vezes essas modificações fora da fábrica são feitas por quem às vezes não é tão especialista assim. Mas claro que o projeto de modificações pode ser feito também por um senhor engenheiro, que toma todas as medidas de segurança e faz um ótimo trabalho. O Fivetch pode entregar muito mais potência do que oferece quando sai da montadora, então é legal deixar a cavalaria dele um pouco mais bruta. O problema é que tem gente que exagera, dando ao motor centenas de cavalos extras. Desse jeito, é óbvio que a vida útil vai diminuir muito, principalmente se não fizer os reforços necessários. Sem falar que potência extra acaba exigindo modificações em outras partes do carro, as quais muitas vezes não são realizadas.

Enfim, vamos às partes que fazem esta máquina ser tão desejada, afinal, não há como negar que este é um verdadeiro esportivo nacional. Tão querido que já ganhou do Honda Civic Si em um dos duelos do Jalopnik.

Esportividade à flor da pele, ou melhor, da lataria. Performance é o que não falta no Marea, com seu motor de 5 cilindros Fivetech 2.0L 20V Turbo, que gera "apenas" 182 cv de potência a 6000 RPM com um torque "leve" de 27 kgfm. A turbina Garrett T28 já exerce seu papel com vontade entre 2000 RPM e 3000 RPM, então imagine nas rotações finais. O câmbio é manual de 5 marchas. Faz de 0 a 100 km/h em apenas 8,12 segundos e atinge a velocidade máxima de 220 km/h. Com um motor desses, o apetite do Marea por gasolina é dos grandes: 7 km/l na cidade e 10 km/l na estrada.

O Fivetech veio da Itália, mas era "comum", pois a turbina foi um tempero colocado na fábrica de Betim. Na verdade ele foi até amansado para o Marea, porque nas configurações originais o rendimento é de 220 cv, isso para ser usado no Fiat Coupé.

Como podem ver na foto a seguir, tem quem consegue fazer mais do que os 220 km/h, seja por modificação, ou por estar descendo um morro, ou as duas coisas simultaneamente.


Esse desempenho exigiria do Marea Turbo controles de tração e estabilidade, só que ele não tem estes itens. Mas já tem o mínimo que um bom motorista precisa: freios a disco nas quatro rodas com ABS e uma suspensão rígida ideal para ele.

O Marea Turbo podia ser "perua" na versão Weekend, ou o sedan, que teve duas traseiras diferentes, e a que está aqui é a que eu acho mais bonita. Mas gosto de ambas as versões.


Um abraço!
Paulo Vitor

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