Muitos dizem que a Fórmula 1 virou uma competição pneus. De
quem troca menos vezes, e qual carro resiste mais tempo sem trocá-los. Em
parte, tem sido assim mesmo. Mas parte do erro é das equipes também.
Desde que chegaram à Fórmula 1 em 2011, os pneus Pirelli tem
sido alvo de críticas de pilotos e chefes, seja por sua duração, falta de
aderência ou dificuldade para serem aquecidos. E não é frescura de iniciante,
porque nem mesmo o heptacampeão Michael Schumacher se deu bem com essa borracha
nova.
Porém neste ano, os compostos mudaram e ficaram ainda menos
resistentes, mas também mais rápidos. Então, toda semana a Red Bull Racing
reclamava muito, mas muito mesmo, da durabilidade desses pneus. Principalmente
depois do GP da Espanha. Que o carro deles não passava perto do seu desempenho
máximo com esses pneus. Uma marca de nome mundial como a Pirelli, sendo
tão fortemente criticada pela equipe tricampeã... Bom, não pega muito bem, né? Por causa
disso, a marca decidiu alterar os compostos a partir do GP do Canadá, em junho.
Usarão pneus mais resistentes.
Ótimo, não? Não para todos. Equipes como a Scuderia Ferrari,
Lotus e Force India, por exemplo, desenvolveram seus carros de forma que os
mesmos agredissem menos os pneus. Fizeram o dever de casa direitinho. Mas
Adrian Newey tinha que fazer um carro ultra rápido, mas que devorasse os pneus,
né? Se a Red Bull não desenvolveu o RB9 como deveria, o problema é dela. Ela
que aguente as consequências, agora. Prejudicar outras equipes por chatice do
time austríaco é injusto. Aliás, é sacanagem mesmo. A Pirelli nega que seja
esse o motivo, mas eu não acredito.
A Lotus, no seu jeito “zoeira” de ser, deu essa
alfinetada...
No Twitter, ela publicou essa foto, que diz “Resistentes o
bastante para vocês, caras?”, e na legenda disse que era uma entrega da Pirelli
para a cidade inglesa de Milton Keynes, onde fica a sede da equipe dos touros
vermelhos.
A Ferrari, manda indiretas via imprensa: “É uma pena que
essas ilustres almas ficaram caladas há dois anos, quando, no mesmo Circuito da
Catalunha, e na pista de Istambul, cinco dos seis pilotos que subiram ao pódio
fizeram, exatamente, o mesmo número de pit-stops que Alonso e Massa fizeram no último domingo, na Espanha.” Se referindo a vitórias de Sebastian Vettel.
As duas equipes tem carros mais sutis. Principalmente o E21
da Lotus, que às vezes consegue até fazer uma parada a menos. Então o problema não é necessariamente dos pneus, e mesmo antigamente, em algumas corridas eram necessárias três ou quatro paradas, e ainda por cima, ao contrário de hoje, podendo usar todo o potencial dos carros.
Vamos esperar pelos próximos capítulos dessa “novela”.
Um abraço!
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