segunda-feira, 27 de julho de 2015

Fórmula 1 2015 - GP da Hungria - Corrida

Como eu havia avisado no post sobre a classificação, passaria boa parte do dia fora da cidade, porque tinha um compromisso. E que corrida eu perdi ao vivo, hein? Começando este texto, acabo de ver a reprise (mas provavelmente só será postado na segunda-feira, mesmo). Mas... até que, mais uma vez, e de novo na Hungria, como eu o fiz no ano passado, tive um pouco de sorte ao palpitar qual era o carro certo para vencer esta prova, meses atrás... ;-)


Há tanto o que falar, que será até um pouco difícil ser objetivo aqui. Pelos duelos, pelas homenagens para Jules Bianchi, pelo desequilíbrio de forças (o que eu também já havia mencionado no post informativo que poderia acontecer), as confusões, enfim... tudo o que, nos últimos 2 anos, tem feito Hungaroring perder o apelido de Hungaboring (entediante), pois emoção não foi o que faltou.

(Foto: AP)
"Grazie, ragazzi! Forza Ferrari! Merci, Jules! Cette victoire est pour toi! You will always be in our hearts! We know that sooner or later, Jules would have been a part of this team", foi parte do que Sebastian Vettel disse no rádio ao cruzar a linha de chegada em 1º lugar. Em tradução livre, primeiro do italiano, depois do francês e por último inglês: "Obrigado, rapazes! Força Ferrari! Obrigado, Jules! Esta vitória é para você! Você sempre estará nos nossos corações! Nós sabemos que cedo ou tarde Jules faria parte desta equipe."

E com isso, Vettel igualou-se a Ayrton Senna como 3º maior vencedor da história da Fórmula 1, com 41 vitórias.

Mas vamos ao começo? Que foi com o francês também.


Os pilotos, juntos aos familiares de Bianchi, Maurizio Arrivabene chefe da Ferrari e a equipe Manor, formaram um círculo no grid de largada, colocaram seus capacetes e o de Jules no meio e fizeram 1 minutos de silêncio em homenagem ao amigo. Enquanto alguma cantora (perdão, não conheço) e outros músicos com instrumentos clássicos tocavam algo. Foi bonito, mas claro, triste.

Ah! Bom lembrar que Nelson Piquet também foi homenageado, sendo o primeiro vencedor da categoria neste circuito. O tricampeão deu uma voltinha com Bernie Ecclestone em um carro antigo conversível. Acho que era uma Mercedes. Não prestei muita atenção nisso.

Depois que os pilotos foram aos seus carros dar a volta de apresentação, houve alguma falha técnica com a organização e por isso deram mais uma volta. Ops... falha técnica? Foi o que pensamos, até o verdadeiro motivo aparecer: Felipe Massa havia alinhado seu FW37 no lugar errado e por isso tiveram que realinhar os carros. Resultado: 5 segundos de punição no pit-stop do brasileiro.

(Foto: AP)
Dada a largada, as Flechas Prateadas tracionaram muito mal. Principalmente Lewis Hamilton. Sebastian Vettel não perdeu a oportunidade e, largando muito bem, colocou sua SF15T na liderança após a primeira curva, a qual dividiu com o atual bicampeão. Brigando um pouco mais com a dupla da Mercedes, Kimi Raikkonen veio logo atrás e ainda no setor 1 conseguiu ir acompanhar seu companheiro de equipe.

Para piorar a vida do inglês, Hamilton todo afobado para se recuperar, conseguiu foi piorar sua situação, dando uma escapada e tanto da pista ainda na primeira volta e, por sorte não atolando na caixa de brita e nem batendo em nenhuma barreira de pneus, pôde voltar, mas tendo perdido algumas boas posições. E diga-se de passagem que Rosberg o fechou.

Outras boas largadas foram a de Valtteri Bottas, da Williams e de Nico Hulkenberg, que conseguiu cinco ou seis posições. Porém o alemão atual campeão das 24 Horas de Le Mans deu o azar de ter a asa dianteira quebrada do nada, e esta foi parar embaixo do carro, tornando-o mero passageiro da Force India que foi de encontro com a barreira de pneus, mas isso bem mais tarde. Provocando, inclusive, o safety car (antes só o virtual, depois o real), que deu mais uma animada na última parte da corrida quando relargaram, pois até então Vettel estava isolado.

Bottas foi outro que não teve menos azar, com direito a um pneu furado por Max Verstappen. Mesmo tendo largado bem, na corrida, deixou um pouquinho a desejar. Ele ficou um pouco atrás dos líderes, mas não teve muito daquele protagonismo de costume durante a maior parte do tempo. Massa também não correu bem, como se não bastasse a punição. Na verdade, o FW37 é que não se deu nada bem, mesmo, com Hungaroring. Os pilotos fizeram o que puderam, mas o carro ficou muito instável. O brasileiro chegou em 12º e o finlandês chegou poucos segundos depois, conquistando o 13º lugar, depois de, salvo engano, ter um pneu furado por Daniil Kvyat.

Por falar no garoto russo, hoje ele conquistou seu primeiro pódio na Fórmula 1. Aliás, foi o primeiro pódio completado pela Red Bull na temporada (e o primeiro sem a Mercedes, nem de motor), pois Kvyat foi o 2º e Daniel Ricciardo subiu no último degrau, tendo marcado sua corrida com uma boa recuperação após uma má largada, travando boas disputas com a dupla da Mercedes e marcando o melhor tempo de volta. Felizmente para a Renault, motor é o de menos em Budapeste.

E mesmo completando o pódio, os rapazes da equipe austríaca aprontaram as suas. A ordem entre os dois poderia até ser invertida se Ricciardo não tivesse quebrado a asa em um - dos - toque(s) com Rosberg nas voltas finais, mas por outro lado, Kvyat teve punição de 10 segundos.

(Foto: Getty Images)
Raikkonen estava indo muito bem, até ter problemas no motor, mais especificamente no ERS, que o obrigaram a abandonar a prova.

O 4º colocado ainda foi da turma dos energéticos, com Max Verstappen da Toro Rosso. O garoto de apenas 17 anos também conquistou hoje o seu melhor resultado na Fórmula 1.

(Foto: Red Bull)
E em 5º, acreditem: Fernando Alonso! Tendo uma excelente recuperação já que largou em 15º e a McLaren, apesar de vir evoluindo aos poucos, é uma das equipes mais fracas do grid nesta temporada. A propósito, parece-me que a Honda enviou atualizações para o motor. Jenson Button também pontuou, chegando em 9º lugar.

(Foto: Getty Images)
E as Mercedes? Hamilton ficou em 6º e Rosberg em 8º. Vale lembrar que os dois tiveram asa quebrada, pneu do Rosberg furado pelo Ricciardo, punição para afobamentos hamiltonzísticos... enfim, hoje não foi o dia da Mercedes, definitivamente. Entre os dois, ficou a Lotus de Romain Grosjean. Pastor Maldonado foi o 14º, tendo sido punido por um acidente com Sergio Pérez, da Force India, entre outras trapalhadas. Hoje o venezuelano abusou. Mais tarde o mexicano abandonou com problema nos freios.

Fechando a zona de pontuação, a Sauber de Marcus Ericsson. Já Felipe Nasr também não teve um dia muito feliz. Chegou logo atrás de seu companheiro, e era tudo o que dava pra fazer, mas, não pontuou. Para quem largou de 18º, com um C34, não dá para reclamar, né? Foi muito bem na medida do possível e mesmo com o saldo positivo, infelizmente não pôde marcar pontos.

Não foi o melhor dia dos brasileiros na Fórmula 1 2015.

(Foto: EFE)
Outros problemas em carros que provocaram abandonos no final da prova, foram de Carlos Sainz Jr. na Toro Rosso e Will Stevens da Manor.

Lá na frente, vitória quase tranquila para o tetracampeão Sebastian Vettel, dividindo o pódio com os rubro-taurinos de sua antiga equipe. E Jules Bianchi, que também estava com a Ferrari. Os três dedicaram seus resultados ao francês e foram bem contidos nas comemorações no pódio.


Resultados finais do GP da Hungria 2015 de Fórmula 1, via Corrida F1: http://www.corridadeformula1.com/gp/hungria-2015/

(Foto: Getty Images)
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Um abraço!

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