Já sabem como foi tudo, né? Dobradinha da Mercedes no GP do Bahrein, com Lewis Hamilton à frente de Valtteri Bottas, e Charles Leclerc, da Ferrari, completando o pódio e também levando o pontinho extra da melhor volta.
O monegasco
largou da pole position e perdeu 4 posições ainda na primeira volta. Mas não acabou aí. Ele não se desesperou e, fazendo um bom ritmo, foi se recuperando, até retomar a liderança. Dali em diante, foi só abrindo distância até que, a aproximadamente 10 voltas do final, algo da parte elétrica de seu V6 1.6 turbo começou a falhar, causando a perda de uns 150 cv.
Assim, o jovem ferrarista tornou-se uma presa fácil. Ao ultrapassá-lo, o pentacampeão fez um gesto em respeito ao adversário. Para a sorte de Leclerc, poucas voltas depois, as duas Renault apagaram, sem mais nem menos (ambos poderiam terminar nos pontos, coitados), causando a entrada do safety car. O único da prova, que seguiu até o fim desta. Não fosse isso, Max Verstappen, da Aston Martin Red Bull, teria dado o segundo pódio consecutivo para a Honda. Aliás, o holandês também gesticulou em apoio ao colega da mesma idade (21 anos). Foi muito consolado depois pelo grid, mas reagiu de forma muito madura e até otimista. Ocorrido lamentável, mas grande garoto. Merecidamente, eleito o Piloto do Dia.
Sebastian Vettel, que também lamentou pelo companheiro e por si via rádio, fechou o top 5. Quando se defendia de um ataque do rival da Mercedes, o alemão rodou e, pouco depois, sua asa dianteira raspou forte no chão, quebrando. Assim, o tetracampeã teve que fazer mais uma parada e correr atrás do prejuízo.
Levando a McLaren ao 6º lugar, uma espetacular corrida de Lando Norris. Pena que Carlos Sainz Jr. não teve a mesma "sorte", pois vinha tendo uma performance excelente ao longo do fim de semana. Mas errou numa disputa com Verstappen. Toque de corrida. Quebrou a asa dianteira. Conseguiu voltar à prova, mas agora lá atrás, lento, acabou abandonando posteriormente.
Além de Daniel Ricciardo, Nico Hulkenberg e o jovem espanhol, só mais Romain Grosjean abandonou. Mas seu companheiro na Haas, Kevin Magnussen, também não foi bem, caindo para 13º. Ambos tinham ido ao Q3.
Mais uma vez fazendo uma grande corrida com o equipamento que tinha disponível, Kimi Raikkonen terminou em 7º pela Alfa Romeo. O outro rubro-taurino, Pierre Gasly, marcou seus pontinhos em 8º, seguido pelo colega de firma na equipe satélite, Alexander Albon da Toro Rosso e, levando o último ponto, Sergio Pérez, da Racing Point.
Assim, Bottas continua liderando o campeonato por um ponto sobre Hamilton. Em 3º vem Verstappen, depois Leclerc e Vettel, respectivamente. Em 6º, tomando o lugar que naturalmente deveria ser de Gasly, vem Raikkonen. Depois empatados, vêm Norris e Magnussen. Entre as equipes, a ordem é: Mercedes, Ferrari, Red Bull, Alfa Romeo, McLaren, Haas, Renault e Toro Rosso.
Após a corrida, ontem e hoje, o circuito de Sakhir também recebu testes coletivos da Fórmula 1. E uma imagem ficou emblemática,
como eu já havia dito que aconteceria:
Mick Schumacher, filho de Michael, pilotando a Ferrari, equipe pela qual o pai conquistou cinco de seus sete títulos, e assistido pela mãe, Corrina. Malditos ninjas invisíveis cortadores de cebola!
Isso ontem, o que lhe garantiu o 2º melhor tempo, atrás de Verstappen. E aliás, chegou a chover no deserto. Hoje, o alemão correu de Alfa Romeo e terminou em 6º. Muito bom, também.
Hoje o líder foi George Russell, que teve a felicidade de deixar a Williams para o reserva Nicholas Latifiti, para pilotar a Mercedes. E por pouco não foi batido por Pérez.
Uma coisa interessante, é que hoje Vettel, em 3º, andou no carro usado por Leclerc ao longo de todo o final de semana, e saiu do mesmo com um sorrisão no rosto. Descobriu alguma coisa, que disse que será útil para a China, próxima etapa e GP de nº 1000 na história da Fórmula 1. E pelo visto, o alemão pode aprender alguma coisinha (e teve a humildade de reconhecê-lo) com seu jovem companheiro.
Tanto ontem quanto hoje, tivemos também Pietro Fittipaldi pilotando pela Haas. E também, Fernando Alonso matando a saudade da categoria pela McLaren - como aliás, era previsto.
Um abraço!