sexta-feira, 27 de junho de 2014

Fórmula 1 2015 - Consequências da chegada da Honda

Estava conversando com o Lucas "Stunts" e o Washington, ontem, sobre Fórmula 1. Conversa vai, conversa vem, pois com quem entende é sempre bom falar, e o tema se desenvolve bastante, e chegamos aos motores. O que me faz lembrar de um post (recomendo que leiam) muito esclarecedor sobre este assunto, do meu xará Paulo Teixeira, o português enciclopédia de automobilismo do Continental Circus.


Como muitos aqui já devem saber, ano que vem acaba a longa parceria entre a McLaren e a Mercedes-Benz, que já estava meio abalada de uns anos pra cá. Os ingleses voltarão a correr junto aos nipônicos da Honda, parceria que fez sucesso no final dos anos 80 e início dos 90, rendendo bons títulos para a equipe, com Alain Prost e Ayrton Senna.

Até então, vai ficar uma vaga sobrando no fornecimento dos Mercedes-Benz. Mas a Honda não deve se limitar em ser exclusiva de uma equipe, e pode pegar um outro time médio. A resposta, talvez, seja a Force India, pois tem um vínculo técnico com o pessoal de Woking. Mais do que isso, até, pois bateu aquele remorso por dispensaram o Sergio Pérez, e conseguiram enfiar o mexicano lá, onde aliás, ele vem fazendo uma boa temporada.


Com isso, agora temos duas vagas disponíveis no fornecimento dos alemães. A Red Bull está farta dos problemas da Renault, e é uma interessada. Bem forte, diga-se de passagem, pois nada em dinheiro da indústria de bebidas energéticas, e da Nissan-Infiniti (se bem que essa última deve vazar sem ajudar muito, pois são do mesmo grupo da Renault). Mas ainda há Lotus, Caterham, e Sauber, que usa motores Ferrari, assim como a Marussia, mas esta última tem um contrato de maior prazo com Maranello, além de um vínculo mais forte.

Lotus, Carerham e Sauber vem passando por sérios apertos financeiros. Falando agora só das que usam os motores franceses, não é pra menos. O motor, além de fraco em relação aos outros, e bem problemático, apesar da Renault aos poucos vir solucionando tudo aos trancos e barrancos, é muito caro. Cada unidade de força custa 28,5 milhões de dólares. A transmissão é fabricada pela Red Bull, e o lubrificante indicado é o da petroleira francesa Total, aliás, o total dessa brincadeira é 40,5 milhões de dólares. Enquanto por tudo isso incluído, com a Mercedes gasta-se 26 milhões e com a Ferrari 30 milhões.

Irônico, não? O melhor motor + transmissão + óleo lubrificante, é o mais barato, enquanto o pior, o mais caro. Logo, as equipes mais ameaçadas com isso, são a Lotus e a Caterham, que podem sair muito prejudicadas, e já não tem muito dinheiro.

Interessante essas voltas do mundo da F1... Até o ano passado, os motores Renault eram os mais cobiçados, assim como foram ótimos no início dos anos 90. A Cosworth, que ninguém mais queria e deixou a categoria recentemente, também já dominou a categoria em outros tempos.

Vamos ver no que vai dar...


Página do AutoblogPV8 no Facebook: https://www.facebook.com/Autoblogpv8

Um abraço!

Nenhum comentário:

Postar um comentário