domingo, 18 de março de 2012
Vamos falar um pouco de Fórmula Vee
Sei que já escrevi outros posts sobre esta categoria, mas nestes, faltava um pouco de informação. Dados mais específicos, sabe? Por isso, posso dizer que os verdadeiros autores deste post são: Roberdo da Silva Zullino (piloto da F-Vee) e Rodrigo Suardi (piloto de kart).
"12.2 – Motor É obrigatório o uso do motor VW Tipo 1, boxer de quatro cilindros refrigerado a ar, alimentado a álcool, originais do Sedan VW, Brasilia, ou Kombi, nacionais, com cilindrada original de 1.584 cc, de preferência, mas não obrigatórios, os motores fabricados após 1984 de seis aletas e carcaça de prisioneiros finos. Somente serão permitidas peças de fabricação nacional e com medidas e especificações originais de série, sendo proibidas peças importadas ou especiais, como virabrequins, bielas, anéis, pistões, bombas de óleo, bronzinas, mancais, etc. Será permitido o uso de carcaças de fabricação RIMA para exportação, bem como as reforçadas da mesma marca de uso aeronáutico. Comando de Válvulas: somente será permitido o utilizado na Kombi com injeção eletrônica, pistões com sobre medida de até 1,0 mm e folgas internas livres. A taxa de compressão é livre. No virabrequim é permitido tornear um vinco de 3 mm de profundidade por 4 mm de largura, no centro dos três mancais de apoio da bronzina de mancal, a fim de melhorar a lubrificação, se necessário. É obrigatório o uso de separadores no cárter. Será permitido o alívio de até 2 kg do volante do motor. Lubrificação: o radiador de óleo deverá ser alimentado diretamente da carcaça aproveitando-se os orifícios do radiador original. As mangueiras podem ser as menores possíveis em comprimento e os niples e junções da melhor qualidade possível para que se evitem vazamentos. Niples e mangueiras com braçadeiras serão aceitas desde que vistoriadas pela organização. É obrigatório o uso de bujão recuperador de óleo. A bomba de óleo permitida é a original, admitindo-se o modelo de maior volume, desde que de fabricação nacional, podendo-se também modificar a bomba para aumento de pressão e vazão. É permitido o balanceamento estático e dinâmico das peças móveis, sendo que o peso mínimo admitido dos pistões é de 425 gramas. Não será permitido nenhum tipo de retrabalho nos cabeçotes, polimento de coletores e passagens de ar, retrabalho nas sedes de válvulas com retirada ou adição de materiais, sendo proibidos válvulas ou comandos retrabalhados. Recomenda-se que os balanceiros das válvulas devem ser os da Kombi moderna que são mais resistentes. É proibido o uso de balanceiros importados ou com roletes. As molas de válvula devem ser originais da linha VW a ar, sendo proibido o uso de molas duplas, pode-se usar calços para aumentar a tensão das molas originais. O escapamento é livre, podendo ser de saídas 4x1 ou 4x2, desde que seu comprimento máximo de não ultrapasse 30 cm da linha vertical que delimita o chassi na traseira.
12.3 – Carburação Dupla original, marca Solex PDSI, com diâmetro máximo de 32 mm medido na borboleta e de 22 mm no venturi , não sendo permitido nenhum tipo de retrabalho interno. Giclês são livres, desde que nacionais e mantidas as "medalhinhas” 100 ou 125 , sendo também permitida a usinagem da tampa do carburador para eliminação do suporte do filtro. Coletores de admissão, de ferro ou alumínio, são livres desde que nacionais e semelhantes aos originais da linha VW a ar. Não é permitido nenhum tipo de retrabalho ou polimento.
12.4 – Caixa de câmbio, diferencial e embreagem Original VW dos modelos Sedan (Fusca) 1500, 1600, Brasilia e Kombi Diesel, sendo que as engrenagens podem ser intercambiáveis, desde que mantidas as características e as identificações das peças originais." - Rodrigo Suardi (fonte: regulamento da F-Vee).
"Potência medida na roda com venturi de 22 mm nos dois carburadores Solex 32 dentro de regulamento de 2011: 75 HP na roda.
Ainda não medimos a potência com os venturis de 24 mm dentro do regulamento de 2012, acredito que chegue a quase 80 HP na roda.
Tempo de volta em Interlagos: 2:06:640, mais ou menos 125 km/h de média. Velocidade máxima nas freadas do S do Senna e do Lago: 175 km/h.
Como se pode deduzir o Formula Vee faz milagre por virar tão rápido tendo uma velocidade máxima não muito alta. Simples, não há milagre algum, o carro contorna muito bem e se pode frear muito mais dentro da curva. Carros normais freiam nos 100 metros, os Formula Vees freiam 20 metros depois dos 50, ou seja, andam 70 metros a mais em velocidade máxima que os outros, isso em duas curvas de fácil medição, S do Senna e Lago.
A categoria começou virando 2:14 em train normal de corrida, o atual já é inferior a 2:09. O Kit é vendido por R$ 12 mil à vista para último pronto que tem número 038. Os subsequentes estão cortados, mas ainda não soldados e irão ser vendidos em 3 vezes, 4 mil na encomenda, 4 mil depois de 30 dias, 4 mil na entrega (45 dias).
No Kit vem chassis, caixa de direção de alumínio e uma volta, assoalho, parede corta fogo, tanque em alumínio, trambulador, banco de fibra, carenagem completa, apoios de motor e cambio, tensores, pedaleira regulável para 3 cilindros mestres, dois de freio e um de embreagem. Um carro pronto sai por 25 a 30 mil dependendo do custo de montagem.
Cada piloto recebe um bloco de motor na compra do Kit podendo receber mais um para fazer motor de reserva, são cedidos pela RIMA sem ônus. Em caso de quebra recebem outro devolvendo o danificado, nenhum Formula Vee corre com Bloco de Motor retificado.
O custo por corrida depende da estrutura que o piloto queira, alguns não gastam quase nada, apenas os 500 de inscrição e o álcool, pais, irmaos e amigos ajudam, outros gastam R$ 1500 por corrida em média contratando mecânicos para assistência de pista.
A Formula Vee em 2011 fez dois campeonatos, o Paulista em Interlagos e a Copa Mobil em Piracicaba com 3 corridas dando prêmios em dinheiro para os vencedores, R$ 3 mil, R$ 2 mil e R$ 1 mil." - Roberdo da Silva Zullino.
Página da Fórmula Vee no Facebook: http://www.facebook.com/pages/Formula-Vee-Brasil/156404474382108
Um abraço!
@paulovitorpv8
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