Desde 2001 a Ferrari não vencia o GP de Mônaco, e hoje voltou a fazê-lo, ainda por cima em uma dobradinha. Em um resultado meio controverso, mas eu já irei falar sobre, Sebastian Vettel chegou à frente de Kimi Raikkonen.
Ontem
na classificação, o Iceman conquistou a pole position e, na largada, conseguiu manter a liderança, conseguindo até abrir uma certa vantagem. Ocorre que, chegada a hora de fazerem as paradas nos boxes, o tetracampeão acabou conseguindo tomar a posição de seu companheiro.
Pode ter sido estratégia da Ferrari, que tem Vettel liderando o campeonato, fazer essas paradas num momento que isso pudesse acontecer? Sim, pode. Mas também contou um pouco da sorte, porque essa "ultrapassagem" foi bem apertada e, além disso, pit-stops de ambos foram em bons tempos, embora o do alemão tenha sido 0,5 segundo mais rápido, assim como o dito piloto, na pista, fez voltas voadoras nesse período de tempo. Então ele também fez a sua parte e, mais do que isso, depois conseguiu abrir uma larga vantagem sobre o finlandês. Logo, por mais que eu mesmo admito que quiria muito ver o Kimi vencendo, assim acabou sendo melhor.
Vettel estava mais rápido. Conseguiria passar e, logo nas ruas do principado, ficaria muito mais feio se essa posição fosse entregue na pista. Antes do pit-stop, ele já vinha reduzindo bastante a diferença, volta após volta. Mas naturalmente, Raikkonen não ficou satisfeito. Se bem que... a cara dele é amarrada de qualquer jeito mesmo.
Parece que é sempre um porre chegar em 2º lugar em Mônaco. Mas para
quem ficou de saco cheio por isso no ano passado, Daniel Ricciardo pareceu bem feliz completando o pódio. E não é pra menos: conseguiu superar seu companheiro na Red Bull, Max Verstappen, e a Mercedes de Valtteri Bottas. Esses dois completaram o top 5, com a Flecha Prateada à frente do moleque rubro-taurino.
Por mais que tenha "apenas" mantido a posição na qual largou, Carlos Sainz Jr. fez um excelente 6º lugar pela Toro Rosso. Já seu companheiro Daniil Kvyat, que andava mais atrás, abandonou no fim da prova, devido a um toque de Sergio Pérez, da Force India.
Por falar em toque, tivemos um acidente assustador, daqueles de calar todo o circuito. Pra lá da metade da corrida, Jenson Button tentou ultrapassar Pascal Wehrlein por dentro, na curva que antecede a entrada do túnel. E ao tocarem rodas, a Sauber virou, batendo com sua parte de sima no soft wall. Felizmente, tudo bem com o piloto alemão. Quanto ao piloto da McLaren-Honda, também foi obrigado a abandonar na área de escape após o túnel, com a suspensão dianteira esquerda quebrada.
Ah! Vale lembrar que, saindo dos boxes para a volta de apresentação, a McLaren colocou uma ligação de Fernando Alonso, direto de Indianápolis, no rádio de Button. O espanhol disse "boa sorte e cuide bem do meu carro", e o inglês respondeu "eu vou mijar no seu banco", hahaha.
Safety car na pista e grande vantagem construída por Vettel foi zerada. Quando deram a bandeira verde da relargada, na primeira curva, a Sainte-Dévote, o outro carro do time de Woking bateu. Stoffel Vandoorne se deu mal saindo de frente ao tentar dividir a curva com... Pérez, de novo.
Candidato ao título, mas agora bem atrás de Vettel na tabela, Lewis Hamilton foi apenas o 7º colocado, tendo largado em 13º. Felipe Massa, da Williams, conseguiu ganhar não só uma, como duas posições na zona de pontuação, terminando em 9º pela Williams, entre as Haas de Romain Grosjean à frente e Kevin Magnussen atrás, levando o último ponto.
Depois vieram Jolyon Palmer, da Renault e as Force India de Esteban Ocon e Pérez, respectivamente. Salvo engano é a primeira vez que a equipe indiana não marca pontos nesta temporada, o que vinham conseguindo fazer com os dois carros.
Faltou mencionar os abandonos de Nico Hulkenberg, da Renault, e Marcus Ericsson, da Sauber. Ao que parece, ambos com problemas de câmbio e/ou motor. O sueco, aliás, perdeu 3 posições no grid após trocar o câmbio de ontem pra hoje. Ah! E Lance Stroll também, estranhamente recolheu seu carro para a garagem da Williams a umas 4 voltas do fim.
Um abraço!