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The finger is back! |
Que corrida, meus amigos... Que corrida sensacional! A Fórmula 1 precisava de um espetáculo desses.
É, é isso mesmo, pessoal: após um ano sem vitórias na Red Bull, Sebastian Vettel superou as Mercedes, e a Ferrari voltou a ganhar! Inacreditável, não?
"Grazie grazie, ragazzi!" Disse o alemão no rádio.
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(Foto: ESPN F1) |
Bem melhor do que eu esperava, pois por mim algo tinha que sair muito errado na Mercedes e a Scuderia precisaria do fator chuva. Mas nada disso foi necessário. Não é que Vettel cumpriu com a palavra? Pois ontem ele falou que a vitória era possível.
Tivemos novamente o combo hino alemão mais hino italiano, que não acontecia desde... 2008? Sim, lembrem-se que a primeira de Vettel, no GP da Itália, foi pela Toro Rosso, que é italiana. Mas agora com o macacão vermelho, foi impossível não se lembrar de Michael Schumacher.
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(Foto: AFP) |
Resultado da soma do talento inquestionável, com uma estratégia excepcional, mais um SF15T que, apesar de ser um pouco inferior ao W06, tem condições de competir com as Flechas Prateadas, e claro, não deixa de ter um pouco de sorte também para que a combinação de tudo isso desse certo. Porque nem foi preciso que as Mercedes tivessem algum problema.
Por falar nisso, hoje Lewis Hamilton e Nico Rosberg, nesta ordem, tiveram que se contentar em completar o pódio. O outro ferrarista, Kimi Raikkonen, ficou em 4º, o que para quem largou em 11º, também está ótimo.
Na largada Hamilton manteve a ponta, seguido pelo tetracampeão que já segurou Rosberg. Quando começaram a fazer as primeiras paradas para troca de pneus, Sebastian assumiu a liderança. Mas não rumo ao triunfo. Ainda não. Tendo que parar algumas voltas mais tarde, perdeu posições, mas com os pneus médios, mais aderentes (mas que se desgastam mais) do que os duros escolhidos pela dupla da atual equipe campeã, logo tratou de alcança-los.
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(Foto: Getty Images) |
Descontando uns bons segundos de vantagem das Mercedes, Vettel passou Rosberg na volta 22 e Hamilton na volta 24. E seguiu aumentando a distância para os adversários até fazer mais uma parada, voltando na frente do seu conterrâneo, mas atrás do atual bicampeão. Porém logo este teve que parar, quase na volta 40, e aí o piloto da Scuderia assumiu de vez a ponta. A partir daí, garantindo a eficácia da estratégia e sempre com bom ritmo de corrida e pneus iguais ou melhores, o #5 foi para a sua 40ª vitória da carreira na Fórmula 1.
Mais uma, e ele irá se igualar a Ayrton Senna, que com 41 vitórias é o 3º maior vencedor da categoria, atrás de Alain Prost e Schumi.
Quem diria, hein? Para um tetracampeão que passou 2014 com a estrela meio apagada, e para uma Ferrari que se arrastou nesse mesmo período, em 2015, juntos triunfaram logo na segunda prova. A montadora de Maranello firma-se como segunda força do grid, mais do que Red Bull e Williams foram no ano passado.
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(Foto: AP) |
Agora, falemos dos demais competidores...
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(Foto: AP) |
Devo lembrar que o 4º colocado, Raikkonen, logo no começo teve um pneu furado. Não fosse isso, talvez pudesse fazer uma corrida ainda melhor. O furo foi causado por um toque com Felipe Nasr, da Sauber, que também quebrou um pedaço da asa dianteira com o toque. Apesar de o finlandês ter pegado pesado e, por mim, Nasr ter sido o maior responsável, foi um lance normal de corrida. Tanto é que nenhum dois dois foi penalizado por isso.
Kimi deu uma volta inteira de pneu furado, foi lá pra trás, e ainda terminou em 4º. Tudo bem que o safety car ajudou (já vou falar disso), mas mesmo assim: sensacional, Iceman. Sensacional.
Aliás, sobre a Sauber, Nasr terminou apenas em 12º e seu companheiro Marcus Ericsson, ainda no começo da prova, perdeu o controle, rodando, saindo da pista sozinho e atolando na caixa de brita, abandonando assim a corrida e por isso, o safety car foi acionado para a remoção do C34.
Além de Ericsson, também não completaram a prova Will Stevens da Manor que sequer largou (já Roberto Merhi chegou em 15º), as McLaren de Fernando Alonso e Jenson Button que abandonaram (grande surpresa), além de Pastor Maldonado, da Lotus. Isso sem falar em algumas pancadas que, felizmente, não deram em nada pior, como entre Romain Grosjean da Lotus e Sergio Pérez da Force India (o mexicano fez o francês rodar) e também do time indiano, Nico Hulkenberg que atingiu Daniil Kvyat (que saiu do chão, mas conseguiu continuar). A dupla tomou 10 segundos, cada um.
Quanto ao outro Felipe, Massa teve um resultado razoavelmente bom, largando em 7º e chegando em 6º. Falo só do resultado em si, objetivamente. Pois seu desempenho na corrida foi bom, sim. Sempre muito competitivo, após sofrer forte pressão de Valtteri Bottas nas voltas finais, acabou sendo superado pelo seu companheiro na última volta, que tinha pneus mais novos e assim realizou a manobra utilizando bem menos espaço da curva. Bom 5º lugar do finlandês, que havia largado em 8º. Não sou da turma corneteira da "bottada", mas esse rapaz fez uma belíssima ultrapassagem, no braço, em trecho de curvas, mostrando o grande potencial que tem (e ainda vai se desenvolver mais). A Williams tem dois ótimos pilotos, que travaram um belo duelo, garantindo um show ainda maior no final da prova.
Na medida do possível, Massa também teve uma briga boa contra Rosberg, quando este escalava o grid buscando seu companheiro e o líder da prova.
Ah, é! Diga-se de passagem que um erro no último pit-stop da Williams, prejudicou bastante o brasileiro (de novo). Sejamos justos: a equipe também falhou numa primeira parada (aparentemente não programada) de Valtteri Bottas.
É pouco? O FW37 #19 de Felipe Massa ainda teve problemas com perda de potência no motor Mercedes-Benz durante alguns momentos das primeiras voltas.
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(Foto: AP) |
Tivemos ainda um outro bom duelo interno na Red Bull, entre o excelente piloto Daniel Ricciardo, que já nos mostrou do que é capaz no ano passado, e do recém promovido Daniil Kvyat, mostrando que não está onde está a toa. O russo acabou superando o australiano, fechando o top 10 com os dois em 9º e 10º, o que para os rubro-taurinos não é um bom resultado. Ainda mais se levar em consideração que ficaram atrás de sua equipe menor, a Toro Rosso. Ah, sim...
Na divisão italiana das bebidas energéticas, Max Verstappen, aos 17 anos, chegando em 7º lugar e superando o seu companheiro Carlos Sainz Jr. (que chegou em 8º), tornou-se o mais jovem piloto a pontuar na Fórmula 1.
O Verspappinho fez uma corrida brilhante. Brilhante.
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(Foto: Getty Images) |
Resultados do GP da Malásia de Fórmula 1, via Corrida F1: http://www.corridadeformula1.com/gp/malasia-2015/
Fotos demais do vencedor? Desculpa, gente, se alguém aí é hater do Sebastião ou da Scuderia di Maranello. Mas é tão raro não ver as Flechas Prateadas perderem, e há tempos Vettel e Ferrari não tinham uma comemoração dessas, então, acho justo.
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Um abraço!
Paulo Vitor