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(Foto: Getty Images) |
Lewis Hamilton vence o GP de Abu Dhabi pela Mercedes AMG, e agora é o atual bicampeão do Mundial de Fórmula 1! Que corrida, meus amigos! Que corrida de tirar o fôlego!
Nico Rosberg, que também fez uma grande temporada, teve problemas em seu W05 e terminou apenas em 14º, mas foi parabenizar seu companheiro de equipe de forma muito nobre.
Quem completou o pódio foi a dupla de Grove, com Felipe Massa chegando 2,5 segundos atrás do vencedor e Valtteri Bottas em 3º, quase 29 segundos depois, mas fazendo uma ótima corrida de recuperação. Boa, Williams! Aprendeu com os erros de estratégia, finalmente.
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(Foto: Getty Images) |
Na largada, Rosberg não arrancou bem, e Hamilton com muito mais tração disparou na frente, sequer dividindo a primeira curva com o rival. Apesar disso, o alemão manteve-se em segundo. Massa ganhou a posição de seu companheiro, tendo largado em 4º e subindo para 3º, enquanto Bottas largou ainda pior do que o pole position, caindo para o 8º lugar, tendo que dar início a sua corrida de recuperação para que a Williams ocasionalmente não corresse o risco de ser ultrapassada pela Ferrari no Mundial de Construtores, e assim garantir uma boa grana para o ano que vem.
Não demorou muito para os pilotos irem aos boxes para a primeira rodada de troca de pneus. Quem estava na frente tendo largado com os super macios, foi para os macios, que eram os compostos mais duros da corrida. Menos rápidos, mas mais duráveis.
Certo momento, Hamilton começou a abrir uma vantagem muito grande sobre seu rival. Aquilo estava estranho. O que foi? O ERS da Flecha Prateada de Rosberg parou de funcionar, e isso tirava aproximadamente 150 cv de potência da disposição do alemão. Consequentemente, o FW36 #19 que vinha atrás, muito mais rápido, começou a se aproximar cada vez mais do W05 #6, logo ultrapassando-o, dando ao brasileiro um 2º lugar, pelo menos até aquele momento.
Preocupada com o ERS em funcionamento do outro carro, a Mercedes pediu para Hamilton alterar o mapeamento do Mercedes-Benz #44 de forma que diminuísse a potência, mas preservasse o equipamento para que pelo menos concluíssem a prova. Sendo assim, o que não demorou para acontecer? Felipe Massa não só conquistou a liderança, onde permaneceu por muitas voltas, como chegou a abrir 15 segundos de vantagem sobre o inglês.
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(Foto: AP) |
Enquanto isso, Rosberg só ia despencando pelo grid, vendo seu título cada vez mais e mais distante...
Quando faltavam mais ou menos 20 voltas para o fim, Massa e Hamilton começaram a fazer voltas com tempos mais próximos um do outro. E aí foram tentando se impor, com cada um fazendo a volta mais rápida da corrida em cada volta, alternando. Ambos calçavam a borracha macia, mas os Pirelli do inglês eram mais novos, pois ele tinha feito duas paradas, e Massa apenas uma.
A Williams chamou o brasileiro aos boxes quando começaram a perder mais de 1 segundo por volta, o que talvez tenham feito 1 ou 2 voltas tarde demais, apesar de que possivelmente não faria tanta diferença no final. Com 15 voltas pela frente, optaram por mais um jogo de pneus super macios para um stint de voltas de ritmo de classificação.
Massa saiu dos boxes a uns 13 segundos do líder Hamilton, mas a cada volta ia cortando fatias generosas dessa vantagem. Teoricamente, isso não funcionaria por muitas voltas. Mas no início da corrida ele deu 15 voltas com um jogo de pneus desse mesmo tipo, com o ambiente a pista mais quentes e o carro bem mais pesado. Então, quem sabe agora à noite e com o tanque mais vazio, ele não iria voando baixo até o fim? Porém lá pela 10ª volta com esse jogo de pneus, o FW36 #19 começou a virar menos rápido. Ainda mais rápido com o #44, mas agora sem tirar tanta vantagem, e começando a sofrer com o desgaste.
No final das contas, como eu já disse, Hamilton nem precisava mais nem de um 10º lugar, mas acabou vencendo e sendo bicampeão, um pouquinho à frente de Massa. Bottas recuperou as posições que perdeu, e ainda impôs uma diferença de uns 9 segundos sobre... o rubro taurino Daniel Ricciardo! Ainda fez a volta mais rápida da corrida, em 1m,44s,496. O 4º colocado foi aquele que
largou dos boxes junto com seu companheiro, com o terceiro melhor carro do grid.
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("Obrigado, Seb! - Foto: Red Bull) |
Sebastian Vettel também correu bem, terminando em 8º em sua despedida da Red Bull.
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(Foto: Getty Images) |
Entre esses dois últimos que falei, chegaram: Jenson Button, no que talvez tenha sido sua última corrida na Fórmula 1, até fazendo "zerinhos/donuts" na pista, em uma possível despedida; e a dupla da Force India, Nico Hulkenberg e Sergio Pérez, 6º e 7º colocados, respectivamente.
Completando a zona de pontuação e o papelão que fez quase o ano todo, a Ferrari. Falo pela equipe mesmo, e não pelo pilotos, que deram o máximo de si. Fernando Alonso terminou sua última corrida pela Scuderia em 9º, e Kimi Raikkonen em 10º. Ou seja, apenas inverteram as posições nas quais largaram. Afinal, nenhum problema para a Williams. Quem diria, hein, Felipe Massa? Saiu ganhando.
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(Foto: Getty Images) |
Indo além dos pontos, Rosberg que terminou em 14º com um decadente W05 que o deixou na mão, mas insistiu para terminar a corrida mesmo quando a Mercedes o chamou de volta aos boxes para o abandono, já que não adiantava mais nada. Deprimente, mas digno. Chegou atrás de: Kevin Magnussen, da McLaren; Jean-Éric Vergne, da Scuderia Toro Rosso; e Romain Grosjean, da Lotus.
Depois veio a dupla da Sauber, que será totalmente renovada no ano que vem. Esteban Gutiérrez terminou à frente de Adrian Sutil. Infelizmente não pontuaram, fazendo o que provavelmente foi a pior temporada da história da equipe. Não por falta de capacidade dos pilotos, pois por mais que o braço e os pés façam a diferença, carro é o que conta mais. Serão
substituídos por Marcus Ericsson e pelo
brasileiro Luiz Felipe Nasr.
E por último, fazendo sua estreia, o britânico Will Stevens. Tinha o pior carro, né? Caterham. E ao contrário de seu companheiro, pelo menos terminou a prova. Nem chegou a tomar mais de +1 volta, o que até aconteceu mais para o final da corrida. E se mostrou mais rápido do que Ericsson, que rompeu seu vínculo com a equipe antes do final da temporada.
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(Foto: Getty Images) |
No pós corrida, zerinhos do bicampeão Lewis Hamilton, que fez zerinhos e saiu carregando a bandeira do Reino Unido (não é da Inglaterra, Galvão!) dando uma volta pelo circuito, como seu ídolo Ayrton Senna fazia com a bandeira do Brasil. Depois ainda rodou ela ao sair do carro. Nico Rosberg num gesto muito bonito de bom "perdedor", foi até a sala onde ficam os três primeiros colocados para cumprimentar seu amigo desde os tempos do kart.
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(Foto: Twitter) |
Ah! Pouco após cruzar a linha de chegada, via rádio, Lewis recebeu os parabéns do príncipe Harry. E ao descer do carro, beijinho no capacete, da namorada (ou noiva, sei lá) Nicole Scherzinger. Hamilton depende muito do apoio dela que, não duvidem, foi significativo para esta conquista. Em anos anteriores, a partir do momento em que não estavam mais juntos, o inglês perdia a cabeça e junto, o bom desempenho.
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(Foto: Twitter) |
Abandonos, tivemos apenas três, e nada que provocasse a entrada do safety car. Primeiro foi Daniil Kvyat, da Toro Rosso, que inexplicavelmente parou na pista, aparentemente depois de dar uma rodada. Depois Pastor Maldonado, que saiu com o motor de seu Lotus E22 em chamas, e mais tarde Kamui Kobayashi, da Caterham, guardou o carro nos boxes.
Quanto ao caso do Maldonado, a desgraça é tanta, que até a equipe nos boxes, riu pra não chorar.
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(HUE HUE - Foto: Twitter) |
Resultados finais do GP de Abu Dhabi 2014 de Fórmula 1, via Corrida F1: http://www.corridadeformula1.com/gp/abu-dhabi-2014/
Mundial de Pilotos:
http://www.formula1.com/results/driver/
Mundial de Construtores:
http://www.formula1.com/results/team/
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(Foto: AP) |
Curiosidade: não tinha álcool no champanhe do pódio, e a Williams não usou o símbolo e o vermelho da Martini em em suas carros. Isso porquê bebidas alcoólicas são proibidas em países árabes, ou pelo menos na maioria deles.
Agora, para nossa tristeza, Fórmula 1 só no ano que vem, em março, para o GP da Austrália! Com
Vettel na Ferrari,
Alonso na McLaren, um
pirralho (Max Verstappen) de 17 anos na Toro Rosso, o não tão mais velho Kvyat na Red Bull, enfim... O que dizer dessa temporada 2015, que mal conheço mas já considero pakas? Saudades, finado Orkut.
Mas nessa semana mesmo, teremos testes em Abu Dhabi, e ano que vem, tem os testes de pré temporada para já ir dando um gostinho. Em janeiro começam a aparecer os carros novos, e normalmente não posso postar aqui no dia, pois quando acontece estou viajando e... é, enfim, nós vamos sobreviver a esta abstinência de Fórmula 1, galera.
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Um abraço!
Paulo Vitor