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(Foto: Getty Images) |
Dobradinha da Mercedes AMG no GP da Malásia, com a vitória de Lewis Hamilton! Ah, aliás, foi um Grand Chelem no circuito de Sepang! Pole position, mais liderança de ponta a ponta, mais volta mais rápida (com 1m,43s,066) da corrida! O inglês que igualou seu número de vitórias ao de Nelson Piquet, liderou a corrida de ponta a ponta, ficando atrás de Nico Hulkenberg apenas por alguns instantes após sair dos boxes (não perde o Grand Chelem, pois até o final da volta o inglês recuperou a posição), enquanto o piloto da Force India ainda não havia feito seu pit stop. Nico Rosberg conseguiu a 2ª posição logo na largada, e se manteve o tempo atrás de seu companheiro de equipe, mas cada vez com uma distância maior. Por último no pódio, Sebastian Vettel, que brigou um pouco com o outro piloto da Red Bull, Daniel Ricciardo.
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(Foto: Getty Images) |
Esse mesmo Ricciardo não chegou em 4º, pois teve uma sequencia inacreditável de azares em questão de poucas voltas. Vinha travando belos duelos contra Fernando Alonso, da Scuderia Ferrari. Porém no momento de fazer uma parada, houve algum problema e ele passou direto pelos mecânicos da Red Bull. Como é proibido engatar a marcha a ré nos boxes, os mecânicos tiveram que buscar o carro. Parada feita, logo ao sair dos boxes, depois de passar por uma zebra, uma asa dianteira se quebrou, e parece que ele até furou um pneu por isso. Voltou aos boxes, e depois de sair, recebeu uma punição de 10 segundos pelo incidente ocorrido na parada em que se atrapalhou. Resultado: abandono. Já não valia mais a pena correr.
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(Foto: WTF1 - The Alternative F1 Blog) |
Em 4º lugar ficou Fernando Alonso. Uma excelente corrida do espanhol, ultrapassando Nico Hulkenberg nas últimas voltas. E vocês vão desculpar a minha falta de imparcialidade, mais o incrível Hulk como de costume deu outro show com esse 5º lugar, dando muito trabalho (de forma respeitosa) ao piloto da Ferrari. Aliás, a equipe de Maranello ainda não tem um carro para subir ao pódio. Além disso, no início da corrida Kevin Magnussen da McLaren deu um toque no pneu de Kimi Raikkonen, e o piloto da Scuderia teve que parar mais cedo, caindo lá para as últimas posições, conseguindo no final das contas apenas um 12º lugar. Não por falta de competência do finlandês, que fez um bom trabalho. Mas desconfio que algo saiu bem desconfigurado de sua F14-T depois de se arrastar aos boxes com um pneu furado, pois o desempenho do carro estava bem fraco.
Magnussen foi punido com 5 segundos nos boxes, e terminou em 9º. Seu companheiro de equipe, Jenson Button, ficou em 6º, tendo sofrido pressão de Felipe Massa nas últimas voltas, que por sua vez teve seu companheiro na Williams, Valtteri Bottas, na sua cola até os metros finais.
A Williams perdeu tempo demais com a McLaren, não conseguindo mais superá-la ao final da prova, quando deveria ter o FW36 mais veloz. Já sei que vai dar em polêmica o que houve com os rádios da equipe de Grove para seus pilotos, então vou logo explicando a situação.
Massa esteve o tempo todo à frente de Bottas, e no final da corrida, ouviu que o finlandês estava mais rápido. As mesmas palavras que ouviu da Ferrari no GP da Alemanha de 2010: is faster than you. E não foi a primeira vez, pois o mesmo aconteceu na 7ª volta. Aliás, Felipe já tinha reclamado por ter sido tocado pelo companheiro, que por sua vez retrucou alegando que tinha mais ritmo Mas enfim, isso não era exatamente uma ordem para deixar o companheiro ultrapassá-lo. A Fórmula 1 é um campeonato de carros, de equipes, e poucos sabem ou aceitam isso. A Williams pensou no que era melhor para ela naquele momento, pois faltando poucas voltas e com Button logo à frente deles, caso Bottas ultrapassasse, talvez poderia também superar o inglês. Bottas tinha pneus mais novos. Além disso, a equipe também não queria dois carros saindo pra fora da pista depois de uma corrida tão boa. O que era para o Felipe fazer, é o seguinte: caso o Bottas o ameaçasse, o brasileiro não deveria pegar pesado. Mas para isso, primeiro o piloto de trás teria que superar o seu companheiro, e logo ao ouvir isso, Felipe começou a fazer voltas mais rápidas do que as do finlandês, terminando na frente. Uma briga justa, e limpa. Acho que foi bom para o Felipe, ter que ouvir isso, mas não "arregar", se impor e lutar até o fim, superando a ameaça de Valtteri.
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(Foto: Reuters - editada) |
Excelente corrida dos pilotos da Williams. Felipe Massa largou em 13º e terminou em 7º, e Valtteri Bottas largou em 18º e terminou em 8º. Ambos largaram bem, conseguindo boas posições, porém Massa perdeu alguma dessas ao final da volta. A maior adversária da equipe foi a McLaren. Magnussen eles superaram, mas Button, por pouco, não. Eu não diria que faltou competência no final, mas sim que tiveram um início não tão bom quanto poderiam ter. Mas tudo bem.
Fechando a zona de pontuação, o estreante e mais jovem piloto a pontuar, conseguiu mais um pontinho: o russo Daniil Kvyat, da Scuderia Toro Rosso. Fez uma corrida boa. Largou em 11º e terminou em 10º. Considerando a experiência e o carro que tem, foi bem, dando um certo trabalho aos adversários. O outro piloto da equipe italiana de bebidas energéticas, Jean-Éric Vergem foi obrigado a abandonar por falta de potência em seu motor Renault.
Considerando a situação caótica da Lotus, Romain Grosjean fez um bom trabalho ao terminar em 11º, tendo largado em 15º. Seu companheiro de equipe, Pastor Maldonado, não teve a mesma "sorte". O venezuelano foi atingido por uma Marussia, e em pouco tempo abandonou a prova. A Marussia, se me lembro bem, era a de Jules Bianchi. Até porquê ele também abandonou, e os dois abandonos tiveram apenas uma volta de diferença. Maldonado na 7 e Bianchi na 8. O outro piloto da equipe russa, Max Chilton, foi o último a completar a corrida, em 15º, mas nem foi classificado, apesar de que não chegou muito atrás de Marcus Ericsson, da Caterham. Mas nem faz diferença, já que não pontua. Os dois pilotos foram os únicos a tomarem 2 voltas. Em 13º ficou Kamui Kobayashi, que dentro de suas limitações fez uma boa corrida após largar em 20º.
Além dos abandonos já mencionados, também tivemos os de: Sergio Pérez, que largaria dos boxes, mas nem isso pôde fazer, por algum problema no carro; e as Sauber de Adrian Sutil e Estaban Gutiérrez, que deram defeito quase ao mesmo tempo. Uma cena que, seria engraçada se não fosse trágica, foi a de um mecânico da equipe suíça soprando os freios do carro do mexicano, para tentar resfriá-los (risos).
Ah! A tradicional chuva de fim de tarde em Kuala Lumpur? Até ameaçou a aparecer, caindo em pontos específicos do circuito. Mas não foi para frente, e ninguém chegou a colocar pneus intermediários.
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(Foto: AFP) |
Resultados finais do GP da Malásia 2014 de Fórmula 1:
(Posição / Piloto / Número do piloto / País / Equipe / Motor / Tempo-Diferença)
1 - Lewis Hamilton #44 (Inglaterra / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = 56 voltas em 1m,40m,25s,974
2 - Nico Rosberg #6 (Alemanha / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = +17s,313
3 - Sebastian Vettel #1 (Alemanha / Infiniti Red Bull Racing / Renault) = +24s,534
4 - Fernando Alonso #14 (Espanha / Scuderia Ferrari / Ferrari) = +35s,992
5 - Nico Hulkenberg #27 (Alemanha / Sahara Force India / Mercedes-Benz) = +47s,199
6 - Jenson Button #22 (Inglaterra / McLaren / Mercedes-Benz) = +1m,23s,691
7 - Felipe Massa #19 (Brasil / Williams Martini Racing / Mercedes-Benz) = +1m,25s,0768 - Valtteri Bottas #77 (Finlândia / Williams Martini Racing / Mercedes-Benz) = +1m,25s,537
9 - Kevin Magnussen #20 (Dinamarca / McLaren / Mercedes-Benz) = +1 volta
10 - Daniil Kvyat #26 (Rússia / Scuderia Toro Rosso / Renault) = +1 volta
11 - Romain Grosjean #8 (França / Lotus F1 Team / Renault) = +1 volta
12 - Kimi Raikkonen #7 (Finlândia / Scuderia Ferrari / Ferrari) = +1 volta
13 - Kamui Kobayashi #10 (Japão / Caterham F1 Team / Renault) = +1 volta
14 - Marcus Ericsson #9 (Suécia / Caterham F1 Team / Renault) = +2 voltas
15 - Max Chilton #4 (Inglaterra / Marussia F1 Team / Ferrari) = +2 voltas
Mundial de Pilotos:
http://www.formula1.com/results/driver/
Mundial de Construtores:
http://www.formula1.com/results/team/
Próxima etapa, GP do Bahrein, nos dias 4, 5 e 6 de abril!
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Um abraço!
Paulo Vitor