segunda-feira, 31 de março de 2014

Fórmula 1 2014 - GP da Malásia - Rádios da Williams, com Felipe Massa #19 e Valtteri Bottas #77, e o desfecho disso

(Foto: Reuters)

Primeiramente, recomendo a leitura deste meu post de ontem, sobre este mesmo assunto: http://autoblogpv8.blogspot.com.br/2014/03/formula-1-2014-felipe-massa-19-vs.html

A seguir, as conversas de rádio que eu encontrei no Tumblr da Angélica, minha amiga fã do "Mafuá", como ela chama o piloto brasileiro. Foi postado pelo Zsolti, e é do Felipe Massa Fansite:

Volta 5 - Williams para Bottas: precisamos permitir que Felipe ultrapasse Magnussen para termos mais informações.

Volta 5 - Massa para Williams: você viu o que ele (Bottas) fez?! Ele me atingiu!

Volta 5 - Williams para Massa: Entendido. Vamos olhar isso agora.

Volta 6 - Williams para Bottas: Não ataque o Massa. Não seja agressivo com o Massa. Precisamos deixá-lo ultrapassar Magnussen e depois vamos segui-lo.

Volta 6 - Bottas para Williams: Bem, diga a ele para ultrapassá-lo. Eu tenho mais ritmo.

Volta 20 - Williams para Massa: Ok, Felipe. Precisamos começar a cuidar dos pneus nas curvas 2, 3 e 6. Cuide dos pneus traseiros.

Volta 29 - Williams para Massa: Ok, Felipe. Precisamos fazer os pneus traseiros durarem nessas voltas. Precisamos cuidar deles. Volte ao modo padrão (configuração do carro que permitiria fazer o que foi pedido... o que explica porque o FW36 #19 foi o carro que menos consumiu combustível).

Volta 53 - Williams para Massa: Ok, Felipe. Valtteri está mais rápido que você. Não o segure. Valtteri está mais rápido que você. Não o segure.

Volta 53 - Williams para Bottas: Você está mais rápido que o Massa. Ultrapasse-o. Você está mais rápido que o Massa. Ultrapasse-o. Então, se você está mais rápido que o Massa, ultrapasse-o agora!

Volta 53 - Williams para Massa: Ok Felipe, Valtteri está mais rápido que você. Ele tem penus mais novos. Não o segure.

Volta 55 - Williams para Massa: Ok Felipe, o Valtteri tem pneus melhores. Temos que deixá-lo ir.

Volta 55 - Rod Nelson, engenheiro-chefe da Williams, para Massa: Felipe, você está mais lento que o Valtteri. Deixe-o passar. Você está mais lento que o Valteri. Não o segure.

Volta 55 - Massa para Rod Nelson: Estou ficando mais rápido.

Volta 55 - Williams para Bottas: Puxe para a direita nas retas, para resfriar o motor (não ficando no vácuo de Felipe, para receber vento).

Volta 55 - Bottas para Williams: Eu tenho mais ritmo. Não há chance de eu conseguir.

Volta 55 - Williams para Bottas: Entendido. Estamos correndo com ele.

Volta 55 - Williams para Massa: Felipe, precisamos resfriar seu carro. Resfrie a temperatura do seu carro.

Volta 56 - Williams para Massa: Ok, Felipe. Vamos manter a posição. Valtteri não vai atacar você. Valtteri não vai atacar você. Apenas resfrie o carro. Continue resfriando o carro. Nós estamos mantendo as posições. O Valtteri não vai te atacar. Apenas resfrie o carro.

Volta 56 - Bottas para Williams: Eu consigo ultrapassá-lo na próxima volta. Eu posso?

Volta 56 - Williams para Bottas: Nós realmente temos que resfriar o motor. Realmente temos que resfriar o motor. Negativo para a ultrapassagem. Então, termine em 8º. Ótimo trabalho. Nós sabíamos que poderíamos ter mais posições. Vamos ter uma conversa depois.

Volta 56 - Bottas para Williams: Valeu, pessoal. Muito bem. Eu tenho 100% de certeza que eu poderia ultrapassar a McLaren.


Para quem quiser conferir o original em inglês, lá vai: https://www.youtube.com/watch?v=ngWhFrQdIYA


Segundo o mesmo Rod Nelson que aparece na conversa, ontem à noite os pilotos da Williams já resolveram esse pequeno atrito. A intenção inicial da Williams era dar a ambos os pilotos a oportunidade de ultrapassar a McLaren de Jenson Button, e caso o piloto finlandês não conseguisse retornariam às posições anteriores. Mas tiveram que desistir porque a temperatura de ambos os carros eram preocupantes. Justo, não?


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Um abraço!
Paulo Vitor

IndyCar Series 2014 - GP de São Petersburgo - Corrida

(Foto: Getty Images)
Não sei se vou cobrir toda a temporada da IndyCar Series 2014. Até porquê nem falei dos treinos e da classificação anteriormente. Eu gosto muito das corridas (assim como de qualquer corrida), mas não é um campeonato que eu acompanho antentamente. Então não estou fazendo nenhum compromisso aqui. Mas hoje, abertura da temporada, eu assisti essa ótima corrida, e resolvi escrever sobre ela.

Takuma Sato foi o pole position, largando ao lado de Tony Kanaan. Bandeira verde, e o brasileiro perdeu alguma posições, até que depois de algum tempo, ficou atrás de seu companheiro de equipe na Ganassi, Scott Dixon. A largada foi limpa, e a bandeira amarela demorou muito para aparecer.

(Foto: Getty Images)
Will Power largou em 3º, mas perdeu posições caindo para 5º. Com o tempo, superou Kanaan, Dixon, Ryan Hunter-Reay, e Takuma Sato. Enquanto isso, seu companheiro Helio Castroneves, que havia largado em 10º, mas perdeu algumas posições na largada. Porém logo ele se recuperou, e foi escalando o grid até ficar atrás apenas de Power. As voltas foram se passando, e Castroneves foi tirando cada vez mais a diferença entre ele e o outro piloto da Penske.

Depois de mais da metade das 110 voltas, Charlie Kimball não conseguiu frear para entrar numa curva, atingindo a barreira de pneus. Isso não o tirou da prova, mas provocou a primeira bandeira amarela. Sendo assim, as Penske ficaram praticamente juntas. Logo atrás, Hunter-Reay.

Quando era para se dada a relargada, Power não acelerou como deveria, e os carros de trás de embolaram, provocando um acidente entre Carlos Muñoz, Marco Antretti e o nivato Jack Hawksworth. Muñoz seguiu em frente, mas os outros dois foram danificados demais, tendo que abandonar, e provocando outra bandeira amarela.

(Foto: IndyCar)
A 24 voltas do fim, a bandeira verde reapareceu, e Hunter-Reay deu o bote em Helinho, tomando a 2ª posição. Colou em Power, mas o australiano acelerou seu ritmo e venceu. Nesta ordem, estes foram os três primeiro colocados.

Um pouco atrás, Simon Pagenaud superou de forma brilhante a Ganassi de Kanaan, que não estava com um desempenho muito bom (o carro).

Os resultados finais, você pode conferir neste link no site oficial da categoria: http://www.indycar.com/News/2014/03/3-30-Box-Score-StPete


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Um abraço!

Fórmula 1 2014 - O azar sem limites de Daniel Ricciardo #3, da Infiniti Red Bull

(Foto: Getty Images)
Post em defesa do injustiçado australiano!

Depois de ser desclassificado de seu 2º lugar no GP da Austrália, diante de sua torcida, por causa de um erro no fluxo de combustível do RB10, o azar de Daniel Ricciardo ainda não havia chegado ao fim.

Após travar belos duelos coma Ferrari F14-T de Fernando Alonso, o #3 foi aos boxes. Aliás, antes disso ele já havia recebido uma ordem no mínimo... suspeita. Ricciardo começou a corrida disptando sua posição com Vettel, e chegou a andar à frente do companheiro, que posteriormente retomou a posição. Mas o Ricardão não deu sossego ao Sebastião, e a equipe mandou o piloto mais novo deles tirar o pé. A desculpa do chefe Christian Horner, é que Alonso vinha se aproximando rapidamente, e para não correrem o risco de terem os dois carros ultrapassados em um breve intervalo, pediram ao "calouro" para chegar pra trás e segurar o touro espanhol.

Agora sim, voltando aonde eu estava, após as boas disputas com Alonso, Daniel foi fazer a sua parada. Após a arrancar de sua marca nos boxes, supostamente a equipe fez algo de forma insegura, e como é proibido dar ré ali naquela área, os mecânicos tiveram que empurrar o carro de volta, praticamente à toa.

(Foto: WTF1)
Acabou por aí? Não... Infelizmente não. Após voltar à pista, ao tocar em uma zebra, a asa dianteira do RB10 quebrou, e aparentemente um pneu também foi furado por consequência disso.

De volta aos boxes, para trocar asa e pneus. Acabou por aí? De novo, não. Saindo dos boxes, os comissários consideraram a trapalhada da Red Bull na primeira parada, insegura. Lá vai Ricciardo de volta aos boxes de novo, para pagar 10 segundos de punição. Abandonou a corrida, porque já não valia mais a pena, e estava azarado demais.

É pouco? Para os comissários, não. Como se os 10 segundos fossem pouca coisa, puniram a mesma primeira parada, de novo! Daniel Ricciardo irá perder 10 posições no grid para o GP do Bahrein, próxima etapa da Fórmula 1.

Qual a necessidade disso?! O que houve na corrida já não foi azar demais?!


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Um abraço!

Fórmula 1 2014 - GP da Malásia - Felipe Massa #19 vs. Valtteri Bottas #77: problemas na Williams?

(Foto: Reuters - editada)
E aí? Teve ordem de equipe? A Williams ou algum de seus pilotos fez algo errado? Vamos esclarecer os fatos, pelo menos no meu ponto de vista.

Era a 7ª volta, quando Felipe Massa ouviu "is faster than you" pela primeira vez. Mais tarde, Valtteri Bottas ameaçou mais, chegando a tocar o carro do brasileiro, que reclamou, e o finlandês retrucou "tenho mais ritmo". E novamente a Williams repetiu a mensagem. Se a intenção era mandar o Massa desacelerar dar passagem, como foi com Alonso no GP da Alemanha de 2010, não saberemos. Mas eu acredito que não foi bem assim.

Como eu falei no post sobre a corrida, a Fórmula 1 é um campeonato de carros, de equipes, e poucos sabem ou aceitam isso. E a grande adversária da Williams no GP da Malásia foi sem dúvidas a sua conterrânea McLaren. Desde o início da corrida, Massa pressionou o dinamarquês Kevin Magnussen, que acabou sendo superado graças a punição de ficar parado nos boxes que este recebeu. Ao final da prova, o alvo era o campeão Jenson Button, 1 segundo à frente dos carros de Grove.

Valtteri Bottas tinha pneus mais novos, e apresentava melhor ritmo. Poderia alcançar o inglês e ultrapassá-lo. Sendo assim, pelo que eu entendo, o que o Felipe deveria fazer, e parece que foi o que ele ouviu no rádio, é que caso seu companheiro finlandês ameaçasse a sua posição, ele não deveria dificultar a ultrapassagem. O interesse da equipe em conseguir mais pontos é mais importante. É o interesse coletivo. Além disso, ao final de uma boa corrida, a Williams não gostaria de ver seus dois carros indo parar fora da pista após uma disputa interna.

Então, o que o piloto #19 fez? Após ouvir "is faster you" de novo, aumentou o ritmo e mostrou quem era mais rápido. Não foi sujo com o piloto #77, que sequer conseguiu colocar seu FW36 lado a lado com o de seu companheiro, apesar de que mais cedo alegava ter mais ritmo.

Bottas agiu mal? Claro que não. Viu que até então, ele tinha uma chance de alcançar Jenson. Ele como piloto tinha esse direito, e ainda seria bom para a equipe. Mas se ele não conseguiu ultrapassar Felipe, problema dele. Felipe não precisa e nem deve tirar o pé, mas caso seu companheiro iniciasse a manobra, ele agiria corretamente sendo leal, trabalhando em equipe.

Outra coisa, é que essa frase em rádio é algo que assombrava Massa, que agora exorcizou isso. Se lá em 2010 não houve necessidade daquilo no meio do campeonato, agora na segunda corrida é que não havia mesmo. Se o brasileiro foi contratado para cumprir um papel de líder, e ainda está conquistando o seu espaço em Grove, foi até bom ele ter agido assim, para não ficar com aquele maldito rótulo de segundo piloto que persegue brasileiros. E talvez com isso tenha superado de vez o episódio de anos atrás, tanto para ele quanto para os telespectadores.

Há comparações dessa disputa com duas que ocorreram neste mesmo GP da Malásia na temporada passada: Sebastian Vettel contra Mark Webber, e Lewis Hamilton contra Nico Rosberg. Mas são casos bem diferentes. No da Red Bull, a equipe rubro taurina liderava a prova. "Multi 21" era "poupem seus carros, e tragam eles para casa sem fazer bobagem, na ordem em que estão". Estava tudo perfeito, com uma dobradinha. Não havia mais pelo quê brigar. Vettel queria vencer, e sem necessidade, colocou seu interesse à frente, ameaçando a brilhante corrida da equipe Infiniti da indústria de bebidas energéticas. Já na Mercedes AMG, Rosberg tinha mais ritmo e pneus melhores, assim como Bottas, mas a equipe agiu mal em proibi-lo de ultrapassar Hamilton. Mesmo assim eles ainda brigaram um pouco, colocando a corrida em risco.

Hoje, não vi má fé em ninguém. Nem em Felipe Massa, nem em Valtteri Bottas, e nem na Williams Martini Racing. E todos se deram muito bem, no final das contas. Melhor que isso, só se a McLaren, com quem perderam muito tempo, não tivesse escapado deles por pouco.

(Foto: Getty Images)
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Um abraço!
Paulo Vitor

Fórmula 1 2014 - GP da Malásia - Corrida

(Foto: Getty Images)
Dobradinha da Mercedes AMG no GP da Malásia, com a vitória de Lewis Hamilton! Ah, aliás, foi um Grand Chelem no circuito de Sepang! Pole position, mais liderança de ponta a ponta, mais volta mais rápida (com 1m,43s,066) da corrida! O inglês que igualou seu número de vitórias ao de Nelson Piquet, liderou a corrida de ponta a ponta, ficando atrás de Nico Hulkenberg apenas por alguns instantes após sair dos boxes (não perde o Grand Chelem, pois até o final da volta o inglês recuperou a posição), enquanto o piloto da Force India ainda não havia feito seu pit stop. Nico Rosberg conseguiu a 2ª posição logo na largada, e se manteve o tempo atrás de seu companheiro de equipe, mas cada vez com uma distância maior. Por último no pódio, Sebastian Vettel, que brigou um pouco com o outro piloto da Red Bull, Daniel Ricciardo.
(Foto: Getty Images)
Esse mesmo Ricciardo não chegou em 4º, pois teve uma sequencia inacreditável de azares em questão de poucas voltas. Vinha travando belos duelos contra Fernando Alonso, da Scuderia Ferrari. Porém no momento de fazer uma parada, houve algum problema e ele passou direto pelos mecânicos da Red Bull. Como é proibido engatar a marcha a ré nos boxes, os mecânicos tiveram que buscar o carro. Parada feita, logo ao sair dos boxes, depois de passar por uma zebra, uma asa dianteira se quebrou, e parece que ele até furou um pneu por isso. Voltou aos boxes, e depois de sair, recebeu uma punição de 10 segundos pelo incidente ocorrido na parada em que se atrapalhou. Resultado: abandono. Já não valia mais a pena correr.

(Foto: WTF1 - The Alternative F1 Blog)
Em 4º lugar ficou Fernando Alonso. Uma excelente corrida do espanhol, ultrapassando Nico Hulkenberg nas últimas voltas. E vocês vão desculpar a minha falta de imparcialidade, mais o incrível Hulk como de costume deu outro show com esse 5º lugar, dando muito trabalho (de forma respeitosa) ao piloto da Ferrari. Aliás, a equipe de Maranello ainda não tem um carro para subir ao pódio. Além disso, no início da corrida Kevin Magnussen da McLaren deu um toque no pneu de Kimi Raikkonen, e o piloto da Scuderia teve que parar mais cedo, caindo lá para as últimas posições, conseguindo no final das contas apenas um 12º lugar. Não por falta de competência do finlandês, que fez um bom trabalho. Mas desconfio que algo saiu bem desconfigurado de sua F14-T depois de se arrastar aos boxes com um pneu furado, pois o desempenho do carro estava bem fraco.

Magnussen foi punido com 5 segundos nos boxes, e terminou em 9º. Seu companheiro de equipe, Jenson Button, ficou em 6º, tendo sofrido pressão de Felipe Massa nas últimas voltas, que por sua vez teve seu companheiro na Williams, Valtteri Bottas, na sua cola até os metros finais.

A Williams perdeu tempo demais com a McLaren, não conseguindo mais superá-la ao final da prova, quando deveria ter o FW36 mais veloz. Já sei que vai dar em polêmica o que houve com os rádios da equipe de Grove para seus pilotos, então vou logo explicando a situação.

Massa esteve o tempo todo à frente de Bottas, e no final da corrida, ouviu que o finlandês estava mais rápido. As mesmas palavras que ouviu da Ferrari no GP da Alemanha de 2010: is faster than you. E não foi a primeira vez, pois o mesmo aconteceu na 7ª volta. Aliás, Felipe já tinha reclamado por ter sido tocado pelo companheiro, que por sua vez retrucou alegando que tinha mais ritmo Mas enfim, isso não era exatamente uma ordem para deixar o companheiro ultrapassá-lo. A Fórmula 1 é um campeonato de carros, de equipes, e poucos sabem ou aceitam isso. A Williams pensou no que era melhor para ela naquele momento, pois faltando poucas voltas e com Button logo à frente deles, caso Bottas ultrapassasse, talvez poderia também superar o inglês. Bottas tinha pneus mais novos. Além disso, a equipe também não queria dois carros saindo pra fora da pista depois de uma corrida tão boa. O que era para o Felipe fazer, é o seguinte: caso o Bottas o ameaçasse, o brasileiro não deveria pegar pesado. Mas para isso, primeiro o piloto de trás teria que superar o seu companheiro, e logo ao ouvir isso, Felipe começou a fazer voltas mais rápidas do que as do finlandês, terminando na frente. Uma briga justa, e limpa. Acho que foi bom para o Felipe, ter que ouvir isso, mas não "arregar", se impor e lutar até o fim, superando a ameaça de Valtteri.

(Foto: Reuters - editada)
Excelente corrida dos pilotos da Williams. Felipe Massa largou em 13º e terminou em 7º, e Valtteri Bottas largou em 18º e terminou em 8º. Ambos largaram bem, conseguindo boas posições, porém Massa perdeu alguma dessas ao final da volta. A maior adversária da equipe foi a McLaren. Magnussen eles superaram, mas Button, por pouco, não. Eu não diria que faltou competência no final, mas sim que tiveram um início não tão bom quanto poderiam ter. Mas tudo bem.

Fechando a zona de pontuação, o estreante e mais jovem piloto a pontuar, conseguiu mais um pontinho: o russo Daniil Kvyat, da Scuderia Toro Rosso. Fez uma corrida boa. Largou em 11º e terminou em 10º. Considerando a experiência e o carro que tem, foi bem, dando um certo trabalho aos adversários. O outro piloto da equipe italiana de bebidas energéticas, Jean-Éric Vergem foi obrigado a abandonar por falta de potência em seu motor Renault.

Considerando a situação caótica da Lotus, Romain Grosjean fez um bom trabalho ao terminar em 11º, tendo largado em 15º. Seu companheiro de equipe, Pastor Maldonado, não teve a mesma "sorte". O venezuelano foi atingido por uma Marussia, e em pouco tempo abandonou a prova. A Marussia, se me lembro bem, era a de Jules Bianchi. Até porquê ele também abandonou, e os dois abandonos tiveram apenas uma volta de diferença. Maldonado na 7 e Bianchi na 8. O outro piloto da equipe russa, Max Chilton, foi o último a completar a corrida, em 15º, mas nem foi classificado, apesar de que não chegou muito atrás de Marcus Ericsson, da Caterham. Mas nem faz diferença, já que não pontua. Os dois pilotos foram os únicos a tomarem 2 voltas. Em 13º ficou Kamui Kobayashi, que dentro de suas limitações fez uma boa corrida após largar em 20º.

Além dos abandonos já mencionados, também tivemos os de: Sergio Pérez, que largaria dos boxes, mas nem isso pôde fazer, por algum problema no carro; e as Sauber de Adrian Sutil e Estaban Gutiérrez, que deram defeito quase ao mesmo tempo. Uma cena que, seria engraçada se não fosse trágica, foi a de um mecânico da equipe suíça soprando os freios do carro do mexicano, para tentar resfriá-los (risos).

Ah! A tradicional chuva de fim de tarde em Kuala Lumpur? Até ameaçou a aparecer, caindo em pontos específicos do circuito. Mas não foi para frente, e ninguém chegou a colocar pneus intermediários. 

(Foto: AFP)
Resultados finais do GP da Malásia 2014 de Fórmula 1:

(Posição / Piloto / Número do piloto / País / Equipe / Motor / Tempo-Diferença)

1 - Lewis Hamilton #44 (Inglaterra / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = 56 voltas em 1m,40m,25s,974
2 - Nico Rosberg #6 (Alemanha / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = +17s,313
3 - Sebastian Vettel #1 (Alemanha / Infiniti Red Bull Racing / Renault) = +24s,534
4 - Fernando Alonso #14 (Espanha / Scuderia Ferrari / Ferrari) = +35s,992
5 - Nico Hulkenberg #27 (Alemanha / Sahara Force India / Mercedes-Benz) = +47s,199
6 - Jenson Button #22 (Inglaterra / McLaren / Mercedes-Benz) = +1m,23s,691
7 - Felipe Massa #19 (Brasil / Williams Martini Racing / Mercedes-Benz) = +1m,25s,076
8 - Valtteri Bottas #77 (Finlândia / Williams Martini Racing / Mercedes-Benz) = +1m,25s,537
9 - Kevin Magnussen #20 (Dinamarca / McLaren / Mercedes-Benz) = +1 volta
10 - Daniil Kvyat #26 (Rússia / Scuderia Toro Rosso / Renault) = +1 volta
11 - Romain Grosjean #8 (França / Lotus F1 Team / Renault) = +1 volta
12 - Kimi Raikkonen #7 (Finlândia / Scuderia Ferrari / Ferrari) = +1 volta
13 - Kamui Kobayashi #10 (Japão / Caterham F1 Team / Renault) = +1 volta
14 - Marcus Ericsson #9 (Suécia / Caterham F1 Team / Renault) = +2 voltas
15 - Max Chilton #4 (Inglaterra / Marussia F1 Team / Ferrari) = +2 voltas

Mundial de Pilotos: http://www.formula1.com/results/driver/
Mundial de Construtores: http://www.formula1.com/results/team/


Próxima etapa, GP do Bahrein, nos dias 4, 5 e 6 de abril!

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Um abraço!
Paulo Vitor

O que é o câmbio CVT?


Ei, talvez você aí do outro lado esteja na mesma situação que eu. Quase 4h da manhã de um domingo, com um assunto em mente enquanto espera o GP da Malásia de Fórmula 1 começar daqui a pouco.

Bem, eu estava na casa da minha tia mais cedo, e quando começamos a falar de carros, tentei explicar como é o funcionamento do câmbio CVT, pois uma das pessoas que estava lá possui um Nissan Sentra com esse tipo de transmissão. Só que é meio complicado para alguém explicar isso só com as palavras e as mãos. Ainda mais quando essa pessoa (eu) está muito mais para humanas do que para exatas. Acabei ficando com isso na cabeça, então vamos lá...

Apesar de ser pouco conhecido, o projeto dele aplicado à indústria automobilística já tem mais de século, e apareceu pela primeira vez no final da década de 50. Mas a origem do conceito é ainda mais distante. Adivinhem através de quem... Sim, ele de novo. O pintor, escultor, anatomista, matemático, engenheiro, botânico, poeta, músico, arquiteto... enfim: Leonardo da Vinci. O italiano da época da Renascença.

Mas o CVT só foi ficar mais popular no Brasil de 2000 pra cá. A sigla significa "continuously variable transmission", que em português deve ser algo como "transmissão de variação contínua" ou coisa parecida. Sendo ou não exatamente isso, a forma como eu chamei já faz sentido, dizendo exatamente o que ele é. E vocês já vão entender o motivo disso.




De uma forma mais simples, funciona como isso aí em cima. Dois cones. É, o CVT não tem marchas como nos outros câmbios, com engrenagens de medidas fixas. Hoje nos carros, é um pouco diferente disso aí, mas já dá pra ilustrar bem o funcionamento. Uma correia envolve as peças, que vão se ajustando na medida em que o motorista precisa de mais aceleração e velocidade. Como a correia vai deslizando por cada milímetro suavemente, são incontáveis combinações, feitas de forma bem suave sem que se sinta aquele "tranco" dos câmbios mais comuns, até nos automáticos.




A comparação de desempenho entre o automático (vermelho) contra o CVT (azul), está no gráfico acima. Enquanto a cada mudança de marcha, a rotação do automático cai um pouco para subir mais novamente, o CVT vai progredindo a sua aceleração ininterruptamente, pois ele não é de marchas.

Não consegue imaginar isso na prática? Então veja esse Renault Fluence acelerando:




Incrível, não? É como se tivesse apenas uma marcha, que vai se ajustando de acordo com o que se exige dela. As RPM se estabilizam em determinadas rotações, deixando o câmbio variar a sua medida, enquanto a velocidade continua aumentando. Isso proporciona o melhor do desempenho que o carro tem a oferecer, e da economia de combustível em relação aos outros câmbios.

Uma curiosidade, é que pelo menos teoricamente (eu não sei de ninguém que tenha tentado), o CVT pode fazer a mesma coisa andando para trás, como eu expliquei no post Tipos de Câmbio (no qual eu explico os cinco tipos de uma forma mais resumida, mas até satisfatória) de setembro do ano passado:

"Não há marchas nesse câmbio. Nem mesmo a marcha ré. É, é isso mesmo. Não estou ficando louco (não mais do que já sou - risos). Como assim? Calma, eu já explico. Tentando fazer isso de forma mais simples (até porquê esse sistema é mais simples), digo que há duas peças com o formato de cone, que substituem as marchas. Unindo esses dois cones, há uma espécie de correia. Conforme o giro do motor sobe, esses cones vão ajustando a correia nas partes mais largas deles. Por isso o CVT é chamado de 'câmbio de variação contínua'. Ele se ajusta de acordo com a necessidade do carro ou como o motorista está dirigindo. Para a ré, os cones giram ao contrário, ou seja: teoricamente, de ré ele pode atingir a mesma velocidade máxima que atinge andando pra frente."

E como ele é tão, digamos, maleável, há alguns carros com câmbio CVT que tem um modo "manual". Oi? No caso, o CVT simula marchas. Tantas marchas, em tais medidas, com relações fixas de mentirinha entre uma e outra etc..

Como é exatamente o funcionamento desse câmbio, na prática e de forma mais detalhada, pode ser visto neste vídeo:


Está em inglês, mas só de ver a movimentação das peças, já dá para entender. Acho que já está bom, né?


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Um abraço!
Paulo Vitor

sábado, 29 de março de 2014

Fórmula 1 2014 - GP da Malásia - Classificação

(Foto: Getty Images)
Esse negócio de trocar a noite pelo dia por Fórmula 1 é complicado, viu? Vejam a hora que este post está indo ao ar (risos). Me desculpem. Mas vocês entendem, não é? Bem, vamos lá...

Com sua pole position de número 33, Lewis Hamilton se iguala a Jim Clark e Alain Prost neste quesito. Agora fica atrás apenas de Michael Schumacher, Ayrton Senna e Sebastian Vettel.

A classificação, assim como no GP da Austrália, foi bem, digamos, lotérica. Talvez até mais, porque caiu um dilúvio em Sepang, adiando o início das atividades em quase uma hora. Felizmente, por isso ser comum por lá, o pessoal de Kuala Lumpur é bem preparado para essas situações, e sendo assim, a drenagem d'água da pista é exemplar.

Durante o Q1 foi possível correr durante a maior parte do tempo com pneus intermediários. Foram eliminados: Pastor Maldonado, Adrian Sutil, Jules Bianchi, Kamui Kobayashi, Max Chilton e Marcus Ericsson. Este último que nos últimos minutos, rodou e bateu feio, espalhando pedaços do carro por todo o asfalto e provocando uma bandeira vermelha. À eles mais tarde se juntou Valtteri Bottas, que por um incidente com Daniel Ricciardo no Q2, foi punido com a perda de 3 posições. O que eu achei bem injusto, para falar a verdade.

A chuva piorou no Q2, e visibilidade ficou tão ruim, que Fernando Alonso nem viu que estava passando ao lado de Daniil Kvyat, atingindo o carro do estreante. Resultado: suspensão da F14-T quebrada. Mas nada que um Durepoxi com fita crepe não resolvam, certo? (Risos). Brincadeiras à parte, os mecânicos da Ferrari fizeram um belo trabalho consertando o carro tão rápido, que Alonso conseguiu se classificar bem no Q3. É, no Q3 mesmo. Foram tão eficientes (tudo bem que outra bandeira vermelha, se não me engano, ajudou um pouco) que conseguiram mandar o espanhol de volta à pista para passar por essa etapa e se classificar para a próxima. Quem deixou para fazer volta rápida no final, se lascou, pois a chuva aumentou. E estes infelizes foram: Daniil Kvyat, Esteban Gutiérrez, Felipe Massa, Sergio Pérez, Valtteri Bottas e Romain Grosjean.

No Q3, pole de Hamilton, como já falei. Mas por muito pouco, hein? Por apenas 0,055s, ele não foi superado por... Sebastian Vettel! Atrás do alemão veio a outra flecha prateada, de Nico Rosberg. Depois do piloto da Mercedes AMG, com toda a gambiarra italiana em um carro pouco dirigível em razão disto... Fernando Alonso! O espanhol mereceu palmas por essa, assim como seus mecânicos, é claro. O restante foi bem na sorte mesmo, com cada vez diferenças maiores de tempo.


Resultados da Classificação para o GP da Malásia 2014 de Fórmula 1:

(Posição / Piloto / Número do piloto / País / Equipe / Motor / Tempo)

Q3:

1 - Lewis Hamilton #44 (Inglaterra / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = 1m,59s,431
2 - Sebastian Vettel #1 (Alemanha / Infiniti Red Bull Racing / Renault) = 1m,59s,486
3 - Nico Rosberg #6 (Alemanha / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = 2m,00s,050
4 - Fernando Alonso #14 (Espanha / Scuderia Ferrari / Ferrari) = 2m,00s,175
5 - Daniel Ricciardo #3 (Austrália / Infiniti Red Bull Racing / Renault) = 2m,00s,541
6 - Kimi Raikkonen #7 (Finlândia / Scuderia Ferrari / Ferrari) = 2m,01s,218
7 - Nico Hulkenberg #27 (Alemanha / Sahara Force India / Mercedes-Benz) = 2m,01s,712
8 - Kevin Magnussen #20 (Dinamarca / McLaren / Mercedes-Benz) = 2m,02s,213
9 - Jean-Éric Vergne #25 (França / Scuderia Toro Rosso / Renault) = 2m,03s,078 
10 - Jenson Button #22 (Inglaterra / McLaren / Mercedes-Benz) = 2m,04s,053

Q2:

11 - Daniil Kvyat #26 (Rússia / Scuderia Toro Rosso / Renault) = 2m,02s,351
12 - Esteban Gutiérrez #21 (México / Sauber F1 Team / Ferrari) = 2m,02s,369
13 - Felipe Massa #19 (Brasil / Williams Martini Racing / Mercedes-Benz) = 2m,02s,460
14 - Sergio Pérez #11 (México / Sahara Force India / Mercedes-Benz) = 2m,02s,511
15 - Romain Grosjean #8 (França / Lotus F1 Team / Renault) = 2m,02s,88

Q1:

16 - Pastor Maldonado #13 (Venezuela / Lotus F1 Team / Renault) = 2m,02s,074
17 - Adrian Sutil #99 (Alemanha / Sauber F1 Team / Ferrari) = 2m,02s,131
18 - Valtteri Bottas #77 (Finlândia / Williams Martini Racing / Mercedes-Benz)* = 2m,02s,756 (perdeu 3 posições por incidente com Ricciardo)
19 - Jules Bianchi #17 (França / Marussia F1 Team / Ferrari) = 2m,02s,702
20 - Kamui Kobayashi #10 (Japão / Caterham F1 Team / Renault) = 2m,03s,595
21 - Max Chilton #4 (Inglaterra / Marussia F1 Team / Ferrari) = 2m,04s,388
22 - Marcus Ericsson #9 (Suécia / Caterham F1 Team / Renault) = 2m,04s,40


A largada será amanhã, as 5h da manhã (horário de Brasília)!


Um abraço!
Paulo Vitor

Fórmula 1 2014 - GP da Malásia - 3º Treino Livre

(Foto: Reuters)
Se os acertos das equipes rivais não evoluírem muito mais, Nico Rosberg já fez as esperanças destas virarem migalhas nesta última sessão de treinos. Seu companheiro na Mercedes AMG já ficou a mais 0,200s atrás, e depois das flechas prateadas, o intervalo é de mais de 1 segundo. Por incrível que pareça, tudo indica que só a Ferrari tem carro para desafiar a equipe alemã, principalmente com Kimi Raikkonen. Isso a não ser que todas as equipes estejam escondendo o jogo ou não tenham chegado em um acerto definitivo, e assim os tempos não despenquem ainda mais.

Além de Raikkonen, Sebastian Vettel e Nico Hulkenberg vem conseguindo mais no braço do que no carro, um desempenho incrível. A Williams vai bem, e a Lotus melhorou um pouco em comparação ao caos de ontem.

Curioso notar o desempenho da McLaren. Depois de um final de semana brilhante na Austrália, há duas semanas, os carros da escuderia de Woking vem tendo problemas, ficando muito atrás dos outros em Sepang. Aparentemente serão os últimos do Q3, se conseguirem passar no Q2.

Bem, a classificação já é daqui a pouco, e eu creio que esta postagem não servirá para muita coisa por muito tempo, então aí vão os resultados pelo Corrida F1: http://www.corridadeformula1.com/gp/malasia-2014/#tl3


Um abraço!

sexta-feira, 28 de março de 2014

Fórmula 1 2014 - GP da Malásia - 2º Treino Livre

(Foto: Getty Images)
Ilusão ou não, surgiu um equilíbrio entre pilotos, carros e estes com seus motores, na segunda sessão de treinos dessa sexta-feira. Menos de 0,8s entre os dez primeiros, sendo que só ficaram na casa de 1m,39s os três primeiros colocados. Para completar, cada um com um motor diferente. Mercedes-Benz, Ferrari e Renault, respectivamente.

(Foto: Getty Images)
Quem liderou foi o alemão Nico Rosberg, da Mercedes AMG. Surpreendentemente ele foi seguido bem de perto por Kimi Raikkonen, da Scuderia, e acreditem, Sebastian Vettel, da Red Bull. Claro que também temos que levar em consideração o enorme talento desses pilotos.

(Foto: Getty Images)
A Mercedes AMG tem um motorzão que provavelmente gera mais potência do que eles declaram, e há rumores disso vindo das outras equipes que o usam. A Ferrari tem como ponto forte do F14-T a velocidade final, e esse circuito tem duas retas muito longas e curvas de alta velocidade. E a Red Bull conta com o gênio da aerodinâmica Adrian Newey.

A grande dificuldade dos pilotos no autódromo de Sepang, vem sendo a pouca aderência da pista. Isso devido à redução da pressão aerodinâmica nesta temporada. Com o torque elevado dos novos motores V6 turbo, e com os carros não tendo controle de tração, estamos tendo um festival de escapadas de traseira nas retomadas de aceleração em saídas de curvas.

Considerações à se fazer sobre a McLaren: 1 - A parceria coma Mobil 1 foi só para o GP da Austrália mesmo; 2 - Não sei se puderam notar, mas houve uma diferença bem visível nos bicos de seus carros, e a equipe confirmou isso via Twitter: https://twitter.com/McLarenF1/status/449443296167743488

Os melhores tempos de volta foram feitos mais no começo da sessão, pois durante a maior parte do tempo desta, as equipes ficaram simulando diferentes situações de corrida.


Resultados do 2º Treino Livre para o GP da Malásua 2014 de Fórmula 1:

(Posição / Piloto / Número de piloto /  País / Equipe / Motor / Tempo-Diferença / Número de voltas)

1 - Nico Rosberg #6 (Alemanha / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = 1m,39s,909 (30 voltas)
2 - Kimi Raikkonen #7 (Finlândia / Scuderia Ferrari / Ferrari) = 1m,39s,944  +0s,035  (30)
3 - Sebastian Vettel #1 (Alemanha / Infiniti Red Bull Racing / Renault) = 1m,39s,970  +0s,061  (30)
4 - Lewis Hamilton #44 (Inglaterra / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = 1m,40s,051  +0s,142  (32)
5 - Fernando Alonso #14 (Espanha / Scuderia Ferrari / Ferrari) = 1m,40s,103  +0s,194  (29)
6 - Felipe Massa #19 (Brasil / Williams Martini Racing / Mercedes-Benz) = 1m,40s,112  +0s,203  (34)
7 - Daniel Ricciardo #3 (Austrália / Infiniti Red Bull Racing / Renault) = 1m,40s,276  +0s,367  (29)
8 - Jenson Button #22 (Inglaterra / McLaren / Mercedes-Benz) = 1m,40s,628  +0s,719  (28)
9 - Valtteri Bottas #77 (Finlândia / Williams Martini Racing / Mercedes-Benz) = 1m,40s,638  +0s,729  (35)
10 - Nico Hulkenberg #27 (Alemanha / Sahara Force India / Mercedes-Benz) = 1m,40s,691  +0s,782  (34)
11 - Jean-Éric Vergne #25 (França / Scuderia Toro Rosso / Renault) = 1m,40s,777  +0s,868  (33)
12 - Kevin Magnussen #20 (Dinamarca / McLaren / Mercedes-Benz) = 1m,41s,014  +1s,105  (20)
13 - Adrian Sutil #99 (Alemanha / Sauber F1 Team / Ferrari) = 1m,41s,257  +1s,348  (28)
14 - Daniil Kvyat #26 (Rússia / Scuderia Toro Rosso / Renault) = 1m,41s,325  +1s,416  (32)
15 - Esteban Gutiérrez #21 (México / Sauber F1 Team / Ferrari) = 1m,41s,407  +1s,498  (34)
16 - Sergio Pérez #11 (México / Sahara Force India / Mercedes-Benz) = 1m,41s,671  +1s,762  (25)
17 - Romain Grosjean #8 (França / Lotus F1 Team / Renault) = 1m,42s,531  +2s,622  (14)
18 - Max Chilton #4 (Inglaterra / Marussia F1 Team / Ferrari) = 1m,43s,638  +3s,729  (20)
19 - Jules Bianchi #17 (França / Marussia F1 Team / Ferrari) = 1m,43s,752  +3s,843  (29)
20 - Marcus Ericsson #9 (Suécia / Caterham F1 Team / Renault) = 1m,45s,703  +5s,794  (31)
21 - Kamui Kobayashi #10 (Japão / Caterham F1 Team / Renault) = não marcou tempo de volta rápida (0)
22 - Pastor Maldonado #13 (Venezuela / Lotus F1 Team / Renault) = não marcou tempo de volta rápida (0)


Um abraço!
Paulo Vitor

quinta-feira, 27 de março de 2014

Fórmula 1 2014 - GP da Malásia - 1º Treino Livre

(Foto: Getty Images)
Lewis Hamilton liderou a primeira sessão de treinos livres no autódromo de Sepang, mas sem grande folga, Surpreendentemente, quem andou mais próximo ao inglês não foi seu companheiro na Mercedes AMG, Nico Rosberg, que ficou em 3º. Entre as flechas prateadas, o intrometido foi Kimi Raikkonen da Ferrari, bem à frente se seu companheiro, Fernando Alonso, que ficou em 11º.

Faltando 10 minutos para o fim da sessão, aparentemente Hamilton já estava satisfeito com o acerto provisório, que claro, ainda deve evoluir mais. Até deverá evoluir, pois avançando os trabalhos e já fazendo simulações de voltas com o tanque cheio, o W05 escapou da pista de frente.

Depois desses três primeiros, vinham mais motores alemães, mas com uma equipe inglesa. A McLaren ocupou as posições de número 4 e 5, respectivamente com Jenson Button e Kevin Magnussen. A Renault, que vinha prometendo alcançar a Mercedes-Benz, teve seu melhor resultado com a Toro Rosso de Jean-Éric Vergne, em 6º.

Os problemas dos franceses lamentavelmente não acabam por aí, e ainda por cima no pior dos casos com um piloto de seu país. Romain Grosjean quase perdeu um motor "fumante" de sua Lotus, e nem conseguiu dar volta rápida, assim como Pastor Maldonado. Além dos dois pilotos da equipe rubro dourada, apenas Sergio Pérez não marcou tempo de volta rápida, mas este estava com seu carro todo desmontado durante a maior parte da sessão. Em compensação para a Force India, Nico Hulkenberg conseguiu uma 8ª posição, como sempre tirando leite de pedra.

Para completar os 10 primeiros, vieram Felipe Massa em 9º e Valtteri Bottas em 10º. Apesar de serem os que mais deram voltas, aparentemente a dupla da Williams ainda está nos primeiros passos do acerto, pois sabemos que podem ser mais rápidos do que isso. Mas tudo bem, ainda há tempo para isso.

Não, eu não me esqueci da 8ª posição, nem da Red Bull. Este foi o lugar ocupado por Sebastian Vettel, enquanto Daniel Ricciardo foi o 12º. O carro não é mal nascido, apesar de que parecia ser na pré temporada. Se a equipe austríaca não pisar na bola sobre o fluxo de combustível como fizeram na Austrália, acredito que sejam competitivos.


Resultados do 1º Treino Livre para o GP da Malásia 2014 de Fórmula 1:

(Posição / Piloto / País / Equipe / Motor / Tempo-Diferença / Número de voltas)

1 - Lewis Hamilton (Inglaterra / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = 1m,40s,691  (19 voltas)
2 - Kimi Raikkonen (Finlândia / Scuderia Ferrari / Ferrari) = 1m,40s,843  +0s,152  (20)
3 - Nico Rosberg (Alemanha / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = 1m,41s,028  +0s,337  (19)
4 - Jenson Button (Inglaterra / McLaren / Mercedes-Benz) = 1m,41s,111  +0s,420  (20)
5 - Kevin Magnussen (Dinamarca / McLaren / Mercedes-Benz) = 1m,41s,274  +0s,583  (18)
6 - Jean-Éric Vergne (França / Scuderia Toro Rosso / Renault) = 1m,41s,402  +0s,711  (15)
7 - Sebastian Vettel (Alemanha / Infiniti Red Bull Racing / Renault) = 1m,41s,523  +0s,832  (9)
8 - Nico Hulkenberg (Alemanha / Sahara Force India / Mercedes-Benz) = 1m,41s,642 +0s,951  (19)
9 - Felipe Massa (Brasil / Williams Martini Racing / Mercedes-Benz) = 1m,41s,686  +0s,995  (23)
10 - Valtteri Bottas (Finlândia / Williams Martini Racing / Mercedes-Benz) = 1m,41s,830  +1s,139  (22)
11 - Fernando Alonso (Espanha / Scuderia Ferrari / Ferrari) = 1m,41s,923  +1s,232 (14)
12 - Daniel Ricciardo (Austrália / Infiniti Red Bull Racing / Renault) = 1m,42s,117  +1s,426  (20)
13 - Adrian Sutil (Alemanha / Sauber F1 Team / Ferrari) = 1m,42s,365  +1s,674  (21)
14 - Daniil Kvyat (Rússia / Scuderia Toro Rosso / Renault) = 1m,42s,869  +2s,178  (21)
15 - Esteban Gutiérrez (México / Sauber F1 Team / Ferrari) = 1m,42s,904  +2s,213 (23)
16 - Jules Bianchi (França / Marussia F1 Team / Ferrari) = 1m,43s,825  +3s,134  (18)
17 - Marcus Ericsson (Suécia / Caterham F1 Team / Renault) = 1m,45s,775  +5s,084  (24)
18 - Max Chilton (Inglaterra / Marussia F1 Team / Ferrari) = 1m,46s,911  +6s,220  (10)
19 - Kamui Kobayashi (Japão / Caterham F1 Team / Renault) = 1m,51s,180  +10s,489 (5)
20 - Sergio Pérez (México / Sahara Force India / Mercedes-Benz) = não marcou tempo de volta rápida (2)
21 - Pastor Maldonado (Venezuela / Lotus F1 Team / Renault) = não marcou tempo de volta rápida (2)
22 - Romain Grosjean (França / Lotus F1 Team / Renault) =  não marcou tempo de volta rápida (4)


Um abraço!
Paulo Vitor

terça-feira, 25 de março de 2014

Fórmula 1 2014 - GP da Malásia - Informações


Neste final de semana teremos Fórmula 1, mas novamente as atividades em pista já começarão na quinta-feira (lá, já será sexta), com a primeira sessão de treinos livres no circuito de Sepang, em Kuala Lumpur, para o Grande Prêmio da Malásia.


Programação (horário de Brasília):

Quinta-feira: 1º Treino Livre às 23h.
Sexta-feira: 2º Treino Livre às 3h.
Sábado: 3º Treino Livre às 2h, e Classificação às 5h.
Domingo: Corrida às 5h.

Mapa do circuito:


Um abraço!
Paulo Vitor

sábado, 22 de março de 2014

Fórmula 1 - Entrevista de Nelson Piquet no Programa do Jô

(Foto: Globo)
Na última edição do Programa do Jô, o entrevistador recebeu o tricampeão de Fórmula 1 Nelson Piquet. Como sempre, nosso rei dos trolls atacou novamente, sacaneando o americano que foi entrevistado antes dele. E eu ri muito. Pena que não vai dar pra ver aqui, pois isso ficou no bloco anterior.

Enfim, foi aquele papo de não especializado em Fórmula 1, mas legalzinho. O Jô, como sempre faz quando recebe alguém do automobilismo, falou do Fangio pilotando a Mercedes-Benz. Pelo menos a reposta do Piquet deixou isso mais divertido dessa vez. Falaram um pouco da Fórmula 1 hoje, "pilotar em Mônaco é como andar de bicicleta na sala de casa" e por aí vai, além de conversarem um pouco sobre o lado empresário do Nelsão. Ah! E mostraram aquela ultrapassagem épica do Piquet sobre o Ayrton Senna em Hungaboring, ops, Hungaroring (que foi ainda mais foda por ter sido num circuito tão apertado e chato), que "foi como fazer um looping com um Boeing 747"k, como disse Jackie Stewart.



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Um abraço!

terça-feira, 18 de março de 2014

Uma droga chamada: exame de direção


Primeiramente, algo que não pegou muito bem no post anterior: "auto escola é um porre". Eu me expressei muito mal. Na verdade, o exame de direção, sim, é o problema. Necessário, é claro, mas penso que deveria ser feito de um jeito diferente. A auto escola é importante, pois é ela que nos prepara para ele (o exame), e lá aprendemos o mínimo do controle de um carro. Depois você desenvolve mais isso com a sua sensibilidade.

É claro que, como qualquer coisa que fazemos por obrigação, às vezes ir à auto escola é meio... entediante. Principalmente naquelas aulas de legislação. Mas obviamente são importantes. Você tem que ter algumas noções para andar no trânsito. E quanto a reagir numa situação de emergência, o exame de direção não cobra isso, mas pelo menos a auto escola ensina. Apenas aulas teóricas, é verdade. Mas antes isso do que não ter nenhuma instrução a respeito disso. A auto escola tem que se concentrar em preparar seus alunos para o exame de direção, pois é para isso que os alunos pagam. A não ser que também queiram aprender direção defensiva prática, e que a auto escola tenha instrutores especializados nisso. Aliás, para aprender a prática, existem cursos para isso até aqui no Brasil. Principalmente no estado de São Paulo. Alguns oferecidos por montadoras, como o da BMW e o da Mitsubishi. Outros por escolas que não dependem de montadora, apesar de que às vezes pode haver uma parceria para que a escola tenha os carros. Existem pistas feitas para essas atividades. Sejam elas particulares da montadora, ou até algum autódromo. Inclusive o de Interlagos. Depois posso escrever um post falando só disso.

Mas então, o exame... O resultado daquela porcaria não prova se você sabe dirigir, ou que você não sabe dirigir. A não ser que você saia batendo em todos os carros na rua e atropele alguém.

O que eles nos cobram? Perfeição. Tudo bem que temos direito de cometer poucos erros, mas é fácil cometer mais, e é normal. Sabe por que? Porque eles querem algo muito robótico, mecânico. Pelo amor de Juan Manuel Fangio, Jim Clark, Jacques Villeneuve, Graham Hill e Ayrton Senna! Perfeição é impossível! Não existe nem na volta de pole position de um piloto de Fórmula 1! A parte mecânica é com o carro. Nós damos "vida" à ele. Somos o coração. O carro tem suas dezenas de engrenagens e tantas outras peças móveis com suas medidas exatas, e que por isso vão fazer exatamente o mesmo movimento, sempre. Já em nós, o tempo todo acontece alguma coisa diferente. Caminhando, por exemplo, todo passo terá uma distância de milímetros ou centímetros diferentes.

Claro que fatores como falta de atenção e nervosismo podem nos atrapalhar no exame de direção. Mas no final das contas, sabem o que influencia mais no resultado? O acaso. Pois não me parece muito justo quando, dois alunos que dirigem muito bem, não são aprovados juntos. Um teve toda a sorte do mundo em não ter problema algum no trajeto. O outro deu o azar de um carro conduzido por um lunático passar voando na sua frente e obrigá-lo a dar uma freada brusca (talvez não sabendo como fazer isso da melhor forma), e aí a Permissão Para Dirigir vai-se embora pelo ralo. Mesmo que o examinador seja gente boa e dê ao candidato uma nova tentativa, possivelmente o lado psicológico dele ali já era. Está assustado, nervoso, com medo. Até pela forma como o exame é feito.

As coisas que nos cobram... Quem em sã consciência, habilitado, estaciona e dá uma ré longa?! Pra quê? Ainda mais em morro! Aliás, aposto que aquilo foi feito propositalmente para reprovar alunos. Pois pela falta de prática que normalmente um aluno ainda tem (afinal, ele ainda não tem tantos anos de experiência, e mesmo se tivesse, ainda pode ser complicado), é lógico que vai dar errado. Quando você se vira totalmente para trás (espelho retrovisor pra quê, né?), você perde noção do que acontece na sua frente. Naturalmente, mesmo que não perceba você vai mover o volante. E um grau que seja, lá no final da ré longa o carro já terá saído totalmente da linha inicial.

Como se isso fosse pouco, ainda estamos sujeitos a subjetividade do examinador. Em uma vez que eu fui reprovado, por exemplo, o examinador tinha me pedido para fazer uma parada regulamentar. Beleza. Lá vou eu parando naquela velocidade absurdamente alta de 30 km/h e reduzindo, e quando me aproximo do passeio/meio-fio, o "profeta" do meu lado pisa no freio! Vou sair da formalidade agora... Velho, que ódio! "Por que freou, senhor examinador?" "Você ia bater no passeio." (por isso o chamei de "profeta"). Eu não ia esbarrar no meio-fio. Nunca arranhei uma roda. Era e é essa a forma como eu estaciono, e nunca havia tido problema com isso, e nem tenho. E mesmo que esbarrasse, que perigo isso oferece à mim ou à sociedade? Ainda mais andando a 20/30 km/h, não é? Ora, nada demais se isso acontece. Provavelmente o carro ia explodir e (risos)... enfim, felizmente eu já passei por isso. Aliás, na tentativa seguinte, coincidentemente eu fui aprovado por esse mesmo examinador que no exame anterior havia me reprovado.

Então, meu caro padawan (não, não sou mestre jedi, apenas cavaleiro, e dos menos experientes), se você foi mal no teste, isso não quer dizer que você não saiba dirigir. Capacidade você tem. Você só foi azarado. Não estava no lugar certo, na hora certa, e talvez o examinador não tenha ido com a sua cara ou simplesmente estava de mau humor e resolveu descontar isso em você. De repente a mulher dele dormiu de calça jeans na noite anterior (pode ser, não? Não estou dizendo que é sempre assim e com todos).

Faça como eu na terceira e última tentativa (na qual fui aprovado, em 2012), se achar que vá funcionar, é claro. Pense: se der, ótimo, se não der, foda-se (com o perdão da palavra). Pois ficar nervoso só piora. Mas depois de dois "paus" a gente aprende a controlar isso (risos). A perfeição depende de muita sorte, e você ainda pode errar um pouquinho. Seja um bom robô, e faça o teatro direitinho para o examinador, no qual você deve atolar a cara nos três retrovisores para ele acreditar que você está de olho neles.

Por mim, o examinador deveria cobrar uma volta pelo bairro. Andava ali 20 minutos com a pessoa, sem exigir que ela seja uma máquina. Deslizes são normais, e até o mais experiente piloto de rally da Polônia (porque o nível de habilidade exigido lá entre eles, é insano) comete... vide Robert Kubica. Se a pessoa faz esse passeio sem maiores problemas, dá a carteira pra ela, e pronto. Porque uma voltinha no quarteirão com precisão mecânica nunca vai mostrar quem é e quem não é motorista de verdade. Nunca! Todo mundo que tira carteira assim (ou de qualquer forma), ainda está sujeito a cometer erros a vida toda.

Espero que eu esteja enganado, mas do jeito que a coisa vai, daqui a pouco vão querer até determinar a forma como respiramos. Frequência, velocidade, quantidade de ar etc.


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Um abraço!

Dirigir (mais voltado à reprovados e recém habilitados)


Ei, você que "tomou pau" no exame de direção... Alguns sortudos (ou não), não passam por isso. Quem já passou, sabe o quanto é chato. Mas depois que você consegue sua aprovação, vê que aquilo não significava nada demais. Enfim, eu queria deixar aqui um recado, para talvez servir de motivação para aqueles que hoje estão passando por esse porre chamado auto escola. Experiências de quem foi reprovado duas vezes (uma por nervosismo e falta de atenção, outra por uma freada desnecessária do examinador).

Como diz um instrutor que eu tive, "auto escola não ensina a dirigir. Ensina a tirar carteira." Existem muitos pessoas habilitadas que não são motoristas, e muitos motoristas que não são habilitados.

O que uma auto escola ensina, é algo "robotizado", sem graça, para quem vê o carro apenas como um instrumento de locomoção, e nada mais além disso. Ensina apenas a ser um manobrista de estacionamento (com todo respeito à profissão, pois estes devem ter um domínio impecável sobre diferentes tipos de carros). Mas na hora do aperto, numa emergência muitas vezes esses alunos não saberão como lidar para escapar de um acidente. Cadê aquele lance de "sentir o carro"? Isso não existe para a auto escola, e muitas vezes para essas pessoas também não. Se você é um desses, está perdendo toda a graça da coisa, mas tudo bem. Mesmo assim, para o seu bem deveria ser mais próximo do seu automóvel.

Sabe aquela roupa desconfortável que você veste, com a qual não consegue fazer nada, e aquela outra que te dá conforto e total segurança para fazer todo tipo de movimento? Com um carro não é muito diferente. Sempre terá aquele(s) que "te veste bem", aquele que te completa, como se fosse uma extensão do seu corpo. Aquilo de "sentir o carro" que eu já mencionei, tão presente em filmes e desenhos automobilísticos, não é mentira! Mas isso é muito mal aplicado àqueles que estão se preparando para conseguirem suas habilitações. Por sorte, há quase três anos eu tive um instrutor que pensa diferente desse método.

Se na sua auto escola tem Fiat Mille (não o Uno) ou Volkswagen Gol, escolha um desses. Dos carros que eu conheço, estes são os melhores para aprender, e começar a sentir o carro. Particularmente, gosto mais do Gol, mas sou suspeito para falar, pois é o carro que eu mais dirijo aqui. Não que ele "me vista" melhor só pelo tempo, pois também ando num Volkswagen Fox, e esse já não faz tanto o meu estilo de direção. Sei dirigi-lo normalmente, mas não sei explorar tão bem o potencial dele como sei no Gol. Não pela motorização, mas principalmente no que é relacionado a estabilidade e dirigibilidade.

Voltando ao foco, não se sinta mal pela reprovação. Isso não significa que você não sabe dirigir, e aquele seu colega que tirou carteira de primeira de ficou te zoando, talvez seja apenas mais um habilitado que não é motorista.

Por falar nisso... E o tal do "treinamento de habilitados"? Não sei se na cidade de vocês existe esse serviço, mas aqui sim. Com o perdão da palavra: porra, se você tirou carteira de motorista, é porque o examinador acha que você tem o mínimo necessário para ser um motorista! Agora é que o aprendizado de verdade começa pra valer. A auto escola só te deu alguma noções básicas. Ninguém vira motorista ao tirar a carteira. Isso vem com experiência, aprendendo coisas novas a cada dia. Então, ao invés de gastar mais uma fortuna com "treinamento de habilitados" (porque só tirar carteira já é um absurdo de caro), gaste esse dinheiro arrumando qualquer carro, e comece a dar suas voltas! E quando já estiver cansado da cidade, não tenha medo de pegar a estrada. Acredite, é bem diferente e muito melhor dirigir nela.

Vou contar a minha experiência. A primeira vez que peguei uma estrada, foi na porcaria da MG-050, privatizada, com um pedágio abusivo, perigosa e mal cuidada. Mas tudo bem, pois assim até aprendemos mais. Enfim, eu estava com meu pai ao meu lado. Na verdade, ele estava dirigindo e de repente parou o carro no acostamento, dizendo "você tem que aprender a andar na estrada". Confesso que a princípio eu fiquei com muito medo, e dizia a mim mesmo que não passaria dos 80 km/h. Arranquei, e quando me dei conta, algumas centenas de metros à frente eu já estava engatando à 4ª marcha, passando dos 100, 110, 120 km/h... Melhor parar por aqui, certo? (Risos). Mas sério, não passei disso, afinal, era a primeira vez. Obviamente cometi alguns deslizes, mas meu pai teve toda a paciência do mundo para me explicar tudo. Aliás, herdei essa paixão por direção dele. E modéstia à parte, até que no final das contas me saí bem.

Então vem o perigo "sou o rei da estrada, sou fodão, posso tudo". No início, ao perder o medo, ficamos com um excesso de confiança. Não, recém habilitado, você não pode tudo. Você ainda não tem a habilidade do Ken Block (embora eu chame aquilo mais de insanidade - risos). Mas cometer alguns excessos no começo é normal, mas por mais habilidoso que você seja, conhecerá os perigos da direção, que também são oferecidos por outras pessoas. Essas experiências que o tornarão o motorista de verdade, também vão fazer com que você fique mais sensato, e saiba dos limites do que pode, não pode, quando, como e onde fazer.

De forma alguma quero passar uma imagem de que já sou um motorista feito que quer a ensinar a quem "não sabe". Até porquê isso seria ridículo para quem está na metade do seu primeiro ano de CNH - Carteira Nacional de Habilitação (já passei pelo 1 ano da PPD - Permissão Para Dirigir). Eu ainda tenho MUITO à aprender. Mas acho importante compartilhar o pouco que eu já aprendi nesse tempo, e quero incentivar aqueles que se sentem incapazes, quando na verdade ninguém é.

Pelo menos a princípio, é isso o que eu tenho a dizer. Acabei indo além do que eu planejava, e não quero deixar o post muito longo. Se eu lembrar de outras experiências para compartilhar, ou tiver novas, venho aqui compartilhar em um "Dirigir 2" (pelo menos até pensar em um título melhor - risos).

Se você gostou deste post, eu sugiro que leia também o "Velocidade Mata?": 


Um abraço!

domingo, 16 de março de 2014

Daniil Kvyat, da Scuderia Toro Rosso: o novo mais jovem piloto a pontuar na Fórmula 1


Estreante, o atual campeão da GP3 Series Daniil Kvyat, de 19 anos e 295 dias, que foi subestimado por muitos, se tornou hoje o mais jovem piloto a marcar pontos na Fórmula 1.

Em seu primeiro Grande Prêmio, no Albert Park em Melbourne na Austrália, o russo quebrou o recorde daquele que um dia ocupou a sua vaga na Toro Rosso, Sebastian Vettel, que alcançou este feito aos 19 anos e 322 dias, quando era reserva na BMW Sauber (mas como membro do programa de desenvolvimento de pilotos da Red Bull) e substituiu o titular lesionado Robert Kubica no GP dos Estados Unidos de 2007, terminando em 8º e conquistando seu primeiro ponto.

Kvyat já demonstrou uma boa competência ontem, levando seu carro ao Q3 e se classificando em 8º. Na corrida, perdeu duas posições, mas fez um ótimo trabalho para um novato, e só as perdeu porque os outros carros eram superiores. Com a desclassificação do australiano Daniel Ricciardo da Red Bull, que havia chegado em 2º lugar na corrida, o jovem da equipe menor de bebidas energéticas herdou a 9ª posição, marcando 2 pontos. Em 10º ele já havia marcado 1 ponto.

Na corrida de hoje, eu achei bem legal algo que aconteceu antes da largada. Quando Rubens Barrichello como repórter da Rede Globo foi entrevistá-lo, disse que ele também havia estreado na Fórmula 1 aos 19 anos, e disse mais algumas palavras de motivação ao garoto. Ele ficou bem alegre, e para a surpresa de todos, agradeceu ao veterano brasileiro alto e em bom Português: "Obrigado!"


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Um abraço!
Paulo Vitor

Fórmula 1 2014 - GP da Austrália - Ricciardo é desclassificado e perde seu 2º lugar pela Red Bull

(Foto: Getty Images)
A alegria da estreia pela Infiniti Red Bull Racing em casa ter rendido o seu primeiro pódio na Fórmula 1, durou pouco para Daniel Ricciardo.

O piloto australiano foi desclassificado, perdendo assim o seu 2º lugar. A irregularidade estaria no fluxo de combustível, que teria sido excedido pela equipe rubro taurina. Uma pena. Com isso, todos os pilotos ganharam uma posição, e o pódio fica sendo completado pelos pilotos da McLaren, Kevin Magnussen e Jenson Button, respectivamente.


Um abraço!
Paulo Vitor

Fórmula 1 2014 - GP da Austrália - Corrida

(Foto: Getty Images)
Uma vitória brilhante de Nico Rosberg no GP da Austrália! O alemão que largou em 3º, fez uma excelente arrancada, já pulando para a 1ª posição no início da volta 1. Dali em diante, fez que nem Sebastian Vettel em 2011 na mesma pista: um belo passeio, abrindo uma vantagem cada vez maior a cada volta, sem nem se lembrar do pessoal que estava atrás dele. É a 4ª vitória do piloto da Mercedes AMG, tendo conquistado todas elas por esta mesma equipe. Ele ainda fez a melhor volta (e fez isso muitas vezes ao longo da corrida), com 1m,32s,478.

(Foto: Getty Images)
O piloto da casa, Daniel Ricciardo, aparentemente foi o piloto mais feliz da prova. Só sorrisos de orelha à orelha no pódio. Diante de sua torcida, em seu primeiro ano em uma equipe de ponta, fez o seu primeiro pódio na Fórmula 1. Largou em 2º, e chegou em 2º. Parece pouco? Vou dizer que foi suado, viu? A Red Bull, aparentemente, se vê obrigada a começar a corrida extraindo menos potência do motor Renault que equipa seu RB10. Mas pelo menos a partir de poucas voltas, pode dar tudo o que o carro tem a oferecer até o final da prova. Para a sorte do australiano, Kevin Magnussen que nas últimas voltas vinha representando uma ameaça verdadeira pela McLaren, teve que diminuir o ritmo para poupar combustível ao motor Mercedes-Benz, e mesmo faltando pouco, Ricciardo pôde guiar num ritmo ainda mais forte para ficar livre do novato dinamarquês.

Atualização: Daniel Ricciardo é desclassificado do resultado final.

(Foto: Getty Images)
Por falar nisso, que estreia de Kevin Magnussen, hein? Em sua primeira corrida, conquistou mais pontos do que o seu pai, Jan Magnussen, conquistou em toda a sua carreira (apenas 1). Largou em 4º, e chegou em 3º com seu companheiro de equipe, Jenson Button, que havia largado em 10º, na sua cola. Belos resultados para a tradicional McLaren, mostrando que deu a volta por cima em relação a temporada horrível que fez no ano passado (a 2ª pior de sua história), se comparar com as outras e com a grandeza da equipe.

(Foto: Twitter da Ferrari)
Um final de semana bem mais ou menos para a Scuderia Ferrari. Não fez tudo o que prometia na classificação, tendo Kimi Raikkonen em 11º e Fernando Alonso em 5º. O finlandês ainda bateu no final do Q2, quando já não via mais esperança, porque "estava brincando com os botões do volante" (sério, sou fã desse Kimi que é demais, bom piloto, e sincero - risos). Na corrida, o espanhol terminou na mesma posição em que largou, e Raikkonen conquistou boas posições, chegando em 8º.

(Foto: Reuters)
Valtteri Bottas foi, sem sombra de dúvidas, um dos maiores pilotos de hoje. O piloto da Williams salvou a equipe e foi tão sensacional, que devemos até perdoar o erro dele. Bottas conseguiu chegar ao Q3 ontem, mas largou em 15º por ter trocado o câmbio no terceiro treino livre. Fez uma excelente largada, e partiu para o ataque desde as primeiras voltas. Ao entrar na primeira curva, quase foi atingido por Kamui Kobayashi, da Caterham, mas felizmente escapou e seguiu em frente. Devia estar ocupando mais ou menos a 6ª posição quando, perseguindo a Ferrari F14-T de Fernando Alonso, deu uma "traseirada" atingindo um muro. Com isso ele furou o pneu, que poucos metros a frente se soltou completamente da roda. Parecia que ele ia ficar atolado na caixa de brita, mas conseguiu chegar aos boxes. Com isso, obviamente perdeu muitas posições, mas depois conseguiu recuperar todas elas, chegando em 6º.

(Foto: Getty Images)
Por outro lado, a Williams foi bem infeliz com Felipe Massa, e de forma alguma por culpa do brasileiro. Lembram de Kamui Kobayashi quase atingindo Bottas? Pois é... Passou raspando por um FW36, para atingir com força a traseira do outro. Por esta razão, Massa sequer fez a primeira curva, tendo que abandonar a prova ali mesmo. Lamentável. Acontece que o japonês com seu estilo arrojado demais, deixou pra frear muito em cima da curva, e para piorar, travou as quatro rodas. Sendo assim ficou incontrolável. Ele, é claro, também abandonou, pois destruiu seu eixo dianteiro e atolou na brita.

(Foto: Getty Images)
Pensando por um lado positivo, vimos que a Williams tem um carrão pela demonstração incrível de seu piloto finlandês. O FW36 tem um desempenho impressionante, ultrapassando muitos carros bons até com uma certa facilidade. Ele atinge uma velocidade mais alta nos finais de reta, e é muito bom mesmo nas retomadas após as curvas. Como se isso fosse pouco, ele apresenta muito pouco desgaste.
Outros pontos altos são sua confiabilidade e sua durabilidade. É constante, podendo andar num ritmo forte de corrida durante todas as voltas, não ficando aquele "bagaço" no final. Acredito que poderemos contar no mínimo com pódios.

Outro que se manteve na mesma posição em que começou, foi Nico Hulkenberg, em 7º. Seu companheiro de equipe na Force India, Sergio Pérez, começou em 16º e terminou em 11º. Aparentemente, a princípio a equipe indiana não tem um carro tão competitivo, mas se mantém como a boa equipe intermediária que é.

Fechando a zona de pontuação, tivemos os dois pilotos da Toro Rosso, com Jean-Éric Vergne na frente do estreante Daniil Kvyat. O russo atual campeão da GP3 Series perdeu duas posições, mas foi muito bem para um novato no carro que tem. Já se mostrou bem rápido ontem na classificação conquistado a 8ª posição, e hoje, apesar do resultado, conseguiu brigar pelas posições. Tem apenas seus 19 anos, e de forma bem alegre falou "Obrigado!" em bom Português à Rubens Barrichello, que o motivou antes da corrida começar. Já está de parabéns por ter conseguido o último pontinho em seu primeiro Grande Prêmio. O francês Vergne terminou na frente, sim, mas perdeu mais posições, pois largou em 6º.

(Foto: Getty Images)
Na Sauber, Adrian Sutil conquistou uma posição, largando em 13º e chegando em 12º. Esteban Gutiérrez, que só não largou em último porquê as Marussia tiveram que largar dos boxes após uma falha na primeira tentativa, terminou em 13º. Os dois pilotos da equipe suíça foram os únicos que levaram 1 volta. Por último, veio Max Chilton da Marussia, que levou 2 voltas.

Vamos aos abandonos, além de Massa e Kobayashi, que tiveram meia reta de GP. O primeiro depois dos azarados, foi o pole position Lewis Hamilton, por problema no motor de seu W05. A flecha de prata foi facilmente deixada para trás na largada, e estava nitidamente menos veloz do que os outros carros. Hamilton recebeu ordens para abandonar, mas nós sabemos como ele é, e claro que a princípio não quis isso. O motivo era para conservar o motor e não perdê-lo, já que estava defeituoso e nesta temporada o número de unidades de força é ainda mais limitado. O inglês conseguiu convencer a equipe em mantê-lo na corrida, mas logo ele mesmo viu que não valeria a pena permanecer na pista.

(Foto: Getty Images)
O abandono seguinte foi o de Sebastian Vettel, que já não tinha se dado bem na classificação, não saindo do Q2. O tetracampeão teve um problema bem semelhante ao de Lewis Hamilton. Desde a volta de apresentação, notou que havia uma falta de potência no carro, e por esta razão, logo voltou aos boxes.

Também tiveram problemas e abandonaram: as duas problemáticas Lotus E22, de Romain Grosjean e Pastor Maldonado; a Marussia de Jules Bianchi, que ficou pelo caminho; e a Caterham do estreante Marcus Ericsson com problema de pressão do óleo do motor.

(Foto: Getty Images)

Resultados finais do GP da Austrália 2014 de Fórmula 1:

(Posição / Piloto / País / Equipe / Motor / Tempo-Diferença)

1 - Nico Rosberg (Alemanha / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = 57 voltas em 1h,32m,58s,710
2 - Daniel Ricciardo (Austrália / Infiniti Red Bull Racing / Renault) = +24s,525
3 - Kevin Magnussen (Dinamarca / Mobil 1 McLaren / Mercedes-Benz) = +26s,777
4 - Jenson Button (Inglaterra / Mobil 1 McLaren / Mercedes-Benz) = +30s,027
5 - Fernando Alonso (Espanha / Scuderia Ferrari / Ferrari) = +35s,284
6 - Valtteri Bottas (Finlândia / Williams Martini Racing / Mercedes-Benz) = +47s,639
7 - Nico Hulkenberg (Alemanha / Sahara Force India / Mercedes-Benz) = +50s,718
8 - Kimi Raikkonen (Finlândia / Scuderia Ferrari / Ferrari) = +57s,675
9 - Jean-Éric Vergne (França / Scuderia Toro Rosso / Renault) = +1m,00s,441
10 - Daniil Kvyat (Rússia / Scuderia Toro Rosso / Renault) = +1m,03s,585
11 - Sergio Pérez (México / Sahara Force India / Mercedes-Benz) = +1m,25s,916
12 - Adrian Sutil (Alemanha / Sauber F1 Team / Ferrari) = +1 volta
13 - Esteban Gutiérrez (México / Sauber F1 Team / Ferrari) = +1 volta
14 - Max Chilton (Inglaterra / Marussia F1 Team / Ferrari) = +2 voltas

Mundial de Construtores: http://www.formula1.com/results/team/

A próxima etapa da temporada 2014 da Fórmula 1, será no GP da Malásia, nos dias 28, 29 e 30 de março.


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Um abraço!