Fórmula 1 2013 - GP da Hungria - Corrida

Cheguei de viagem, e aqui vai um post rápido com as impressões que tive com o pouco do GP da Hungria que pude ver e ler neste tempo.

(Foto: Getty Images)
Segundo o próprio Lewis Hamilton após conseguir de maneira incrível a pole position, sua terceira vitória em Hungaroring só viria através de um milagre. Esse milagre aconteceu no domingo, quando o campeão inglês venceu pela primeira vez correndo pela Mercedes AMG.

Kimi Raikkonen da Lotus e Sebastian Vettel da Red Bull Racing completaram o pódio, respectivamente, após duelarem nas últimas voltas. As posições de ambos foram bem notáveis, pois o alemão tricampeão largou em 15º e o finlandês campeão largou em 18º, conseguindo uma posição melhor por ter feito um pit stop a menos, já que o E21 consome bem pouco os pneus, e esses novos da Pirelli são mais resistentes.

Com este resultado Raikkonen assumiu a vice-liderança do campeonato, pois além de ter feito uma ótima corrida, Fernando Alonso da Scuderia Ferrari foi apenas o 5º. Seu companheiro Felipe Massa terminou em 8º.

(Foto Getty Images)
Também é bom falar de Romain Grosjean, companheiro de Raikkonen na Lotus. O francês largou em 8º, e na minha opinião, teve uma das suas melhores atuações nesta prova. Porém terminou apenas em 6º, sendo que deveria ter terminado em 3º, no mínimo. O que aconteceu foi que ele foi punido duas vezes. Uma por usar uma parte de fora da pista para concluir uma ultrapassagem sobre Massa da Ferrari, e o próprio brasileiro achou a punição de drive-through recebida pelo francês exagerada. Depois por um incidente com Jenson Button da McLaren, acrescentaram 20 segundos ao seu tempo final. Mas este não tão feliz final de semana com certeza não estragou a felicidade enorme que Romain Grosjean sentiu naquele dia, porque pela primeira vez, ele foi, e agora é papai. Seu filho nasceu no dia da corrida.

Ah! E finalmente a Williams marcou 1 ponto no campeonato, com o 10º lugar de Pastor Maldonado. Esta tem sido uma das piores temporadas da equipe de Grove, se não a pior, infelizmente.

Se Hamilton foi muito feliz com a vitória e Maldonado marcou seu primeiro ponto do ano, seus companheiros não tiveram a mesma alegria, pois ambos, Nico Rosberg e Valtteri Bottas, fundiram seus motores. Também não completaram Esteban Gutiérrez, que com problema no câmbio, e os pilotos da Force India, sendo que Adrian Sutil fez isto por causa de problemas hidráulicos e Paul di Resta abandonou a prova.


Resultados da corrida do GP da Hungria 2013 de Fórmula 1:

(Posição / Piloto / País / Equipe / Motor / Tempo-Diferença)

1 - Lewis Hamilton (Inglaterra / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = 70 voltas em 1h,42m,29s,445
2 - Kimi Raikkonen (Finlândia / Lotus F1 Team / Renault) =  + 10s,09
3 - Sebastian Vettel (Alemanha / Red Bull Racing / Renault) =  + 12s,4
4 - Mark Webber (Austrália / Red Bull Racing / Renault) =  + 18s
5 - Fernando Alonso (Espanha / Scuderia Ferrari / Ferrari) =  + 31s,4
6 - Romain Grosjean (França / Lotus F1 Team / Renault) =  + 32s,2
7 - Jenson Button (Inglaterra / Vodafone McLaren / Mercedes-Benz) =  + 53s,8
8 - Felipe Massa (Brasil / Scuderia Ferrari / Ferrari) =  + 56s,4
9 - Sergio Pérez (México / Vodafone McLaren / Mercedes-Benz) =  + 1 volta
10 - Pastor Maldonado (Venezuela / Williams F1 Team / Renault) =  + 1 volta
11 - Nico Hulkenberg (Alemanha / Sauber F1 Team / Ferrari) =  + 1 volta
12 - Jean-Éric Vergne (França / Scuderia Toro Rosso / Ferrari) =  + 1 volta
13 - Daniel Ricciardo (Austrália / Scuderia Toro Rosso / Ferrari) =  + 1 volta
14 - Giedo van der Garde (Holanda / Caterham F1 Team / Renault) =  + 2 voltas
15 - Charles Pic (França / Caterham F1 Team / Renault) =  + 2 voltas
16 - Jules Bianchi (França / Marussia F1 Team / Cosworth) =  + 3 voltas
17 - Max Chilton (Inglaterra / Marussia F1 Team / Cosworth) =  + 3 voltas

Mundial de Pilotos: http://www.formula1.com/results/driver/
Mundial de Construtores: http://www.formula1.com/results/team/


Agora a Fórmula 1 entra de férias e só volta no final de agosto, para o GP da Bélgica.


Um abraço!
Paulo Vitor

sexta-feira, 26 de julho de 2013

F1 2013 Hungaroring Hotlap

Já que a corrida deste final de semana é o GP da Hungria, que tal uma volta rápida pelo circuito de Hungaroring no F1 2013 da Codemasters? E o carro escolhido é bem adequado, pois é de um dos nomes mais comentados do momento. Daniel Ricciardo, da Scuderia Toro Rosso, é um dos possíveis candidatos à vaga de titular na Red Bull Racing no ano que vem.

Bom, como eu já havia avisado, estou saindo agora para viajar. Então, não esperem por posts tão cedo. Me desculpem.


Um abraço!

De brasileiros na Fórmula 1, não há só pilotos

Quando se fala em representantes de algum país em competições esportivas internacionais, logo vem na mente das pessoas jogadores de futebol, de basquete, vôlei, entre outros esportes, e claro, pilotos de Fórmula 1, Indy e outras categorias. Mas como já vi diferentes jornalistas dizendo: Fórmula 1 é o mais coletivo dos esportes individuais. Ou seja, nem são individuais, e não são apenas os pilotos os responsáveis pelo espetáculo todo.


Fernando Grando desde pequeno gostava de desmontar e montar seus brinquedos para descobrir como funcionavam, e sempre foi ótimo nas matérias das áreas exatas na escola. E também era e é um apaixonado por automobilismo. Quando chegou a hora de decidir qual curso superior fazer, a escolha era óbvia: engenharia mecânica.

O jovem vestibulando queria um curso de ponta, então escolheu o que é ou era o melhor do país, na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). Conseguiu ser aprovado, e lá se formou e fez seu mestrado. Na busca por um doutorado, conseguiu a oportunidade de estudar na Universidade de Leeds, e assim foi para a Inglaterra.

Em um dia na faculdade inglesa, por acaso ele soube do processo seletivo para trabalhar na área automobilística, especificamente na Fórmula 1. Seus planos eram de voltar ao Brasil quando terminasse o doutorado, mas claro que aquela vaga era irresistível.

Este brasileiro foi aprovado, e hoje é o responsável pelos projetos e desenvolvimento de motores da Mercedes-Benz para a Fórmula 1.


Da UFSC não veio apenas Fernando Grando. Formado na mesma faculdade e mestre pelo IFP (Institut Français du Pétrole), Ricardo Penteado é o engenheiro chefe de motores da equipe Lotus, onde vem subindo degraus (os cargos) desde 2000, quando esta ainda era a Renault. Muito mérito fez ele chegar onde está, e a responsabilidade que ele tem é muito grande.


Chegando na Fórmula 1 em 2005 depois de passar por Fórmula Ford, Fórmula 3 Sudam e Stock Car, Robert Sattler trabalhou pela Jordan, que se transformou em Midland, depois em Spyker e em 2008 se tornou Force India, onde até hoje Robert trabalha de olho nas muitas variáveis de desempenho dos carros. Seu cargo é o de engenheiro de performance. Assim ele é o responsável pelo acerto mecânico e aerodinâmico de algum carro, ao lado do piloto que ocupa aquele cockpit.


E então, estudante de engenharia (ou que quer estudar)? Já pensou em trabalhar na Fórmula 1? Com determinação, você consegue!


Página do AutoblogPV8 no Facebook: https://www.facebook.com/Autoblogpv8

Um abraço!

POST 1000!!!

Então, pessoal... 1000 POSTAGENS! Nunca pensei que conseguiria chegar nesse número sozinho.

Digo, "sozinho" entre aspas. Quis dizer que escrevi 1000, mas com a ajuda de algumas pessoas com informações em muitos posts. Eu sempre cito essas pessoas, e agradeço muito à elas.

Muito obrigado à todos vocês que me acompanham desde outubro de 2010! E claro, aos que foram aparecendo com o tempo também! Serão sempre muito bem-vindos no AutoblogPV8!

São os números de acessos cada vez maiores e elogios que recebo que me incentivam cada vez mais e mais (e claro, críticas construtivas também), e que venham mais 1000 posts!


Um abraço!
Paulo Vitor

Fórmula 1 2013 - GP da Hungria - 1º e 2º Treinos Livres

(Foto: Getty Images)
Mais uma vez ele foi incrivelmente rápido, duas vezes seguidas. Sebastian Vettel liderou os dois treinos de hoje, com Mark Webber completando dobradinhas da Red Bull Racing.

Como eu esperava, a Lotus também chegou forte na Hungria. Agora acredito ainda mais que será ela a rival da tricampeã austríaca nesta corrida. Nos dois treinos, ou Kimi Raikkonen ou Romain Grosjean ficaram perto dos carros dos touros vermelhos. Por falar em vermelho, aparentemente a Scuderia Ferrari também está bem.

Lembrando que a partir deste Grande Prêmio, os carros estão usando os novos pneus mais resistentes da Pirelli, com kevlar, testados na semana passada em Silverstone. Por enquanto, sem problemas. Vamos ver como eles vão influenciar no equilíbrio de forças entre as equipes.


Resultados do 1º Treino Livre para o GP da Hungria 2013 de Fórmula 1:

(Posição / Piloto / País / Equipe / Motor / Tempo-Diferença / Número de voltas)

1 - Sebastian Vettel (Alemanha / Red Bull Racing / Renault) = 1m,22s,723 (19)
2 - Mark Webber (Austrália / Red Bull Racing / Renault) = 1m,22s,982  + 0s,259  (24)
3 - Kimi Raikkonen (Finlândia / Lotus F1 Team / Renault) = 1m,23s,010  + 0s,287  (20)
4 - Fernando Alonso (Espanha / Scuderia Ferrari / Ferrari) = 1m,23s,099  + 0s,376  (22)
5 - Romain Grosjean (França / Lotus F1 Team / Renault) = 1m,23s,111  + 0s,388  (20)
6 - Jenson Button (Inglaterra / Vodafone McLaren / Mercedes-Benz) = 1m,23s,370  + 0s,647  (26)
7 - Adrian Sutil (Alemanha / Sahara Force India / Mercedes-Benz) = 1m,23s,390  + 0s,667  (20)
8 - Nico Rosberg (Alemanha / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = 1m,23s,531  + 0s,808  (28)
9 - Sergio Pérez (México / Vodafone McLaren / Mercedes-Benz) = 1m,23s,591  + 0s,868  (26)
10 - Pastor Maldonado (Venezuela / Williams F1 Team / Renault) = 1m,23s,911  + 1s,188  (21)
11 - Esteban Gutiérrez (México / Sauber F1 Team / Ferrari) = 1m,24s,119  + 1s,396  (21)
12 - Valtteri Bottas (Finlândia / Williams F1 Team / Renault) = 1m,24s,150  + 1s,427  (27)
13 - Lewis Hamilton (Inglaterra / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = 1m,24s,157  + 1s,434  (28)
14 - Jean-Éric Vergne (França / Scuderia Toro Rosso / Ferrari) = 1m,24s,204  + 1s,481  (15)
15 - Felipe Massa (Brasil / Scuderia Ferrari / Ferrari) = 1m,24s,299  + 1s,576  (19)
16 - Nico Hulkenberg (Alemanha / Sauber F1 Team / Ferrari) = 1m,24s,314  + 1s,591  (23)
17 - Daniel Ricciardo (Austrália / Scuderia Toro Rosso / Ferrari) = 1m,24s,383  + 1s,660  (24)
18 - Paul Di Resta (Escócia / Sahara Force India / Mercedes-Benz) = 1m,24s,608  + 1s,885  (21)
19 - Charles Pic (França / Caterham F1 Team / Renault) = 1m,25s,827  + 3s,104  (24)
20 - Giedo van der Garde (Holanda / Caterham F1 Team / Renault) = 1m,26s,808  + 4s,085  (25)
21 - Jules Bianchi (França / Marussia F1 Team / Cosworth) = 1m,27s,617  + 4s,894  (20)
22 - Rodolfo Gonzalez (Venezuela / Marussia F1 Team / Cosworth) = 1m,28s,927  + 6s,204  (25)


Resultados do 2º Treino Livre para o GP da Hungria 2013 de Fórmula 1:

(Posição / Piloto / País / Equipe / Motor / Tempo-Diferença / Número de voltas)

1 - Sebastian Vettel (Alemanha / Red Bull Racing / Renault) = 1m,21s,264 (34 voltas)
2 - Mark Webber (Austrália / Red Bull Racing / Renault) = 1m,21s,308  + 0s,044 (42)
3 - Romain Grosjean (França / Lotus F1 Team / Renault) = 1m,21s,417  + 0s,153 (40)
4 - Fernando Alonso (Espanha / Scuderia Ferrari / Ferrari) = 1m,21s,426  + 0s,162 (34)
5 - Felipe Massa (Brasil / Scuderia Ferrari / Ferrari) = 1m,21s,544  + 0s,280 (37)
6 - Lewis Hamilton (Inglaterra / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = 1m,21s,802  + 0s,538 (42)
7 - Nico Rosberg (Alemanha / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = 1m,21s,991  + 0s,727 (40)
8 - Kimi Raikkonen (Finlândia / Lotus F1 Team / Renault) = 1m,22s,011  + 0s,747 (32)
9 - Jenson Button (Inglaterra / Vodafone McLaren / Mercedes-Benz) = 1m,22s,180  + 0s,916 (41)
10 - Adrian Sutil (Alemanha / Sahara Force India / Mercedees-Benz) = 1m,22s,304  + 1s,040 (41)
11 - Paul di Resta (Escócia / Sahara Force India / Mercedes-Benz) = 1m,22s,526  + 1s,262 (39)
12 - Sergio Pérez (México / Vodafone McLaren / Mercedes-Benz) = 1m,22s,529  + 1s,265 (37)
13 - Pastor Maldonado (Venezuela / Williams F1 Team / Renault) = 1m,22s,781  + 1s,517 (36)
14 - Esteban Gutiérrez (México / Sauber F1 Team / Ferrari) = 1m,22s,837  + 1s,573 (42)
15 - Nico Hulkenberg (Alemanha / Sauber F1 Team / Ferrari) = 1m,22s,841  + 1s,577 (39)
16 - Jean-Éric Vergne (França / Scuderia Toro Rosso / Ferrari) = 1m,23s,369  + 2s,105 (34)
17 - Daniel Ricciardo (Austrália / Scuderia Toro Rosso / Ferrari) = 1m,23s,411  + 2s,147 (41)
18 - Valtteri Bottas (Finlândia / Williams F1 Team / Renault) = 1m,23s,646  + 2s,382 (34)
19 - Charles Pic (França / Caterham F1 Team / Renault) = 1m,24s,325  + 3s,061 (38)
20 - Giedo van der Garde (Holanda / Caterham F1 Team / Renault) = 1m,25s,065  + 3s,801 (36)
21 - Jules Bianchi (França / Marussia F1 Team / Cosworth) = 1m,25s,143  + 3s,879 (39)
22 - Max Chilton (Inglaterra / Marussia F1 Team / Cosworth) = 1m,26s,647  + 5s,383 (33)


Bom, como eu já havia avisado, vou viajar. Saio daqui na madrugada de amanhã, então infelizmente as próximas etapas do GP da Hungria provavelmente não estarão aqui no AutoblogPV8. Ou pelo menos não tão cedo.  Me desculpem.


Um abraço!
Paulo Vitor

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Fórmula 1 2013 - GP da Hungria - Informações + Volta do GP da Áustria em 2014


Bom dia, amantes da velocidade! Neste final de semana, o circo da Fórmula 1 chega em Hungaroring!

Provavelmente eu não irei cobrir esta etapa, infelizmente. Ou então farei a postagem no final da semana que vem. O motivo: estarei viajando. No seguinte post, falei sobre algumas coisas, inclusive as minhas expectativas para esta etapa do campeonato: http://autoblogpv8.blogspot.com.br/2013/07/formula-1-2013-analise-de-meia-temporada.html


Programação (horário de Brasília):

Sexta-feira: 1º Treino Livre às 5h, e 2º Treino Livre às 9h.
Sábado: 3º Treino Livre 6h, e Classificação às 9h.
Domingo: Corrida às 9h.


Aproveitando este post: ano que vem o velho circuito A1 Ring, hoje conhecido como Red Bull Ring, voltará à Fórmula 1 para o GP da Áustria. É uma pista que me agrada.


Um abraço!
Paulo Vitor

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Volvo V40 e Rubinho contra os alemães

 
Recentemente a Volvo trouxe ao Brasil seu hatch V40, para brigar com Audi A3, BMW Série 1 e Mercedes-Benz Classe A.

Apresentando este maravilha de forma rápida e técnica, o Volvo V40 possui um motor transversal de cinco cilindros em linha, com 2.0L e 20V (com duplo comando de válvulas), movido a gasolina e turbinado. Gera uma potência de 180 cv a 5000 RPM, com torque de 30,7 kgfm entre 2700 RPM e 4000 RPM. A transmissão é automática de seis marchas e a tração é dianteira.

Para domar essa motorização feroz, suspensão dianteira McPherson e multilink na traseira. Discos de freios ventilados na dianteira e sólidos na traseira, com ABS e EBD. Também tem controles de tração e estabilidade.


Há pouco tempo, o piloto Rubens Barrichello falava de algo chamado "Rubinho contra os alemães", mas fazia mistério do que isto significava. Seja o que fosse, a Volvo Cars Brasil demonstrou seu apoio ao piloto, compartilhando de uma rivalidade antiga com os alemães.

Finalmente, hoje entendemos que se tratava de uma campanha publicitária, parodiando aquele GP da Áustria em 2002. Rubens foi à pista com o V40, e correu contra rivais alemã da Volvo: Audi, BMW e Mercedes-Benz. Porém sem o escudo das marcas nos carros, mas é claro que reconhecemos quais são os modelos. Enquanto vai rumo a vitória certa, o narrador vai mostrando que o piloto está usando todos os recursos eletrônicos do moderno carro sueco, dando foco nos sistemas de segurança, em que a Volvo talvez seja a maior referência da indústria automobilística. No V40, por exemplo, há um airbag externo na parte inferior do para-brisa para possíveis vítimas de atropelamento. O carro detecta o pedestre e a bolsa se enche para amortecer o impacto deste.

Enfim, confiram o vídeo. Eu achei bem legal.

Um abraço!


domingo, 21 de julho de 2013

Volkswagen Fusca, Carocha, Beetle...

Você compraria um carro deste homem?


É, eu também não. Mas Adolf Hitler não teve grande contribuição na criação do Fusca, porém foi ele quem tornou possível a fabricação do automóvel mais vendido da história. Não, vocês não leram errado. O Fusca é o carro mais vendido da história, com mais de 21 milhões de unidades fabricadas, superando com folga o Ford T, modelo que revolucionou a imagem do automóvel e vendeu 15 milhões de unidades.

O Volkswagen "original".
O que mais se conta é que Hitler convocou o engenheiro automobilístico Ferdinand Porsche, que obviamente pelo nome, é o fundador e dono da Porsche naquela época. O ditador pediu um projeto de um carro acessível ao povo, e que também pudesse transportar tropas por longos trajetos onde não houvesse água. Sendo assim o engenheiro criou seu famoso motor de quatro cilindros opostos horizontalmente, refrigerado à ar. O visual original (esse aí da foto acima) não agradou tanto Hitler e ele mesmo fez algumas mudanças na carroceira. Mas essa é uma versão muito resumida na qual há coisas e pessoas ocultas.


Que a indústria automobilística da Alemanha necessitava de um impulso e modernização, com a fabricação de veículos baratos, econômicos e seguros, era o que pensava o engenheiro mecânico e aeronáutico tedesco (naturalizado, pois nasceu na Hungria) Josef Ganz, criador do carro conceito chamado "Volkswagen" (que em alemão significa "carro do povo") com base nas suas ideias. Um carro para a população em geral, como o próprio nome diz. Que até o mais humilde trabalhador tivesse acesso. Hitler concordava com essas ideias.

Josef Ganz.
Ah, acho que esqueci de falar de um detalhe muito importante. Em situações não-nazistas, seria algo normal, mas neste contexto histórico, fez toda a diferença: Ganz era judeu! Não, ele não morreu no Holocausto. Notou que teria problemas e saiu do país, passando por Suíça, França e viveu seus últimos anos na Austrália, trabalhando para a montadora Holden, da General Motors. Lá faleceu em 1967 aos 69 anos. Mas os projetos do Volkswagen ficaram com Hitler, pois o próprio Ganz havia apresentado suas ideias ao governante. Esta é a parte de coisas e pessoas ocultas da história que eu havia mencionado. Os projetos foram parar nas mãos de Porsche através de Hitler, que também tinha seu próprio projeto que agradava mais ao nazista. O engenheiro uniu suas ideias às do judeu e fez algumas alterações. Em seguida Hitler quis mudar um pouco o visual. Assim nasceu o Volkswagen, conhecido aqui no Brasil como Fusca, em Portugal como Carocha, nos Estados Unidos como Beetle, entre outros nomes.

A princípio a população alemã poderia comprar o Volkswagen, e em 1938 o mesmo começou a ser produzido com o investimento do governo. Nesse primeiro ano, apenas membros da elite nazista conseguiram adquirir o automóvel e no ano seguinte, em 1939, começou a Segunda Guerra Mundial. Como eu já havia dito, Hitler já tinha ideias de usos militares para o Volkswagen e por isso através da base do mesmo, diferentes veículos de guerra foram construídos para o exército alemão.

Após a guerra, 2/3 da fábrica da Volkswagen estava arruinada, e o que sobrou ficou sob o controle da Inglaterra, que podia muito bem ter tomado para ela a produção do Fusca. Viram o projeto, e pensaram que seria um fracasso. Pobres ingleses... "Toma aqui esses projetos, Alemanha. Não temos interesse nesse fiasco", "Ah, é mesmo? Então tá bom, dona Inglaterra". Mal sabiam os ingleses de que abriram mão do projeto automobilístico de maior sucesso da história.


O Fusca chegou ao Brasil em 1950 através de importações. Ao longo das décadas seguintes, além de ter começado a ser fabricado aqui, o Fusca foi comercializado em motorizações de 1200 cilindradas (de 32 cv de potência), 1300cc (de 46 cv) e o "Fuscão" de 1600cc (que gerava 65 cv de potência).

Como ficou obsoleto, a Volkswagen do Brasil decidiu parar de fabricar seu besouro em 1986. Em 1993 o então presidente Itamar Franco pediu a Volkwagen para que voltasse a fabricar o Fusca, pois um de seus projetos era a de ter carros realmente populares. Apesar de que estes seriam os inovadores carros de 1.0L, o Fusca foi incluído, deixando de ser fabricado pela segunda vez em 1996.

Em 1998 nasceu o New Beetle, a segunda geração e a terceira geração surgiu no ano passado: o novo Fusca.


Um abraço!
Paulo Vitor


P.S.: Meu último texto no Piston GP Team, sobre as grandes rivalidades da Fórmula 1.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Fiat Marea Turbo


Ele chegou para substituir o Fiat Tempra Turbo, e honrou o seu antecessor. Foi o carro mais potente da época em que foi comercializado pela sua montadora.

Colocar Volkswagen Gol GTi e Fiat Marea Turbo na mesma página, é pedir para ser esquartejado pelos fãs de ambos (risos), mas vamos lá. Existe uma versão de 2.4L aspirado do Marea, porém nada mais chamativo e atraente do que um turbo, certo? (Provocando a segunda briga em menos de quatro linhas: turbos vs aspirados).

Falarei logo do que há de ruim, para ficar livre dessa parte chata. A manutenção é cara, e não é incomum ver exemplares deste com motores avariados, seja por um problema simples ou por ter fundido. O ADG, dono da oficina High Torque de BH, tem ou teve um Marea Turbo. Acreditem, quase toda semana aparece um Marea para ser consertado na High Torque. Isso quando não tem pelo menos uns três de uma vez só. Mas provavelmente no mínimo a metade dos problemas poderiam ser evitados se os proprietários fossem mais cuidadosos, fazendo as manutenções na quilometragem correta. Quem cuida bem do seu carro, normalmente não tem muito mais problemas do que o normal de qualquer automóvel. Há um certo exagero nas brincadeiras que fazem com os problemas do Marea.

Outra coisa que atrapalha, é que o Marea é um modelo muito escolhido por quem quer fazer upgrades. Tirando a originalidade da mecânica, o motor já fica fora do que foi desenvolvido pela Fiat em anos de projetos de engenheiros especializados e centenas ou milhares de testes, e muitas vezes essas modificações fora da fábrica são feitas por quem às vezes não é tão especialista assim. Mas claro que o projeto de modificações pode ser feito também por um senhor engenheiro, que toma todas as medidas de segurança e faz um ótimo trabalho. O Fivetch pode entregar muito mais potência do que oferece quando sai da montadora, então é legal deixar a cavalaria dele um pouco mais bruta. O problema é que tem gente que exagera, dando ao motor centenas de cavalos extras. Desse jeito, é óbvio que a vida útil vai diminuir muito, principalmente se não fizer os reforços necessários. Sem falar que potência extra acaba exigindo modificações em outras partes do carro, as quais muitas vezes não são realizadas.

Enfim, vamos às partes que fazem esta máquina ser tão desejada, afinal, não há como negar que este é um verdadeiro esportivo nacional. Tão querido que já ganhou do Honda Civic Si em um dos duelos do Jalopnik.

Esportividade à flor da pele, ou melhor, da lataria. Performance é o que não falta no Marea, com seu motor de 5 cilindros Fivetech 2.0L 20V Turbo, que gera "apenas" 182 cv de potência a 6000 RPM com um torque "leve" de 27 kgfm. A turbina Garrett T28 já exerce seu papel com vontade entre 2000 RPM e 3000 RPM, então imagine nas rotações finais. O câmbio é manual de 5 marchas. Faz de 0 a 100 km/h em apenas 8,12 segundos e atinge a velocidade máxima de 220 km/h. Com um motor desses, o apetite do Marea por gasolina é dos grandes: 7 km/l na cidade e 10 km/l na estrada.

O Fivetech veio da Itália, mas era "comum", pois a turbina foi um tempero colocado na fábrica de Betim. Na verdade ele foi até amansado para o Marea, porque nas configurações originais o rendimento é de 220 cv, isso para ser usado no Fiat Coupé.

Como podem ver na foto a seguir, tem quem consegue fazer mais do que os 220 km/h, seja por modificação, ou por estar descendo um morro, ou as duas coisas simultaneamente.


Esse desempenho exigiria do Marea Turbo controles de tração e estabilidade, só que ele não tem estes itens. Mas já tem o mínimo que um bom motorista precisa: freios a disco nas quatro rodas com ABS e uma suspensão rígida ideal para ele.

O Marea Turbo podia ser "perua" na versão Weekend, ou o sedan, que teve duas traseiras diferentes, e a que está aqui é a que eu acho mais bonita. Mas gosto de ambas as versões.


Um abraço!
Paulo Vitor

Um clássico nacional: Volkswagen Gol GTi



A injeção eletrônica chegou aos carros nacionais através de um dos poucos que tivemos digno de se encaixar na categoria de esportivo (nacionalmente, é claro), que como podem ver, já chegou ao mercado inovando: o Volkswagen Gol GTi. A injeção era da Bosch, com dois processadores que podiam dosar a gasolina até de acordo com o modo de dirigir do motorista.
 
Lançado em 1989, ele manteve uma “cara” que durou apenas dois anos, pois na linha de 1991 já recebeu algumas mudanças visuais. Mas vamos falar da mecânica, que provavelmente é o que mais interessa aos leitores, apesar de eu não poder deixar de falar pelo menos neste parágrafo que este carro é muito bonito, com aquela dianteira mais do que completa com os jogos de faróis de milha, bordas cinza, lanternas fumê, o aerofólio na traseira e claro, o ícone “GTi” na coluna central e na traseira. Outro destaque eram as rodas: as “pingo d’água” (compartilhado do “irmão menos esportivo” GTS) na linha de 1989, e na linha de 1991 recebeu as rodas do carro conceito Orbit, que por isso ficou conhecida pelo nome de “orbital” , fazendo tanto sucesso que até hoje donos de Volkswagen modernos usam réplicas deste modelo antigo.
 
O famoso AP-2000, motor que até hoje balança os corações de muitos brasileiros apaixonados por carros, mas que entre aqueles que gostam de preparação, tem uma forte rivalidade com o Fivetech Turbo da Fiat, que equipou o Marea. O Gol GTi foi um dos carros mais desejados nos anos 90, para quem gostava de fortes emoções atrás do volante por causa do AP-2000, e também pelo seu visual e pegada esportiva, é claro. Não sou o que chamam de “APzeiro”, nem tenho nada contra esse motor.

Seu 2.0L de quatro cilindros em linha gerava cerca de 120 cv a 18,35 kgfm, o que na época, era uma senhoras potência e um senhor torque. Não que hoje não seja mais um motor forte, mas naquela época as pessoas estavam acostumadas com carros de cerca de 80 cv. O consumo divulgado por revistas da época, era de aproximadamente 8,5 km/l e 13,5 km/l em cidade e estrada, respectivamente. Porém, por ser um carro que não foi feito para ficar andando em baixas rotações, os hábitos de proprietários deste automóvel devem fazer o mesmo consumir um pouco mais do que isso. Em aproximadamente 10,5 segundos podia chegar aos 100 km/h, e teoricamente a velocidade máxima 175 km/h. Na prática, acredito que dependendo das condições seja possível superar isto facilmente. Para segurar essa cavalaria tudo o que ele tinha demais eram discos ventilados na dianteira, pois atrás o sistema era de tambor mesmo.

Em 1995 o Gol GTi teve a sua segunda geração, G2, a famosa “bolinha”. Trazia um motor com bloco do Audi 80 e cabeçote do Golf. Na versão mais mansa de 8 válvulas, este era inferior ao anterior, com 108 cv de potência, mas com 16 válvulas, superava o desepenho dos outros dois, gerando incríveis 145 cv. Ultrapassou a marca dos 200 km/h. O torque das duas versões eram bem pouco inferiores aos do primeiro GTi. Os freios, igualmente aos do antecessor, porém com opcional de serem ABS, e as suspensões eram um pouco mais rígidas também, para aguentarem segurar essa máquina.


A aparência é diferenciada, porém não tão impactante quanto a da geração anterior em relação aos modelos mais comportados do mesmo carro. Mas se tem algo que chama muita atenção no GTi G2, é uma elevação oval em um pedaço do capô que serve para conter o motor, caso contrário seria necessário um buraco naquele lugar.


Nas duas gerações do Gol GTi, a esportividade também estava no interior. Painéis de fácil leitura tanto de velocidade quanto das RPM (com grafismos vermelhos), bancos Recaro com apoios laterais. Ambos com o que era necessário, mas sem extravagâncias.



O Gol GTi deixou tantas saudades, que quando lançaram o Geração 5 em 2008 houveram possibilidade reais de existir um novo GTi. Não teria um motor de grande porte, mas sim um de cilindrada média nos padrões daqui, entre 1400 cm³ e 1600³, porém turbinado. Provavelmente seria um rival do Fiat Punto T-Jet. A Volkswagen tentou, testou, mas acabou abandonando a ideia. Nessa geração, o que foi feito de mais esportivo foi apenas um conceito, e da Saveiro: a RockT, com T maiúsculo de turbo, por ter um motor de 1.4L com esse extra que gerava 122 cv, com um câmbio de 6 marchas. Muito bonita, mas só uma “irmã” do Gol.

Quem sabe em uma geração futura do Gol ou em um outro carro da marca alemã, a sigla GTi (que também foi do Golf e do Polo) volte de maneira digna de honrar seus antepassados?


Um abraço!